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terça-feira, setembro 12, 2017

Joesley diz em depoimento que tem gravações ainda não entregues à PGR

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Dono da J&F prestou depoimento na semana passada; delação está em revisão e benefícios foram temporariamente suspensos. Segundo Joesley, frase 'não vamos ser presos' era 'mantra'.

 

Por Jornal Nacional e G1, Brasília
Joesley Batista confirma que falou sobre delação com ex-procurador
Joesley Batista confirma que falou sobre delação com ex-procurador.
 
 
O empresário Joesley Batista, um dos donos da J&F, afirmou em depoimento prestado na semana passada a investigadores da Lava Jato que tem gravações ainda não entregues. 
 
 
Joesley prestou depoimento no último dia 7 ao Minsitério Público Federal. 
 
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O acordo de delação dele e de outros executivos da J&F, entre os quais Ricardo Saud, está em processo de revisão, o que pode levar à rescisão. 
 
 
Como o MPF decidiu apurar se eles omitiram informações, os benefícios foram temporariamente suspensos
 
 
Saiba abaixo detalhes dos depoimentos de Joesley Batista e de Ricardo Saud: 
 

Marcello Miller

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No depoimento da última quinta, os procuradores perguntaram Joesley sobre a atuação do ex-procurador Marcello Miller, citado na conversa gravada entre o empresário e o executivo da J&F Ricardo Saud. 
 
 
Joesley disse que o primeiro contato com Miller foi feito no fim de fevereiro ou começo de março, por meio do advogado da empresa Francisco de Assis e Silva. 
 
 
Joesley disse que, nesse primeiro contato, não falou de colaboração premiada, mas, nos outros, sim. 
 
 
Joesley disse também que os outros encontros em março com Marcelo Miller foram na empresa, a JBS, e que Miller se apresentava como ex-procurador do Rio de Janeiro.
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Joesley disse que conversou com Marcello Miller sobre colaboração premiada, como se faz, o procedimento, se funciona ou não, e que Marcelo Miller dizia que tinha saído do MPF e em um mês iria para um escritório grande. 
 
 
Disse também que Marcello Miller dava orientações abstratas sobre colaboração e crimes, tendo servido para entender o processo de colaboração premiada. 
 
 
Já o executivo da J&F Ricardo Saud disse no depoimento que o primeiro encontro com Marcello Miller foi no dia 8 de março. 
 
 
Nessa data, miller tinha pedido demissão do cargo de procurador, mas ainda não tinha sido exonerado. 
 
 Imagem relacionada
Saud contou que teve dificuldades em fazer os anexos da delação e que por isso procurou novamente Marcello Miller, que disse que ajudaria, embora não pudesse instrui-lo; que escrevia os anexos e Marcello Niller passava os olhos e dizia a Francisco de Assis e Silva para analisar o que tinha ou não ato de oficio. 
 
 
Já Joesley disse que nunca recebeu orientação de Marcello Miller sobre elaboração dos anexos da colaboração nem sobre a produção de uma prova específica; e que Marcelo Miller nunca o orientou a gravar alguém para fins de colaboração premiada, nem o presidente Michel Temer. 
 
 
Também disse que nunca pagou nada diretamente a Marcello Miller. 
 
 
Joesley disse que que Marcelo Miller jamais vendeu facilidades por ser do MPF; que Marcello Miller inclusive se referia a algumas pessoas da PGR como "ex-colegas", jamais como pessoas que poderia facilitar alguma coisa. 
 
 

Rodrigo Janot.

 

Sobre a suposta conversa com Rodrigo Janot mencionada no áudio, Joesley disse que nunca esteve com ele nem em lugar público, de modo que não sabe qual é esse contexto; e que nessa data da gravação, que foi a da "operação Carne Fraca" no dia 17 de março, estava no meio da "predisposição" de colaborador; que, assim, estava inseguro sobre colaborar. 
 
 
Joesley disse que que as menções a Rodrigo Janot são na verdade à PGR e ao MPF, e que nunca nem tentou falar com Rodrigo Janot. 
 
 
Joesley disse também que nunca viu mensagens de Rodrigo Janot a Marcelo Miller e que, para ele, Marcelo Miller estava voluntariamente prestando as informações, sem nenhum contrato ou pagamento, no período de férias entre a saída do MPF e o início do trabalho no escritório de advocacia. 
 
 
O empresário disse que chegou a perguntar a Marcelo Miller se poderiam conversar pelo fato de ele ser ex-procurador, se não haveria problema; que sempre teve Marcelo Miller como ex-procurador e que pode assegurar que não teve nenhum beneficio nem acerto com Marcelo Miller. 
 

'Não vamos ser presos'.

 

Sobre o trecho da gravação em que Joesley disse "nós sabemos que não vamos ser presos", o empresário explicou que era uma espécie de "mantra" que repetia para passar credibilidade à família e à equipe dele. 
 
 
Ele negou ter conseguido algum acerto ilícito para não ser preso. 
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Disse inclusive que sabia que poderia ser preso a qualquer momento. 
 

Gravações.

 

Joesley contou que a gravação dele com Ricardo Saud foi feita por engano. 
 
 
Disse que "não gravou Marcelo Miller em nenhuma oportunidade; que acha que não gravou os encontros na PGR; que não entregou nada que não tinha crime; mas admitiu que tem outras gravações ainda não entregues". 
 

Cardozo.

 

Uma dessas gravações é com o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo. 
 
 
Joesley disse, no entanto, que esse material está fora do Brasil porque apenas ele manuseia e que gravou até encontros com amigos e não sabe a quantidade de áudios que tem. 
 
 
Segundo o delator, a avaliação sobre os áudios serem ou não prova de crime foi apenas dele, Joesley. 
 
 
Sobre a gravação com Cardozo, Joesley disse que não tem nenhum crime. 
 
 
Joesley afirmou que a conversa com Cardozo "envolveu a Lava Jato", mas não tinha nada de errado, segundo ele, que queria saber como estava andando a operação a fim de saber se tinha solução para ele fora da colaboração. 
 
 Resultado de imagem para Cardozo diz que não discutiu oferta de sentenças favoráveis no STF em reunião com Joesley.
Joesley também contou que a menção à palavra escritório na gravação é escritório de advocacia de Marco Aurélio Carvalho, sócio de José Eduardo Cardozo, que emitia mensalmente notas de R$ 70 mil ou R$ 80 mil para contratos fictícios e que parte desse dinheiro iria, segundo Marco Aurélio, para Cardozo. 
Resultado de imagem para Marco Aurélio Carvalho
E que esse contrato fictício era para manter "boa relação" com Cardozo; que Marco Aurélio dizia que o dinheiro chegava a Cardozo que tratava muito bem Joesley. 
 
 
No entanto, Joesley disse que nunca perguntou se o dinheiro chegava. 
 

Políticos com os quais falava.

 

Joesley contou que os políticos com os quais mais falou sobre tudo que acontecia com a empresa no âmbito da Operação Lava Jato durante os últimos três anos foram o senador Ciro Nogueira (PP), o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB) e o presidente Michel Temer. 
 Resultado de imagem para Ciro Nogueira (PP), o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB) e o presidente Michel Temer.
 
Joesley admitiu que, durante a Lava Jato, até decidir por colaborar, tratou com vários políticos sobre como parar a operação.
 

Avaliação dos procuradores.

 

As explicações de Joesley e outros colaboradores sobre a gravação não convenceram os procuradores, que consideraram os fatos graves. 
 
 
Afirmam que Joesley e Saud foram evasivos e confusos quando tiveram que se explicar à procuradoria. 
 
Esses depoimentos e as provas encontradas pela Polícia Federal nas buscas desta segunda ajudarão Janot a decidir se o acordo da J&F será mantido ou se os delatores perderão os benefícios.

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