Lula e sua Marionete Dilma |
No acordo de delação premiada, Joesley Batista, dono da JBS, disse que contas usadas na Suíça chegaram a ter US$ 150 milhões e abasteceram campanhas de Lula e Dilma.
A Procuradoria-Geral da República vai pedir informações às autoridades
dos Estados Unidos e da Suíça sobre as contas bancárias que, segundo a
delação de Joesley Batista da JBS, abasteceram campanhas do PT.
As
contas na Suíça foram abertas em 2009 e em 2014.
Na delação, o dono da JBS, Joesley Batista, contou que elas foram
usadas para movimentar dinheiro ilegal para as campanhas dos
ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.
Leia ao final desta reportagem as versões de Lula e Dilma sobre o assunto.
Segundo o jornal "O Estado de S. Paulo", a Suíça detectou transações
atípicas e, antes mesmo da delação, o banco suíço Julius Baer denunciou o
uso das contas às autoridades do país.
A reportagem diz que o volume de dinheiro e os padrões de transferência
sem justificativa levantaram suspeitas de crimes financeiros, embora a
instituição desconheça os beneficiários.
A TV Globo confirmou as informações.
Na delação, Joesley Batista disse
que as duas contas juntas chegaram a ter US$ 150 milhões.
E detalhou:
"Teve duas fases.
Teve a fase do presidente Lula e depois a fase da
presidente Dilma.
Na fase do presidente Lula chegou, eu acho, que a uns
US$ 80 milhões.
Depois, na Dilma, chegou nuns US$ 70.
Ou ao contrário:
[US$] 70 [milhões] na do Lula e [US$] 80 [milhões], na da Dilma."
Segundo o empresário, as negociações dos valores eram feitas com o então ministro da Fazenda, Guido Mantega.
O Jornal Nacional apurou que o banco suíço decidiu denunciar porque
estranhou o volume de dinheiro que entrava nas contas.
Eram sucessivos
depósitos, valores muito altos que ficavam parados por muito tempo e
depois saíam em frações menores.
A Procuradoria-Geral da República vai
pedir o envio dessas provas ao Brasil.
Essas contas estavam em nome de offshores mas, como o próprio Joesley
já confessou, se tratava de propina, paga por ele para bancar gastos de
campanhas eleitorais.
Suíça
A Suíça vem apertando o cerco contra lavagem de dinheiro e evasão de
divisas.
Os bancos suíços não podem mais abrir contas sem identificar de
quem são os recursos e, no ano passado, o país criou novas regras de
controle, ainda mais rígidas, como a obrigação de reportar qualquer
movimentação suspeita à autoridade monetária europeia.
O Julius Baer, banco que denunciou as transações suspeitas, foi o mesmo
usado pelo ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para esconder dinheiro
fora do país, segundo as investigações da Lava Jato.
A suíça mandou para o Brasil as investigações sobre o caso dele e
também as provas do dinheiro movimentado pelos marqueteiros João Santana
e Mônica Moura - que acabaram confessando o recebimento de dinheiro
ilegal em delação premiada.
João Vaccari
Os procuradores da Lava Jato também estão rastreando outra movimentação
financeira fora do Brasil, delatada por executivos da JBS.
É uma conta em Nova York (EUA), que começou a ser usada pelo ex-tesoureiro do PT.
Joesley Batista contou que já tinha essa conta e permitiu que João Vaccari a usasse para receber recursos nos Estados Unidos.
"Aí a gente emprestou um número de uma conta bancaria no exterior, que
era nossa, em nosso nome, onde volta e meia eu recebia pagamentos e
volta e meia ele comandava pagamentos ou no exterior ou pedia em
dinheiro, ou fazia doação oficial, fazia compensação, fazia planilha,
enfim...", disse o delator.
A Procuradoria-Geral da República vai comunicar aos Estados Unidos, via
Ministério da Justiça, que Joesley emprestou uma conta americana para
Vaccari.
A intenção é obter provas dessas movimentações.
Versões
Procurada, a assessoria de Lula
declarou que é falso, leviano e até criminoso atribuir ao ex-presidente
qualquer relação com uma conta que não é dele e da qual o ex-presidente
nunca teve conhecimento.
A assessoria da ex-presidente Dilma
declarou que é fanasiosa a versão de que ela seria beneficiária de uma
conta na Suíça e que Dilma nunca recebeu qualquer benefício financeiro
de Joesley Batista.
A defesa de Guido Mantega disse que Joesley não prova o que diz.
A defesa de João Vaccari não quis comentar o assunto.
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