O Salão do Júri no Fórum de justiça de Parauapebas mais uma vez recebeu vereadores. 

Na manhã desta sexta-feira (21) ocorreu uma reunião na qual todos os parlamentares eleitos e reeleitos no pleito de 2016 foram notificados pelo Ministério Público a comparecer e participar do encontro onde receberiam do MP e do Poder Judiciário, uma orientação de como os órgãos irão se comportar para a próxima legislatura.

Na ocasião foi dito que condutas antiéticas adotadas por parlamentares e que motivaram ações da justiça, não serão toleradas, pois segundo o Promotor de Justiça Hélio Rubens, responsável pela 4ª Promotoria de Justiça, se o vereador quiser uma secretaria na Prefeitura de Parauapebas, ele vai ter de deixar de ser vereador.  

“Vereador não tem de comandar secretaria, ele é eleito para fiscalizar, não para fazer parte do governo, pois há problemas financeiros sérios em secretarias comandadas por vereadores”, disse.

O Promotor afirmou ainda que teve acesso a dados financeiros da atual gestão municipal e disse que a situação é caótica, e que possivelmente o executivo não consiga nem mesmo cumprir a folha de pagamento dos servidores públicos. 

Segundo Hélio Rubens, vereadores que detém secretarias foram orientados a diminuir os gastos, mas que haviam se recusado a adotar medidas para tal.

Na ocasião, o Juiz de Direito, Líbio Araújo Moura, declarou que não serão permitidas práticas comuns no parlamento como a revogação de ações judiciais movidas por parlamentares que desistem das ações quando saem da oposição para a base do governo na Câmara Municipal.

Em silêncio, os vereadores ouviram as cobranças e todos os que foram eleitos e reeleitos estiveram presente, exceto o vereador afastado Maridé Gomes (PSC), que foi reeleito nas últimas eleições. 


Na reunião, o advogado de Maridé se manifestou afirmando que estava o representando, porém, Líbio Moura rebateu afirmando que Maridé “não está vereador”.

Durante a reunião, muitos usavam o celular e faziam fotos, alguns foram acompanhados.

O prefeito eleito Darci José Lermen (PMDB), seu vice-prefeito, Sérgio Balduíno (PSB), além do atual chefe de gabinete, Wanterlor Bandeira e o Secretário da Semsi (Secretaria de Segurança Institucional), Gesmar Costa, também estiveram no Salão do Júri.

Os promotores aproveitaram para comentar que durante a operação “Teia de Penélope”, desencadeada ontem pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) em Parauapebas, o Prefeitura de Parauapebas e a presidência da Câmara não foram responsabilizados porque haviam revogados contratos investigados pelo Ministério Público.
Reportagem: Jéssica Diniz – Da Redação do Portal Pebinha de Açúcar