Marcelo e Renato já tinham devolvido R$ 270 milhões; parte do dinheiro foi usado para pagar servidores do Rio de Janeiro
Por Marcelo Gomes, GloboNews
Os colaboradores da Operação Lava Jato no Rio Marcelo e Renato Chebar
prometeram entregar às autoridades brasileiras mais dinheiro e joias que
pertenceriam à organização criminosa chefiada pelo ex-governador do Rio
Sérgio Cabral que continuam escondidos no exterior.
Os irmãos, que
operavam os valores para a quadrilha, já tinham devolvido R$ 270
milhões.
Renato e Marcelo Chebar fecharam o acordo de delação premiada
em janeiro desse ano.
Eles eram responsáveis por administrar contas no
exterior de Cabral e de outros integrantes da quadrilha.
Do montante entregue pelos irmãos, R$ 250 milhões foram usados para
pagar servidores do Rio de Janeiro.
A devolução foi autorizada pelo juiz
Marcelo Bretas.
Pelo menos 146 mil aposentados e pensionistas, que
estavam com o 13º atrasado, receberam o dinheiro.
No último dia 29 de agosto, o Ministério Público Federal cobrou a
defesa dos doleiros para que eles dêem prosseguimento à devolução de
mais dinheiro e joias que continuam no exterior.
Nesta terça (5), a defesa dos Chebar deu então uma resposta.
Disse que
diamantes avaliados em cerca de US$ 2 milhões e quatro quilos e meio de
ouro avaliados em US$ 250 mil vão ser devolvidos.
Essas joias estão em
dois cofres em Genebra, na Suíça.
Os documentos autorizando a repatriação dos bens já foi assinado.
Além
disso, US$ 74 mil que também estão em uma conta num banco em Genebra
devem ser transferidos em 90 dias.
Outra quantia de US$ 2 milhões, em Andorra, permanece lá fora porque o
banco está sob intervenção e os correntistas não podem transferir os
recursos, de acordo com os advogados de defesa dos doleiros.
Os investigadores descobriram que, desde 2002, Sérgio Cabral guardava o
dinheiro da propina em contas no exterior.
Foi nessa época que ele
começou a usar os serviços dos irmãos Renato e Marcelo Chebar.
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