Banners


Create your own banner at mybannermaker.com!

terça-feira, outubro 31, 2017

Deputado Gesmar Costa tem lei de Utilidade Pública de sua autoria contemplando o SIPRODUZ de Parauapebas aprovada pelo Parlamento Paraense





Graças a brilhante atuação do Deputado Gesmar Costa como membro do Parlamento Paraense, ao lado dos seus colegas parlamentares, que o Sindicato dos Produtores Rurais de Parauapebas-SIPRODUZ, conquistou nesta data, o Título de Utilidade Pública através de Projeto de Lei de autoria do aludido parlamentar, aprovado por unanimidade pelos seus pares, na Sessão desta terça feira.

Nesta oportunidade, tivemos a honra de registrar a presença de dois representantes do Legislativo Municipal de Paruapebas, Francisca Ciza e Joel Pedro Alves, e o atual secretário de Segurança Institucional daquele município Wanterlor Bandeira, ao lado do Deputado Gesmar Costa.

O título de Utilidade Pública garante às entidades, associações civis e fundações o reconhecimento como instituições sem fins lucrativos e prestadoras de serviços à sociedade. 

Entidades sem fins lucrativos são aquelas capazes de reverter em finalidades estatutárias ou em manutenção e expansão do próprio negócio todos os lucros obtidos em atividades comercial, industrial e de serviços desenvolvidos por ela.

Somente as entidades legalmente constituídas no Brasil podem obter o título de Utilidade Pública. 


As exigências incluem a necessidade de funcionamento da instituição há pelo menos dois anos, sem a remuneração dos seus dirigentes, e a promoção de atividades compatíveis com o Título. 

Parabéns Deputado Gesmar Costa pela sua atuação como representante do povo paraense, e principalmente pelo que você tem feito em benefício de entidades que prestam relevantes serviços ao município de Parauapebas ! 

500 anos da Reforma Protestante: veja mitos, legados e fatos essenciais que podem cair no Enem e nos vestibulares


Há cinco séculos, o monge alemão Martinho Lutero condenou a venda de indulgência feita pela igreja. Confira outros pontos da Reforma que podem aparecer nas provas.


Por G1

Fiéis de todo o Brasil comemoram os 500 anos da Reforma Protestante
Fiéis de todo o Brasil comemoram os 500 anos da Reforma Protestante.
 
A Reforma Protestante completa cinco séculos nesta terça-feira (31). 
Apesar de o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) não ter as efemérides como referência, o tema tem desdobramentos em diversas áreas do conhecimento e relevância em disciplinas como história, já tendo sido cobrado em diversas edições da prova.

O G1 ouviu o diretor de conteúdo e aprendizagem do Anglo, Renan Garcia Miranda, sobres mitos, legados e fatos essenciais ligados à Reforma. 

Confira:

Mitos

“Um mito em torno da Reforma Protestante é o de que João Calvino, fundador do Calvinismo, teria defendido que o homem que acumula riquezas seria um predestinado à salvação. 
O religioso francês construiu em Genebra uma comunidade religiosa marcado por uma disciplina rigorosa quanto ao vestuário, aos costumes sexuais, ao comparecimento à Igreja e aos negócios comerciais. 
Quanto à predestinação, Calvino, que discutira muito pouco o assunto, argumentava que, embora estivesse predestinado à salvação ou à danação, o homem jamais poderia conhecer antecipadamente sua sorte. 
A escolha de uns e a rejeição de outros era um sinal do mistério de Deus.”
"Após a morte de Calvino, seus seguidores foram, lentamente, tornando a predestinação algo crucial e estabelecendo parâmetros lógicos para um homem reconhecer os sinais de Deus.

O trabalho passou a ser visto como uma vocação divina, e o sucesso decorrente dele, um sinal da predestinação."

Legados

“Um dos maiores legados da Reforma Protestante foi a abertura para a livre interpretação da Bíblia. 
Enquanto a Igreja Católica sustentava que só o clero — intermediário entre os homens e Deus — podia interpretar adequadamente a Bíblia, Lutero dizia que, para descobrir seu sentido, não era necessária a ajuda de padres. 
Segundo ele, em questões de fé, não havia diferença entre padres e leigos. 
Todos podiam receber sua fé diretamente de Deus. 
A postura de Lutero abre espaço para um modelo de individualismo religioso que é uma das marcas da contemporaneidade.”
Pintura mostra o monge alemão Martinho Lutero (Foto: Reprodução/ TV Globo)
Pintura mostra o monge alemão Martinho Lutero (Foto: Reprodução/ TV Globo)

Fatos essenciais.

“Em outono de 1517 um monge de nome Tetzel viajava pela área próxima de Wittenberg, região de atuação de Lutero, vendendo indulgências. 
O dinheiro obtido destinava-se em parte à reconstrução da basílica de São Pedro, em Roma, e o restante ao pagamento de dívidas contraídas pelo arcebispo local na compra de seu cargo com o papa."
"Embora desconhecesse a segunda finalidade, Lutero irritou-se com as maneiras grosseiras de Tetzel e lançou um ataque à venda de indulgências, quando teria afixado à porta do castelo de Wittenberg suas 95 teses.

A seguir, no dia 31 de outubro de 1517, enviou as Teses em uma carta a Alberto de Mainz, o Arcebispo de Mainz.
A data passou a ser considerada o início da Reforma Protestante. "

No documento, Lutero questionava a ideia da venda de indulgências por implicar uma prática corrupta e também por considerá-la frágil do ponto de vista teológico. 
Como a salvação poderia ser conseguida por meio de boas ações? 
No centro da argumentação de Lutero estava a convicção de que o homem alcançaria a salvação pela sua fé pessoal, marca de um senso de individualismo que se fazia presente na Europa naquele momento. 
Afirmava que o comparecimento à igreja, o jejum, as peregrinações e a boas obras não assegurariam a salvação. 
As boas obras não seriam a causa da salvação, mas apenas seu resultado.” 
Confira a reportagem sobre os 500 anos da Reforma Protestante no Jornal Nacional:
Fiéis de todo mundo celebram, terça (31), os 500 anos da Reforma Protestante
Fiéis de todo mundo celebram, terça (31), os 500 anos da Reforma Protestante.

Ministro da Justiça critica segurança pública do Rio, diz blog

Segundo o blog de Josias de Souza, do UOL, o ministro Torquato Jardim disse que o governador do Rio e o secretário de Segurança não controlam a PM. Em resposta, Pezão afirmou que o governo e a polícia não negociam com criminosos.


Por RJTV
Ministro da Justiça Torquato Jardim critica a política de segurança pública do RJ
Ministro da Justiça Torquato Jardim critica a política de segurança pública do RJ.
 
O ministro da Justiça Torquato Jardim criticou a política de segurança pública do Rio de Janeiro durante uma entrevista publicada pelo blog do jornalista Josias de Souza, do site UOL. 
 
Na entrevista, o ministro disse que o governador Luiz Fernando Pezão e o secretário de segurança Roberto Sá não controlam a Polícia Militar e que o comando da PM decorre de "acerto com deputado estadual e o crime organizado". 
"Comandantes de batalhão são sócios do crime organizado no Rio", disse Torquato Jardim, segundo a publicação.

O ministro afirmou estar convencido de que o assassinato do tenente coronel Luiz Gustavo Teixeira, comandante do batalhão do Méier, não foi resultado de um assalto. 
De acordo com o blog, o ministro disse que o coronel foi executado por um acerto de contas.
O ministro da Justiça, Torquato Jardim, participa de cerimônia pelo Dia do Aviador (Foto: José Cruz/Agência Brasil)
O ministro da Justiça, Torquato Jardim, participa de cerimônia pelo Dia do Aviador (Foto: José Cruz/Agência Brasil).
 
Torquato Jardim disse, ainda, que o socorro federal ao Rio, com o envio de tropas, vai atenuar os problemas, mas que a "virada de curva" só será possível em 2019, com outro presidente e outro governador. 
O Ministério da Justiça ainda não se pronunciou sobre a publicação do blog. 
 
O governador Luiz Fernando Pezão disse que o governo e o comando da Polícia Militar não negociam com criminosos e que o ministro da Justiça nunca o procurou para tratar do assunto falado na entrevista. 
O governador disse também que as escolhas de comando de batalhões e delegacias são decisões técnicas e que jamais recebeu pedidos de deputados para os cargos. 
 
Na Alerj, deputados que integram a comissão de Segurança Pública da casa também repudiaram as declarações do ministro e pediram investigação da Procuradoria Geral da República.

segunda-feira, outubro 30, 2017

Católico sincero pergunta: Onde estava a Igreja de Cristo antes da Reforma Protestante?


Resultado de imagem para cacp


Caro prof. Paulo Cristiano

A paz do Senhor!

Tenho estudado muito seus artigos, pois, sendo eu ainda católico, estou travando uma grande batalha doutrinária e pedindo ao Senhor Jesus que me resgate para o caminho da verdade que é Ele.

Por favor, se a igreja católica diz que ela é a igreja fundada por Jesus, e ministério o
Centro Apologético Cristão de Pesquisas-cacp, nos mostra que ela é herética, onde estava a igreja de Cristo antes da reforma, quando Jesus disse que as portas do inferno nunca prevaleceriam contra ela e que estaria com ela até o fim dos tempos?


Conto com sua orientação e desde já muito agradecido.


Adriano.

Prezado Adriano, graça e paz. 

Antes da resposta propriamente dita é interessante revermos os dois pressupostos teológicos quanto à identidade da Igreja mantidos pelas duas confissões religiosas – a Católica e a protestante – assim como o significado do termo.

Para os primeiros, a igreja se encontra somente dentro da denominação alcunhada de Igreja Católica Apostólica Romana, fora da qual, segundo a teologia católica apregoa em alto e bom som, “não há salvação”. 

Os católicos interiorizaram tanto essa ideologia, que não conseguem entender a igreja sem trazer a imagem mental de uma organização física centrada em um único lugar geográfico. 

Cabe, entretanto, ressaltar, que essa representação de igreja foi construída teologicamente através dos séculos por necessidades históricas e apologéticas e por fim acabou acimentando a base da eclesiologia católica. 

A sua pergunta nos brinda com um exemplo vívido deste viés.

Outra questão a ser explorada é o conceito de igreja. 

O que de fato significam os termos “igreja”, “católica” e “apostólica”? 

Ora, Igreja é um termo amplo, não define e tampouco especifica qualquer confissão de fé. 

Significa apenas “uma assembléia”, a Eklésia, literalmente, “aqueles que foram chamados para fora”. 

Portanto, pode ser qualquer organização que se reúne em torno das verdades centrais do evangelho em nome do Senhor Jesus Cristo.

A Igreja na perspectiva do Novo Testamento pode ser tanto visível como invisível. 

Enquanto a primeira representa todas as igrejas locais em determinados locais espaciais, vivendo em comunidades sob a mesma herança apostólica com as mesmas expressões de fé, a última representa o povo de Deus espalhado no mundo todo.

Já a palavra “católica” quer dizer universal e nos remete à sua missão. 

Portanto, nenhuma igreja tem o direito de monopolizar este termo já que ele remete a missão da obra de Cristo por aqueles que deveriam pregar o evangelho. 

Por fim, o termo “apostólica”, remete à identidade com a doutrina apostólica que nos foi legada pelos apóstolos e que se encontra somente na Bíblia. 

Sendo assim, o termo “Igreja Católica Apostólica”, cabe perfeitamente em qualquer igreja procedente também da Reforma.

Os protestantes em consonância com o Novo Testamento acreditam que a Igreja não é uma organização física apenas, mas é composta por todos aqueles que fazem parte da Igreja invisível, o verdadeiro Corpo de Cristo. 

Assim, a verdadeira igreja de Cristo é invisível e espiritual composta de todas as demais igrejas visíveis pelo vínculo da paz (Hebreus 12.23).

A Igreja de Cristo pode subsistir mesmo fora da Igreja católica.

Jesus disse que onde houver dois ou três reunidos em seu nome, ali estaria ele. 

Guardadas as devidas proporções, ali estaria uma Igreja.

Desde os tempos em que a ICR veio apostatando da fé, sempre houve pessoas que sustentaram verdades centrais do verdadeiro evangelho. 

Às vezes essas pessoas se concentravam em pequenos grupos expulsos da Igreja Romana, outras vezes dentro da própria ICR como, por exemplo, João Huss, Savonarola e outros.

A questão da identidade da ICR também é muito importante para a compreensão da questão como um todo, haja vista, que o catolicismo que conhecemos hoje é o aglomerado de uma série de inovações, sincretismos e acréscimos de erros teológicos através dos séculos. 

Muitos ensinamentos despretensiosos dos pais da Igreja foram com o passar do tempo tomando caráter doutrinário e por fim virou dogma no seio do catolicismo romano. 

Um exemplo disso é a questão da supremacia do bispo sobre os demais superintendentes cristãos ensinada em um contexto específico por Inácio à igreja de Corinto, mas que foi envernizada teologicamente e apropriada por causa de interesses políticos pelos bispos romanos.

Talvez, o mais antigo credo que a igreja cristã primitiva tenha criado foi o chamado “Credo Apostólico” ou “Credo dos Apóstolos”. 

Se você perceber, este credo não faz menção a nenhuma das inúmeras doutrinas católica atuais. 

Importante frisar que tais doutrinas é o fator diferencial entre a ICR e as demais igrejas cristãs, as quais lhe confere a sua atual identidade. 

Lendo este Credo você observará que ele não fala em purgatório, em missa, em Maria, em supremacia papal, em eucaristia, em intercessão de santos e muito menos na supremacia da ICR sobre as demais. 

Tanto é verdade que tudo o que está escrito neste Credo é aceito por todas as igrejas protestantes até hoje. 

Devemos acrescentar ainda que este Credo era a profissão de fé de todos os cristãos daquela época. 

Partindo desta lógica podemos com justiça devolver a pergunta aos católicos: Onde estava a ICR (como a conhecemos hoje) nesta época?

Devemos destacar ainda a questão das jurisdições da Igreja. 

O catolicismo romano, mais especificamente pós Constantino, na verdade sempre vendeu às pessoas uma distorção exegética baseada em Mateus 16:18, isto é, de que sua Igreja foi sempre a única igreja verdadeira tal qual Cristo deixou e da qual as demais se subdividiram, o que não corresponde à verdade dos fatos.

Já nos primeiros séculos de cristianismo, antes da igreja romana se tornar estatal, cada igreja era independente e cada uma governava sob sua jurisdição. 

Existia o patriarcado de Jerusalém, Antioquia, Alexandria e Roma. 

Eram todas co-iguais ou igrejas co-irmãs. 

Não havia supremacia de uma sobre as outras. 

A doutrina ainda tinha certa pureza sem muitas inovações.

Quando o apóstolo João escreveu suas cartas às sete igrejas do Apocalipse, ele não colocou nenhuma superior às outras. 

Tampouco você irá encontrar isso nas epístolas paulinas, inclusive na de Romanos. 

Se a Igreja Romana insiste em afirmar que é a única Igreja de Cristo é justo perguntar: 
Onde estava a Igreja de Cristo antes da Igreja de Roma ser fundada nesta cidade?

A Igreja de Cristo não existia? 

Claro que não! 

Onde estava a ICR, tal qual conhecemos hoje, antes das inovações doutrinárias adentrarem em seu seio?

O que ocorreu, é que Roma, e não nós, que se separou da verdadeira doutrina bíblica e apostólica. 

Ela tem sido a maior causadora de achismo [divisões] nestes 17 séculos de cristianismo. 

Tem deixado de lado o verdadeiro evangelho bíblico e se apegado às tradições dos homens.

Para finalizar, sua pergunta pode ser respondida da seguinte forma:

antes da Reforma a Igreja de Cristo estava no Evangelho, pois este nunca morreu. 

O evangelho nunca deixou de existir, ainda que subsistisse um tanto quanto apagado em meio às densas trevas da apostasia.

A Igreja é composta por todos aqueles que em todos os lugares invocam o nome do Senhor Jesus Cristo e acreditam no verdadeiro evangelho bíblico e apostólico. 

A igreja de Cristo é muito mais do que uma mera denominação, ela é um organismo espiritual composta por crentes. 

Sendo assim, ela nunca desapareceu.



Fonte: O CACP – Centro Apologético Cristão de Pesquisas, fundado em 1998 é uma organização evangélica paraeclesiástica e interdenominacional que promove a fé cristã mediante a produção de pesquisas e informações religiosas.

São José do Rio Preto – SP (Sede)
Rua João Ângelo Ponchio, 911 – Jardim Caparroz, 15050400

domingo, outubro 29, 2017

A Igreja de Lutero na América Latina, 500 anos após a Reforma

Como se sentem hoje os efeitos da Reforma Protestante em um continente majoritariamente católico? O jubileu é uma oportunidade para a Igreja reformada por Lutero ganhar mais seguidores.

Por Deutsche Welle
Igreja Luterana em praça de Domingos Martins, no Espírito Santo (Foto: Divulgação/ Prefeitura de Domingos Martins)
Igreja Luterana em praça de 
Domingos Martins, no Espírito Santo (Foto: Divulgação/ Prefeitura de Domingos Martins).
 
O protestantismo na América Latina vai além da imigração alemã. 
Ele é bastante diversificado e inclui muitas igrejas e missões diferentes. 
Ao mesmo tempo, o continente é o mais forte bastião do catolicismo. 
De quase 1,3 bilhão de católicos no mundo, cerca de metade vive na América Latina. 
Por causa disso, o maior desafio para o protestantismo é ser percebido. 
A celebração dos 500 anos da Reforma em 2017 é uma ótima oportunidade para isso. 
 
A maioria das igrejas luteranas é ligada à Federação Luterana Mundial (FLM). 
"Na América Latina, temos cerca de 850 mil membros, em 17 igrejas afiliadas de 15 países", disse a pastora Patricia Cuyatti à DW. 
Ela lidera a seção da América Latina e Caribe na FLM. 
Muitas igrejas membros na região têm uma longa tradição. 
As mais antigas, na Guiana e no Suriname, existem há 275 anos.

Protestantismo fragmentado

Além das igrejas evangélicas de origem alemã, há também as que vieram de outros países europeus ou dos Estados Unidos, como o Sínodo de Missouri. 
"Ambas as ramificações fundaram suas próprias igrejas e nem sempre estavam em contato, o que explica a fragmentação do protestantismo na América Latina", esclarece o teólogo e cientista político Daniel Lenski. 
 
As comunidades com maior número de fiéis se concentram nas regiões onde foi mais forte a imigração dos países de língua alemã: na Argentina, com a Igreja Evangélica do Rio da Prata, e no Brasil, com a Igreja Evangélica de Confissão Luterana (IECLB). 
 
Nos últimos anos, Cuyatti vem observando também uma disseminação crescente em outros países: "Existe uma forte presença evangélica na América Central, especialmente na Nicarágua, em El Salvador e na Costa Rica, e com um forte envolvimento no processo de paz e no equilíbrio social." 
A pastora salienta ainda a contribuição ecumênica das igrejas protestantes na Colômbia e no Peru para o Ano da Reforma e o engajamento em prol da população indígena na Bolívia. 
 
Nem todas as igrejas protestantes estão ligadas à Federação Mundial. 
Um exemplo é a Igreja Evangélica Luterana da Argentina, fundada no final do século 19 por imigrantes teuto-russos da região do Volga.

Isolamento e ideologia

No início, as comunidades religiosas dos imigrantes eram bastante fechadas. 
"Com muito zelo, os imigrantes procuraram preservar sua cultura, sua fé e seus costumes, e foi difícil se abrir a quem não fosse de origem alemã", observa o pastor argentino Carlos Nagel, filho de um alemão e uma lituana que emigraram para a Argentina nos anos 1920. 
 
"Assim como o idioma, a religião tem um papel importante na preservação da identidade", explica Lenski, cujo trabalho de doutorado é sobre a história da Igreja Protestante no Chile. 
"Para muitas comunidades, divulgar o evangelho e preservar a cultura alemã eram a mesma coisa", diz. 
 
Isso se refletiu também na época do regime nazista na Alemanha: "Na Argentina, no Brasil e no Chile, muitos pastores se opuseram ao nazismo, mas não foi a maioria", explica o teólogo. 
 
Também a relação com as ditaduras militares latino-americanas revelaram discórdias dos evangélicos. 
Para Lenski, essa disparidade já havia sido estabelecida pelo próprio pai da Reforma. 
 
"Lutero tinha opiniões bastante diferentes e contraditórias sobre a situação política de seu tempo. 
E as igrejas evangélicas interpretaram essas declarações de forma muito variada. 
Algumas achavam que era dever da Igreja ajudar as vítimas da opressão. 
Outras preferiram se concentrar nos serviços religiosos", conta Lenski. 
 
"Uma razão importante para a divisão da Igreja protestante nos anos 1970 no Chile foi a disputa sobre a atitude em relação aos direitos humanos e também a falta de consenso sobre como a própria Igreja se via", explica o teólogo. 
 
Enquanto isso, a Igreja Evangélica de El Salvador, liderada pelo carismático bispo Medardo Gómez, trilhou um caminho muito diferente: apesar da forte pressão da ditadura naquela época, ela insistiu firmemente nos direitos humanos, servindo de modelo para outras Igrejas. 
 
Embora ainda modesta, a Igreja Protestante representa uma alternativa real à onipresente hegemonia da Igreja Católica na América Latina, de um lado, e às inúmeras igrejas pentecostais, do outro, aponta Lenski.
 
"A Igreja Evangélica é uma opção para os cristãos à procura de pastores bem formados. 
É uma alternativa intelectual à Igreja Católica, e oferece uma teologia mais sofisticada que a dos pentecostais", analisa.

Engajamento social

As igrejas protestantes da América Latina apoiam uma série de atividades, que vão desde o setor social, passando pela política ambiental, direitos das mulheres, redução da pobreza, prevenção da violência e plataformas ecumênicas. Isso a torna atraente para quem busca um cristianismo participativo.

Os preparativos para o Ano do Jubileu da Reforma começaram há vários anos. 
"Um dos lemas do aniversário é 'a salvação não está à venda'", conta Lenski, referindo-se aos movimentos pentecostais que clamam por ricas doações em seus cultos. 
 
"A crença central da fé luterana é completamente o oposto: Deus te ama, sem olhar para o que você é ou o que você tem. 
Considerando a pobreza no mundo e a vontade de algumas pessoas de enriquecer usando a religião, esta mensagem hoje é tão relevante quanto no século 16", conclui o teólogo.

Turista de SP é assassinado com um tiro em casa de veraneio invadida por criminosos; VÍDEO Dupla de bandidos pulou o muro do imóvel em Itanhaém e, depois de ameaçar a vítima, disparou contra ela. Os criminosos levaram um celular. Por g1 Santos

16/03/2024 13h29.  Ativar som Ativar som Homem é assassinado com um tiro dentro de casa após invasão de criminosos. Um homem, de 52 anos, fo...