27/05/2015 às 11:21
RELEMBRE O CASO
A operação Filisteu, realizada pelo Grupo de Atuação Especial no
Combate ao Crime Organizado - Gaeco, do Ministério Público do Estado em
Parauapebas, sudeste do Pará, nesta terça-feira, 26, desmontou um
esquema multimilionário contra o erário.
Em entrevista exclusiva ao site do Ministério Público o promotor de
Justiça, Helio Rubens Pinho Pereira detalha a operação Filisteu e
reafirma que "O Ministério Público está trabalhando para que haja
respeito ao dinheiro público, para que ele seja efetivamente revertido
em benefício da sociedade e não de pessoas mal intencionadas que se
arvoram como representantes da sociedade".
AI- O que originou a operação Filisteu?
HR- Existia um procedimento na promotoria de Parauapebas para
investigar casos de improbidade administrativa na câmara de vereadores e
um outro no Núcleo de Combate à Improbidade coordenado pelo procurador
de Justiça, Nelson Pereira Medrado, investigando a prefeitura.
Muitas provas foram colhidas durante meses e quando nós tínhamos já uma documentação razoável nós deflagramos a operação que contou com mais de dez promotores, mais de 20 homens e foram 15 a 16 alvos. Todos os alvos foram satisfatórios e nós obtivemos o que a gente procurava e até agora nós apuramos na câmara, desvios por meio de contratos administrativos direcionados que pagavam por uma quantidade bem grande de mercadorias e se entregava o tempo todo, uma quantidade menor e essa diferença voltava pelo menos para mesa da câmara.
Muitas provas foram colhidas durante meses e quando nós tínhamos já uma documentação razoável nós deflagramos a operação que contou com mais de dez promotores, mais de 20 homens e foram 15 a 16 alvos. Todos os alvos foram satisfatórios e nós obtivemos o que a gente procurava e até agora nós apuramos na câmara, desvios por meio de contratos administrativos direcionados que pagavam por uma quantidade bem grande de mercadorias e se entregava o tempo todo, uma quantidade menor e essa diferença voltava pelo menos para mesa da câmara.
Para os componentes da mesa da
câmara:presidente, vice-presidente, 1° secretário e 2° secretário.
Isso é
em relação à câmara de vereadores.
Em relação a prefeitura, uma série de contratos direcionados com valores grandes.
AI- De quanto foi o rombo até agora?
HR- Multimilionário, só uma desapropriação feita pela prefeitura de
Parauapebas ultrapassa "cinquenta milhões de reais" (R$50 milhões).
Foram várias, várias desapropriações feitas de forma irregular, então o
valor é bem grande, vários milhões de reais.
AI- Quantas pessoas foram presas, até o momento?
HR- São três pessoas, o vereador Odilon (aquele, daquela manifestação
em que ele dizia que precisava ser corrupto pra viver com o salário que
tinha), o outro é o empresário que era contratado e que era o operador
de alguns contratos para que o dinheiro voltasse para câmara e, um outro
vereador, que foi preso por porte de arma.
Quando fizemos a busca na
residência dele , nós encontramos armas, por conta disso ele foi preso
em flagrante, esse terceiro vereador.
AI- Eles vão ficar presos em Parauapebas ou vem pra Belém?
HR- Tem 2 - o vereador José Arenes e o empresário Edmar Cavalcante que
estão indo pra Belém.
O terceiro vereador Odilon Rocha de Sansão que a
gente está providenciando a ida também, todos três deverão ir para
Belém.
*informações de última hora dão conta que o vereador Odilon Rocha conseguiu laudo médico impedindo seu deslocamento para Belém.
AI- Quais os desdobramentos da operação, promotor?
HR- Nós vamos analisar a documentação apreendida e vamos entrar com as
ações cabíveis, para responsabilizar criminal e ou administrativamente.
Estrutura da Operação Filisteus
-1 procurador de Justiça
-11 promotores de Justiça
-35 policiais
-7 funcionários do Ministério Público
-15 viaturas
-11 promotores de Justiça
-35 policiais
-7 funcionários do Ministério Público
-15 viaturas
Texto: Karina Lopes (graduanda em jornalismo), com informações da PJ de Parauapebas
Revisão: Edson Gillet
Fotos: PJ Parauapebas
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