Banners


Create your own banner at mybannermaker.com!

sexta-feira, junho 02, 2017

Justiça determina bloqueio de R$ 800 milhões das contas de Joesley

Juiz destacou em decisão que paradeiro de Joesley Batista após saída do país é desconhecido (Foto: Reprodução/TV Globo) 

Juiz destacou em decisão que paradeiro de Joesley Batista após saída do país é desconhecido (Foto: Reprodução/TV Globo)
 
 
A Justiça Federal determinou o bloqueio de R$ 800 milhões das contas de Joesley Batista, dono da J&F, controladora da JBS, em análise premilinar de ação popular que acusa o grupo de usar informação privilegiada para comprar cerca de US$ 1 bilhão às vésperas da divulgação da gravação do diálogo do empresário com o presidente Michel Temer. 
 
A decisão, em caráter liminar, foi proferida no dia 30 de maio pelo juiz federal Tiago Bitencourt De David, da 5ª Vara Federal Cível em São Paulo. 
 
Cabe recurso. 
 
“Dado o protagonismo aparente do demandado Joesley Mendonça Batista e de sua saída do país, a medida cautelar é contra o mesmo dirigida neste momento inicial, ressalvada a hipótese de fato superveniente que imponha reconsideração e modificação da medida, inclusive para alcançar outros demandados na hipótese de insuficiência patrimonial”, afirmou o magistrado, citando "risco ao erário e à ordem econômica" e destacando ainda ser sabida "a dificuldade que o público tem de saber quais as operações realizadas pelo BNDES com o grupo JBS e com a família Batista". 
 
Em nota, a J&F informou que "não tem conhecimento sobre o processo e que também não foi citada. 
 
A companhia esclarece ainda que tem como política e prática a utilização de instrumentos de proteção financeira visando, exclusivamente, minimizar os seus riscos cambiais e de commodities provenientes de sua dívida, recebíveis em dólar e de suas operações."
 
Os autores da ação, segundo as informações do processo, são os cidadãos Hugo Fizler Chaves Neto e Cristiane Souza da Silva. 
 
De acordo com a denúncia, Joesley e Wesley Batista, bem como os diretores da JBS S.A. e da J&F teriam praticado o crime de "insider trading", que é o uso de informações privilegiadas para lucrar na venda ou na compra no mercado financeiro. 
 
Além da compra de dólares, os autores acusam a família Batista de vender equivalente a R$ 327,4 milhões em ações da JBS no mês de abril, época em que já colaboravam com as investigações. 
 
Por fim, alegam que a empresa obteve um acréscimo superior a 4.000% em seu faturamento graças a créditos concedidos pelo BNDES.
 
A compra de dólar na véspera do vazamento dos aúdios da delação premiada da JBS teria levado a empresa a obter ganhos financeiros, já que a cotação da moeda disparou nos dias seguintes à divulgação das conversas entre Joesley e Temer. 
 
Os autores haviam pedido liminarmente o bloqueio de R$ 10 bilhões das contas correntes da pessoa jurídica de todos os réus, e, em sede definitiva, postulam o pagamento de R$ 15 bilhões.
Depois de três meses de negociação J&F fecha acordo de leniência com MP
Depois de três meses de negociação J&F; fecha acordo de leniência com MP

CVM investiga operações em câmbio e ações

As denúncias citadas na ação popular também são objeto de inquéritos abertos pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
 
Em comunicado divulgado no dia 19 de maio, a JBS afirmou que as compras de dólar "seguem alinhadas à sua política de gestão de riscos e proteção financeira".
Na véspera, a J&F fechou acordo de leniência que prevê o pagamento de multa de R$ 10,3 bilhões a ser paga em 25 anos, a maior já aplicada no mundo por um acordo deste tipo.
Raio X da JBS (Foto: Arte/G1) 
Raio X da JBS (Foto: Arte/G1)

Nenhum comentário:

Pastor Davi Passamani abriu novo local de culto em fevereiro após renunciar cargo em igreja depois de investigações de crimes sexuais Polícia Civil disse que prisão preventiva foi necessária porque pastor cometeu crimes usando cargo religioso.

Advogado alegou que prisão do pastor faz parte de ‘conspirações para destruir sua imagem’. Por Thauany Melo, g1 Goiás 07/04/2024 04h00.    P...