Jornalista Luana Don foi capturada sob acusação de envolvimento com facção criminosa. Sonia Rossi é agora única mulher a figurar na lista dos 28 mais procurados pela polícia.
Após a prisão da jornalista e advogada Luana de Almeida Domingos, a Luana Don, nesta semana, a traficante de drogas Sonia Aparecia Rossi, a Maria do Pó, passou a ser a mulher mais procurada pela polícia de São Paulo.
Até terça-feira (4) as duas apareciam no site de procurados da Justiça
no site da Polícia Civil estadual.
Mas com a prisão da repórter Luana
Don, sob a acusação de envolvimento com uma facção criminosa, Maria do
Pó se tornou a única mulher na lista dos 28 criminosos mais procurados
no estado.
Luana Don, que também está sendo chama de "musa do crime" por policiais
porque teria envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC), é
acusada de participar da organização criminosa.
Segundo o Ministério Público (MP), a mulher de 32 anos repassaria
informações sobre tráfico de drogas e até planos de ataques a agentes de
segurança para presos e membros da facção que estão nas ruas.
Luana Don
Foragida desde novembro de 2016, quando a Justiça decretou a prisão
preventiva dela na Operação Ethos, Luana foi presa na última terça numa
ação conjunta da polícia de São Paulo com a do Rio em Ilhabela, litoral
paulista.
Na quinta-feira (6), ela foi transferida para a Penitenciária Feminina de Tupi Paulista, interior do estado.
Como a captura de Luana feita pela polícia, a Secretaria da Segurança
Pública (SSP) informou que não houve pagamento de recompensa para quem
desse informações que levassem até a repórter.
O valor seria de R$ 1
mil.
Foi de uma penitenciária que Maria do Pó fugiu em março de 2006, quando
deixou a unidade feminina de Sant´Ana, no Carandiru, Zona Norte de São
Paulo.
Já são 11 anos que a criminosa mais influente e perigosa do
estado está foragida.
Segundo o site da polícia, é oferecida a quantia
de R$ 5 mil de recompensa por informações que levem a sua prisão.
Segundo policiais, Maria do Pó, atualmente com 56 anos, continuaria
traficando, mantendo contato, inclusive, com a facção criminosa que atua
dentro e fora dos presídios paulistas.
Maria do Pó
Condenada a 54 anos e oito meses de prisão, em regime fechado, por
tráfico de drogas, Maria do Pó ficou famosa na crônica policial em 1999,
quando acabou envolvida no desaparecimento de 340 quilos de cocaína do
Instituto Médico-Legal (IML) de Campinas, no interior do estado.
O furto
da droga, avaliada em R$ 400 mil, ocorreu no dia 26 de janeiro daquele
ano, seis dias após a apreensão da cocaína em uma chácara em Indaiatuba,
município da região.
A droga estava sob a responsabilidade de policiais.
A Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) do Narcotráfico chegou a apurar se Maria
do Pó pagou propina a policiais para eles liberarem a cocaína.
Apesar de seu paradeiro continuar desconhecido, policiais civis ouvidos
pela reportagem disseram que ela teria ligação com a facção criminosa
que atua dentro e fora dos presídios paulistas.
Ela ainda estaria
comandando o tráfico de entorpecentes em algumas favelas.
Os agentes disseram que Maria do Pó é o "Marcola de saias", uma alusão a Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, preso apontado como uma das lideranças da facção.
O G1 não conseguiu localizar os advogados de Luana e de Maria do Pó para comentarem o assunto.
Denúncias sobre paradeiros de criminosos podem ser feitas anonimamente pelo Disque-Denúncia, pelo número 181.
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