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domingo, agosto 07, 2016

'Nunca tive paz', diz mulher agredida e perseguida pelo ex durante 22 anos

Vítima diz que filhos têm problemas de comportamento por conta da situação.
Mulher diz viver constantemente ameaçada e com medo de tudo. 

 

Fernando BritoDo G1 PI
Mulher é vítima de agressões e ameaças há mais de 20 anos  (Foto: Fernando Brito/G1)
Mesmo separada oficialmente do ex-marido há mais de quatro anos, a assistente social *Mirna Oliveira, 42 anos, e os dois filhos ainda vivem um drama. 

A rotina de ameaças que aconteceu durante todo o casamento, continua. 

O resultado de 22 anos de violência, perseguição e sofrimento, a mulher resume em três fatos: um filho esquizofrênico, uma filha depressiva e uma vida sem paz.

O G1 entrevistou a assistente social e o nome marcado por asterisco foi usado para preservar a sua identidade.

"Nunca tive paz e minha vida é uma turbulência. 

Não consigo trabalhar nem viver direito porque a perseguição é muito grande. 

Já estamos há quatro anos separados, achava que estaria livre dele e desde então ele me persegue. 

Aos filhos nunca deu assistência e nunca foi um pai de verdade. 

Eu simplesmente estou esperando a morte chegar", disse.

Após a separação e mesmo casado com outra mulher, o homem continua a cercar a casa onde a ex-mulher mora com os filhos. 

São gritos, xingamentos e intimidações. 

Segundo a vítima, os vizinhos são testemunhas de tudo que acontece, mas ninguém teve coragem até hoje de fazer alguma denúncia ou tentar defendê-la. 

Vários foram os episódios em que o agressor chegou a entrar na casa de Mirna e destruir vários móveis. 

Os motivos de tanta perseguição? 

Ela desconhece.

Já chegou a passar por diversas vezes com uma arma e ameaçar a gente. 
 
Estamos presos dentro de casa"
Mirna Oliveira, 42 anos, assistente social ameaçada pelo ex-marido
"Eu não consigo entender porque ele não nos deixa levar nossa vida em paz. 

Nunca foi pai, nunca foi esposo. 

Para ter uma vida de verdade, um dia enfrentei o medo e me separei, porque vivíamos em ameaça. 

Ele passa na porta de casa e grita, às vezes bêbado. 

Já chegou a passar por diversas vezes com uma arma e ameaçar a gente. 

Estamos presos dentro de casa", disse.

Os gastos com remédios para os filhos chegam a passar dos R$ 1.200 por mês. 


Estudante de direito, o filho de 24 anos foi diagnosticado com esquizofrenia. 

Por conta disso, deixou de ir ao trabalho. 

Na faculdade, o rendimento caiu.

Com depressão, a filha de Mirna, de 23 anos, também é estudante universitária e pressionada pelo próprio pai, também teve problemas com os estudos e trancou a faculdade. 


Para ela, a figura protetiva de pai nunca existiu.
Família gasta quase R$ 1.500 com antidepressivos todos os meses (Foto: Fernando Brito/G1)Família gasta quase R$ 1.500 com antidepressivos todos os meses (Foto: Fernando Brito/G1)


"Meu pai sempre foi a minha mãe. Um pai de verdade eu nunca tive. 

Ele nunca se importou em levar a gente para um lazer, diversão. 

E nas vezes que isso acontecia, ele bebia muito e chegava a quebrar as coisas. 

Até hoje nós sofremos com as marcas psicológicas que ele deixou. Meu irmão e eu fomos ao nosso limite. 

A gente não vê mais motivo para continuar estudando e ser feliz", disse.

Investigações sobre o caso
O G1 procurou a Delegacia da Mulher do bairro Dirceu Arcoverde, Zona Sudeste da capital e região onde mora Mirna e os filhos. 


A delegada da especilizada informou que existe uma medida protetiva expedida pela Justiça em favor da família da assistente social. 

Ela contou também que há um mandado de prisão contra o suspeito já foi expedido, mas que este ainda não foi preso porque a polícia desconhece o seu paradeiro.
Família convive com agressão e perseguição há 22 anos (Foto: Fernando Brito/G1)Família convive com agressão e perseguição há 22 anos (Foto: Fernando Brito/G1)

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