Banners


Create your own banner at mybannermaker.com!

quinta-feira, novembro 23, 2017

Alvo de operação que prendeu Garotinho, presidente nacional do PR vai se entregar, diz defesa

Ex-ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, é alvo de mandado de prisão pela Justiça Eleitoral de Campos de Goytacazes, no Rio de Janeiro.

Por G1 SP, São Paulo
O vereador Antonio Carlos Rodrigues (PR-SP), suplente da senadora Marta Suplicy (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)
 
O vereador Antonio Carlos Rodrigues (PR-SP), suplente da senadora Marta Suplicy (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado).
 
O presidente nacional do PR (Partido da República) e ex-ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, alvo de mandado de prisão pela Justiça Eleitoral de Campos de Goytacazes, no Rio de Janeiro, irá se entregar nesta quinta-feira (23), segundo sua defesa. 
 
O advogado Daniel Bialski, defensor de Rodrigues, informou que seu cliente irá se entregar ao longo do dia na cidade de São Paulo ou do Rio de Janeiro. 
 
Ele acrescentou que considera "a decretação da prisão ilegal e desnecessária". 
O advogado também disse que vai pedir o habeas corpus para conseguir a liberação do ex-ministro. 
Na quarta (22), o político não foi encontrado pela Polícia Federal em sua residência em São Paulo. 
 
Rodrigues é suspeito de corrupção, extorsão, participação em organização criminosa e falsidade ideológica na prestação de contas eleitorais na mesma investigação que resultou na prisão do ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho (PR). 
 
Como a denúncia apresenta conexão entre crimes da Justiça Federal e da Justiça comum a competência para processar e julgar ambos os delitos é da Justiça Eleitoral, por ser considerada Justiça Especial. 
 
A colaboração premiada oferecida na Operação Lava Jato pelo executivo da JBS Ricardo Saud ressalta a participação do réu Antônio Carlos Rodrigues.
 
Segundo relato da testemunha, ao longo do segundo mandato do governo do ex-presidente Lula e no decorrer do governo Dilma na Presidência da República, a empresa teria que pagar propina ao PT e ao PMDB para obter facilidades no governo federal. 
E em 2014 a empresa teria que pagar propina de R$ 20 milhões ao PR (Partido da República) para obter seu apoio para a reeleição da ex-presidente Dilma Russef. 
 
“Para tal desiderato, a testemunha participou das tratativas com o presidente nacional do PR e ora réu Antônio Carlos Rodrigues, o qual apresentou uma planilha com o nome de candidatos que seriam beneficiados com a propina milionária, entre os quais não se encontrava o réu Anthony Garotinho como contemplado. 
Ainda durante as tratativas do réu Antônio Carlos Rodrigues com a testemunha Ricardo Saud, restou afirmado pelo réu que Anthony Garotinho estava pressionando-o para obter R$ 4.000.000,00 (quatro milhões de reais) para sua campanha, jogando na responsabilidade de Ricardo Saud a resolução de tal problema”, disse o juiz Glaucenir Silva de Oliveira, da 98º Zona Eleitoral de Campos dos Goytazes, em sua decisão. 
 
Segundo a testemunha, diante da insistência do réu Antônio Carlos Rodrigues e do problema causado pelo réu Anthony Garotinho, ficou estabelecido que a JBS faria uma doação via “caixa 2” para o segundo no valor de R$ 3 milhões e que Fabiano Alonso, genro do réu Antônio Rodrigues, ficaria responsável por operacionalizar o repasse da propina, mediante envio de uma nota fiscal fria para uma empresa de acordo com o que foi acordado entre Fabiano Alonso e o grupo da ORCRIM, liderado pelo réu Anthony Garotinho. 
 
Antes de assumir a pasta durante o governo Dilma, Rodrigues ocupou a cadeira de Marta, à época senadora pelo PT, quando ela se licenciou do Legislativo para comandar o Ministério da Cultura, em 2012. Em São Paulo, foi o primeiro vereador a comandar quatro vezes consecutivas a Presidência da Câmara Municipal, nos anos de 2007, 2008, 2009 e 2010.

Investigação

Segundo a denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), Antônio Carlos Rodrigues negociou com Anthony Garotinho e com a empresa JBS a doação de dinheiro oriundo de propina para a campanha do ex-governador ao Governo do Estado do Rio de Janeiro, em 2014. 
 
Após ser pressionado por Garotinho, Antonio Carlos pediu que a JBS conseguisse mais R$ 4 milhões para a campanha, ficando combinado, por fim, o pagamento de mais R$ 3 milhões, dinheiro oriundo de propina, para selar apoio do PR ao PT e ao PMDB, dinheiro que foi destinado, segundo o MP, a outra conduta ilícita, que era custear despesas do grupo político de Garotinho sem a devida declaração nem comprovação.
O inquérito que embasa a denúncia partiu da delação de Wesley, Joesley e Saud. 
"Na ocasião, foi relatado que o referido Grupo Econômico doou cerca de R$ 3.000.000,00 para a campanha de Anthony Garotinho ao Governo do Estado do Rio de Janeiro em 2014, a título de "caixa 2", dinheiro não contabilizado na prestação de contas eleitoral, valendo-se de um contrato de prestação de serviços celebrado com uma empresa indicada por aquele candidato, apenas para dar aparência de legalidade ao repasse de dinheiro.", diz o documento. 
 
MP ainda afirma que, após a divulgação dos fatos, André Luiz da Silva Rodrigues procurou a Polícia Federal espontaneamente e se dispôs a esclarecer os fatos e de colaborar com as investigações, trazendo informações até então desconhecidas dos investigadores. 
 
"Apontando e revelando a estruturação de uma organização criminosa, com emprego de arma de fogo inclusive, no seio da gestão municipal de Campos dos Goytacazes, no período em que Rosinha Garotinho foi prefeita (2009 a 2016)."

Nenhum comentário:

Pastor Davi Passamani abriu novo local de culto em fevereiro após renunciar cargo em igreja depois de investigações de crimes sexuais Polícia Civil disse que prisão preventiva foi necessária porque pastor cometeu crimes usando cargo religioso.

Advogado alegou que prisão do pastor faz parte de ‘conspirações para destruir sua imagem’. Por Thauany Melo, g1 Goiás 07/04/2024 04h00.    P...