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quinta-feira, agosto 11, 2016

Polícia Civil prende 'Don Juan do Ceará' na Zona Sul de São Paulo

João Luís Melo de Sousa é suspeito de extorquir dinheiro de mulheres.
Polícia investiga se houve novas vítimas durante passagem na capital.

Do G1 São Paulo
'Don Juan' é suspeito de aplicar golpes em mulher no Ceará e mais quatro estados (Foto: TV Verdes Mares/Reprodução)'
 Don Juan' é suspeito de aplicar golpes em mulheres no Ceará e mais quatro estados
(Foto: TV Verdes Mares/Reprodução)

A Polícia Civil prendeu, nesta quinta-feira (11), em São Paulo, João Luís Melo de Sousa, conhecido como "Don Juan do Ceará". 

Ele é investigado por prática de crimes de estelionato, extorsão, falsidade ideológica e ameaça a mais de 40 vítimas em Rio de Janeiro, São Paulo, Goiás, Distrito Federal e Ceará.

O G1 não localizou a defesa do suspeito para comentar sua prisão.

As denúncias afirmam que, após iniciar um relacionamento, o homem contava uma história de vida triste para sensibilizar as mulheres e conseguir dinheiro. 

Em alguns casos, a extorsão chegou ao valor de R$ 40 mil.

Segundo a polícia, Sousa segue detido no 96º Distrito Policial de São Paulo, na Zona Sul. 

A corporação investiga, agora, se o suspeito teria feito novas vítimas durante esta passagem pela cidade.

Grupo de Whatsapp

O esquema de Sousa começou a ser desmontado quando um grupo de mulheres cearenses e de outros estados se uniu por meio de um grupo de WhatsApp para denunciá-lo.

De acordo com as vítimas, ele se apresenta como oficial do Exército Brasileiro, lotado na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), informação negada pela 10ª Região Militar, e usa a conversa fácil para enganar mulheres do Ceará x e de outros estados. 

Uma das vítimas, que preferiu não se identificar, contou que o estelionatário iniciou o contato pelas redes sociais.

Aguardado para prestar depoimento no dia 17 de junho, na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), em Fortaleza, o Sousa não compareceu nem enviou representantes. 

Conforme a delegada da unidade, ele prestaria esclarecimentos sobre as acusações e confirmar seu endereço. 

A polícia seguiu em investigações para poder ouvi-lo.


Depoimento das vítimas

“Se diz graduado em economia, psicologia e com pós-graduação em marketing. 

A gente ficou falando uma semana (…). 

Ele mandando mensagens de bom dia, realmente uma pessoa que sabe escrever bem, falar bem, se comunica, e aí uma semana depois nós marcamos de nos conhecermos num barzinho (...) 

No dia seguinte, foi que a gente saiu, foi à praia, só nós dois. 

E a gente começou o relacionamento.

Logo a gente já começou a namorar mesmo.

Uma das vítimas, que prefere não se identificar, conta que o estelionatário inicia o contato pelas redes sociais.

 “Se diz graduado em economia, psicologia e com pós-graduação em marketing. 

A gente ficou falando uma semana (…). 

Ele mandando mensagens de bom dia, realmente uma pessoa que sabe escrever bem, falar bem, se comunica, e aí uma semana depois nós marcamos de nos conhecermos num barzinho (...) 

No dia seguinte, foi que a gente saiu, foi à praia, só nós dois. 

E a gente começou o relacionamento. 

Logo a gente já começou a namorar mesmo.

Na sequência, começaram os pedidos de ajuda financeira, com uma desculpa que as vítimas achavam convincente. 

“Ele dizia que tinha seis filhos. 

Tinha um oficial de justiça que todo mês estava atrás dele por causa das pensões que ele não pagava (...) e que o governo federal não estava fazendo repasse das diárias que eles tinham direito. (…). 

Ele ligava, por exemplo, dizendo que estava em Brasília, que não tinha dinheiro nem para o almoço. 

Aí ele começava a fazer chantagem dizer que estava desistindo, chorando no telefone”, conta.

Vítimas em Brasília

Uma empresária de Brasília – que não quis se identificar – diz que conheceu o acusado na internet e que ele se passava por paraquedista. 

 "Ele se aproxima com um papo muito envolvente. 

Ele te leva pros melhores restaurantes, envia flores. 


Um príncipe de para-quedas caiu em minha vida", conta. 

Eles tiveram um relacionamento por três meses no ano passado e chegaram a ficar noivos. 

Foi quando ele pediu R$ 100 mil emprestados prometendo pagar em 20 dias.

A mulher vendeu o carro, pegou dois empréstimos, mas nunca recebeu o dinheiro de volta. 

Ela diz ter um áudio de Souza prometendo pagar a dívida. 

"'Mor', eu te devolvo algum dinheiro ainda esse mês, pode ficar tranquila, viu? 

Aquele negócio que eu disse que ia colocar 8 mil reais na tua conta, ele entra esse mês, quase certeza", disse.

Ele ligava, por exemplo, dizendo que estava em Brasília, que não tinha dinheiro nem para o almoço" vítima

Outra vítima  do Distrito Federal disse que emprestou em torno de R$ 20 mil para o suspeito, que nunca pagou. 

Ela afirma que todas as vezes que Sousa pedia ela dava dinheiro 

"Diversas vezes que ele me pedia, emprestado, era com a desculpa, de, ou pagar pensão, ou pagar alguma cirurgia, que ele vivia dizendo que tinha um aneurisma", disse.

E, por fim, ele disse que o pai dele estava muito doente. 

Eu ajudei a pagar tratamento do pai, cirurgia e no final ele ainda disse que o pai dele tinha falecido e que não tinha dinheiro pra ajudar com o funeral. 

E eu ajudei, né? Fiz empréstimos", afirma uma das vítimas do golpe.

Contato com o suspeito

No dia 14 de maio, a TV Verdes Mares conseguiu falar com João Luís  por meio de um telefone com o DDD de São Paulo, repassado por uma das mulheres. 

Ele não revelou onde estava, negou as acusações e afirma que está à disposição da polícia.

 “Vai fazer seis anos agora em julho que eu moro no mesmo lugar. 

Se alguém quiser me encontrar é muito fácil”, afirma.

Enquanto isso, as mulheres enganadas por João Luís seguem na esperança de que ele seja punido.

“Na verdade, eu me apaixonei por alguém que não existe”, diz uma delas. 

“Você amou um fantasma, alguém que não é real”, constata outra.

Em um dos golpes, João Luis dizia para as vítimas que sofria de aneurisma cerebral e câncer de próstata como forma de pedir dinheiro para realizar exames. 

A estimava da polícia é que o homem tenha feito mais de 30 vítimas no Ceará, Distrito Federal e Goiás, além de outros estados.

Conforme a titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), delegada Rena Gomes foram instaurados dois inquéritos policiais para apurar as denúncias no Ceará. 

Conforme a delegada, o suspeito poderá ser indiciado por estelionato, extorsão, falsidade ideológica e ameaça. 

Ele negou as acusações.
 


 

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