Valter Desiderio Barreto Ministro do Evangelho |
Seja Célula, Grupo Pequeno, Grupo de Comunhão ou Grupo de Crescimento, não importa que palavras sejam utilizadas para os identificar, trata-se do Corpo de Cristo vivo reunido nas casas para servir e glorificar ao Senhor.
Durante os três primeiros séculos da era cristã, a Igreja não tinha templos.
Foi neste período que ela experimentou o maior crescimento de sua história.
Os cristãos se reuniam basicamente nos lares.
O apóstolo Paulo revela sua imensa gratidão a um casal que conheceu em Corinto: Áquila e Priscila. (Atos 18:2-3).
Após aproximar-se deles e identificar-se com o ofício de fazer tendas,passou a trabalhar e morar na residência destes.
Abaixo, elencaremos algumas verdades que podemos aprender com o exemplo deste casal.
1- Hospitalidade:“No Senhor, muito vos saúdam Áquila e Priscila e, bem assim, a Igreja que está na casa deles.” I Coríntios 16:19
Áquila e Priscilla certamente demonstravam alegria em receber os irmãos e acolhê-los em sua casa.
O ambiente do lar é por si só aconchegante e nos convida a uma conversa, a um lanche especial, a ter momentos para sorrirmos, chorarmos e orarmos juntos.
O espírito da família cristã, nos moldes da Igreja primitiva, manifesta-se neste tipo de hospitalidade.
Sermos anfitriões de um Pequeno Grupo significa dar a nós mesmos e aos nossos familiares a oportunidade de exercitar esta hospitalidade.
2- Cooperadores em Cristo Jesus: “Saudai Priscila e Áquila, meus cooperadores em Cristo Jesus.” (Romanos 16:3).
“Ouvindo-o, porém, Priscila e Áquila, tomaram-no consigo (Apolo) e, com exatidão lhe expuseram o caminho de Deus.” (Atos 18:26)
A palavra cooperador significa aquele que está junto auxiliando quem tem maior responsabilidade na realização da obra.
Quando Paulo saiu de Corinto, levou consigo Áquila e Priscila e deixou-os em Éfeso.
Lá, eles novamente abriram a casa para receber a Igreja do Senhor.
Foi quando conheceram Apolo.
“Apolo era instruído no caminho do Senhor; e sendo fervoroso de espírito, falava e ensinava a respeito de Jesus, conhecendo apenas o batismo de João”(Atos 18:25).
Foi este casal que lhe explicou acerca do arrependimento através da Cruz de Cristo.
Quando dedicamos tempo para ensinar sobre quem é o Senhor Jesus, sobre o Plano de Salvação do Eterno, além de compartilharmos como Ele transforma nosso interior pela ação do Espírito Santo, tornamo-nos cooperadores em Cristo Jesus.
Como foi importante para o apóstolo saber que podia contar com estes irmãos na hospitalidade e no serviço ao Senhor.
3- Coração abnegado: “Tende cuidado, porém, de guardar com diligência o mandamento e a lei que Moisés, servo do Senhor, vos ordenou: que ameis o Senhor, vosso Deus, andeis em todos os seus caminhos, guardeis os seus mandamentos, e vos achegueis a Ele, e o sirvais de todo o vosso coração e de toda a vossa alma”. Josué 22:5
O desprendimento deste casal ao abrir sua casa para reuniões e cultos revela um único e sublime interesse: Servir ao Senhor.
O próprio Jesus afirmou acerca de si mesmo que o Filho do Homem, não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos (Mateus 20:28).
Receber o Corpo de Cristo em nossa casa para juntos orarmos, cearmos, aprendermos mais da Palavra do Senhor, exaltarmos Seu Santo Nome e compartilharmos nossas lutas e vitórias sempre será motivo de alegria ao coração do Eterno.
Quem já viveu ou vive esta experiência sabe o quanto nossa família é abençoada ao abençoar outros.
UM CONVITE À REFLEXÃO:
• Como podemos exercitar esta hospitalidade cristã?
Onde necessitamos investir para servir ao Senhor com excelência e nos tornarmos cooperadores em Cristo Jesus?
O que estamos esperando para abrir o nosso coração com desprendimento e recebermos um Pequeno Grupo de irmãos em nosso lar?
“Porque Deus não é injusto para ficar esquecido do vosso trabalho e do amor que evidenciastes para com o Seu Nome, pois servistes e ainda servis aos santos”. Hebreus 6:10
Valter Desiderio Barreto, Igreja viva do Senhor e Salvador Jesus Cristo, Ministro do Evangelho desde 20 de agosto de 1978.
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