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quinta-feira, setembro 07, 2017

O Brasil não tem nenhum motivo para comemorar o 7 de setembro deste ano de 2017 por causa dos políticos e empresários brasileiros envolvidos em corrupção e roubos na República Brasileira que levaram o nosso país a falência.

Lava Jato reforça caráter 'apartidário' com lista de Fachin, dizem cientistas políticos

 


13 abril 2017





Direito de imagem AFP, Reuters, Agência Brasil
Image caption 'Delação do fim do mundo', baseada em acordos com 77 ex-executivos da Odebrecht, envolve parcela significativa da classe política brasileira


A determinação da abertura de 76 inquéritos envolvendo uma parcela significativa da classe política brasileira, incluindo o alto escalão do governo, reforça o caráter apartidário da operação Lava Jato, mas não elimina por completo o risco de perda de apoio popular.
A opinião é de cientistas políticos ouvidos pela BBC Brasil.


Na terça-feira, o ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), deu sinal verde a investigações contra 98 nomes importantes do mundo político, incluindo oito ministros, 24 senadores, 39 deputados e três governadores.



A decisão foi tomada com base nos depoimentos de 77 ex-executivos da empreiteira Odebrecht, naquela que ficou conhecida como a "delação do fim do mundo".


Individualmente, o PT tem o maior número de investigados (20), seguido por PMDB (16), PSDB (13) e PP (9). Onze partidos completam a lista.


Do total de nomes citados, 65% fazem parte de siglas que congregam a base aliada do governo.


Segundo os especialistas, a presença de nomes das mais diversas colorações políticas na lista fortalece a credibilidade da Lava Jato, em meio a críticas por parte de alguns setores da sociedade de que a operação mirava o PT e deixava de lado outros partidos.


O senador tucano Aécio Neves (PSDB-MG), por exemplo, é um dos campeões de inquéritos, ao lado do líder do governo no Senado, o senador Romero Jucá (PDMB-RR). Cada um é alvo de cinco investigações diferentes.
Todos os citados negam ter cometido irregularidades.


Direito de imagem Agência Brasil.
 
Image caption Decisão de Fachin causou terremoto em Brasília, mas processo pode durar anos

 Congresso Nacional

Credibilidade

 

"Com a divulgação da lista de Fachin, a operação Lava Jato ganha credibilidade, pois, ao mirar políticos de diferentes partidos, reforça o caráter apartidário", diz à BBC Brasil, Ricardo Ismael, cientista político da PUC-Rio.


"O conteúdo das delações revelou a relação promíscua da maior construtora do país com o universo político, independentemente dos partidos, e como funciona o financiamento eleitoral no Brasil", acrescenta ele.


Ismael lembra que, quando a Lava Jato teve início, em março de 2014, os principais envolvidos eram diretores da Petrobras ligados ao PT e ao PMDB, que compunham, então, a coalizão de governo.
     
     
Neste sentido, diz ele, "compreensivelmente, quando surgiram as primeiras delações, foram citados nomes ligados a esses partidos", o que gerou "uma acusação falsa de partidarização".


Na avaliação de Maria Teresa Kerbauy, professora do Departamento de Ciência Política da Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Araraquara, o argumento de que a Lava Jato seria "parcial" "cai por terra" com a lista de Fachin. 


"O argumento repetido à exaustão pelo próprio PT e reverberado por setores ligados à esquerda de que a Lava Jato só mirava integrantes do partido cai por terra a partir do momento em que a lista de Fachin atinge parte importância da classe política nacional", opina.


"Vários partidos estão envolvidos. 


A lista inclui nomes das principais lideranças brasileiras. 


Não se trata apenas de um problema envolvendo partidos, mas a forma como o nosso sistema político está organizado", completa.



Direito de imagem Reuters
Image caption Relator da Lava Jato no STF, Edson Fachin autorizou 76 pedidos de abertura de inquérito

 Edson Fachin

'Defunto em sepulto'.

 

O sociólogo e cientista político Paulo Baía, professor da UFRJ (Federal do Rio), concorda. 


Segundo ele, a Lava Jato mostrou a "falência do modelo político brasileiro", que descreveu como "defunto em sepulto".


"A Lava Jato descortinou esse defunto em sepulto que se tornou o modelo político brasileiro. 


Essa é a grande inovação da operação", argumenta. 


"Em outras palavras, não se trata apenas de um processo criminal e penal. 


A Lava Jato nos mostrou que o modelo político que temos hoje morreu, expondo os vícios, ilícitos e crimes ligados a ele".


Para o cientista político Rafael Cortez, da consultoria Tendências, a "composição multipartidária" da lista de Fachin enfraquece ainda o discurso de "politização" das investigações. 


O argumento, diz, faz parte da estratégia do PT de lançar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República em 2018.


Cortez pondera, contudo, que a operação usou a figura do ex-presidente para angariar apoio da sociedade e possibilitar o andamento das investigações.


"Um dos principais trunfos para a continuidade da Lava Jato é o amparo da sociedade. 


Indiscutivelmente, as autoridades transformaram Lula em símbolo da operação e capitalizaram em torno de sua crescente rejeição popular", ressalva.


"Neste sentido, a citação à figura do ex-presidente serviu de instrumento de mobilização e, portanto, permitiu a continuidade das investigações com o devido apoio popular", acrescenta.


"Isso não significa dizer, contudo, que a Lava Jato é partidarizada, ou seja, que só mira o PT", ressalva.


Direito de imagem AFP
Image caption Lava Jato avançou rápido nos casos que ficaram com Moro, na 1ª instância

 Sérgio Moro

Apatia?

 

Por outro lado, embora concordem que a Lava Jato tenha ganhado novo fôlego com a lista de Fachin, os especialistas dizem que riscos ainda cercam a continuidade da operação.


Segundo eles, disso vão depender as conclusões das investigações.
"O problema não é mobilizar a sociedade, é mantê-la mobilizada. 


Se não houver resultados práticos, ou seja, se o processo demorar muito tempo ou se ninguém for preso, pode ser que a Lava Jato perca força", prevê Cortez, da Tendências.


"Ou seja, nesse caso, a dimensão emocional terá um papel importante", acrescenta. 


Em curto prazo, Cortez destaca que as eleições de 2018 podem representar um risco para a continuidade da Lava Jato.


"Se esses investigados se candidatarem às eleições do ano que vem e forem eleitos, a tendência é de que a sociedade fique mais apática, e um sentimento de desesperança tome conta de todos."

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