Sebastião construiu uma escola para 75 crianças. Catador também constrói barracos para quem não tem onde morar.
Em Pernambuco, um catador de lixo dá um exemplo de solidariedade.
O pouco que ganha, divide para melhorar a vida na comunidade onde mora.
Há 24 anos, o seu Sebastião puxa uma carroça pelas ruas de Olinda atrás de material reciclável.
A vida nunca foi fácil para ele.
Ficou órfão aos 4 anos, teve pouco estudo.
Com sacrifício, criou sete filhos.
Ele é um exemplo para a família.
“É o valor do suor”, diz familiar.
“Acho perfeito o que ele faz ajudando os outros em vez de si mesmo”, afirma a estudante Maria Eduarda Ramos.
Nunca falta trabalho para o catador.
O lixo que sufoca o manguezal é fonte de renda para o seu Sebastião.
Neste garimpo diário ele tira o sustento.
“A gente tira uma faixa de 40 a 50 sacos, que dá uma média de 80 a 100 quilos”, conta o catador de lixo Sebastião Pereira Duque.
O que ele faz com o pouco dinheiro que ganha vendendo o que tira do lixo é de se admirar.
E de pouco em pouco, juntando cada quilo do material recolhido, o seu Sebastião construiu uma obra permanente e muito necessária na comunidade, a escola que ganhou um nome apropriado: Escola Nova Esperança.
A pequena escola é um refúgio para 75 crianças que têm entre 2 e 6 anos de idade.
Os pais pagam uma taxa simbólica de R$ 25 para ajudar no salário de três professoras.
O que não tem preço é a gratidão.
“Eu acho maravilhoso o trabalho que ele faz”
“Sebastião é uma pessoa que todo mundo gosta”.
As crianças retribuem a generosidade com afeto.
E não é só a escola.
O catador também constrói barracos para quem não tem onde morar.
Já deu teto a oito famílias, entre elas a da Flávia e dos três filhos.
“Sebastião ajuda a comunidade como pode, sem poder.
Com doações, fazendo casas, ajudando com barracos, com telha, com fio.
Ele para mim é mesmo que ser um pai”, conta a manicure Flávia da Silva.
Seu Sebastião ainda faz mais: conserta cadeiras de rodas e fabrica muletas para quem precisa.
O catador conta com doações para bancar as despesas.
Aos 72 anos de idade, seu Sebastião sabe que a solidariedade não para graças ao maior patrimônio que ele tem.
“A honestidade é a maior riqueza.
Se a gente ganha para dar, a gente ganha para dar.
Quando a gente tem honestidade, o povo confia.
Se o povo confia, é em cima da honestidade”, disse.
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