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quinta-feira, novembro 09, 2017

Mais da metade dos assassinatos investigados pelo DHPP foram cometidos por policiais em 2017 em SP

Das 508 mortes apuradas pelo departamento até outubro, 263 foram praticadas por policiais. DHPP esclareceu 41,33% dos seus casos até setembro.


Por G1 SP
Ladrão morreu após troca de tiros com a polícia na região do Campo Belo  (Foto: Reprodução/ TV Globo)
Ladrão morreu após troca de tiros com a polícia na região do Campo Belo (Foto: Reprodução/ TV Globo).
 
Mais da metade dos casos investigados pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de São Paulo, entre janeiro e outubro deste ano, foram praticados por policiais. 
Os dados foram apresentados pela diretora do DHPP, Elisabete Sato, durante debate sobre impunidade de homicídios provido pelo Ministério Público Democrático (MPD) nesta quinta-feira (9). 
 
Das 508 mortes investigadas pelo departamento, 263 foram praticadas por policiais, as chamadas mortes em decorrência de intervenção policial (MDIP). 
Destas, 10 foram cometidas por policiais civis e 253 por policiais militares. 
Segundo Sato, até setembro, 41,33% dos casos investigados foram esclarecidos. 
 
Como o 11º Anuário de Brasileiro de Segurança Pública mostrou, o estado de São Paulo tem a maior proporção de mortes em decorrência de intervenção policial em relação ao total de mortes violentas em 2016: 17,4%. 
A proporção no Brasil é de 6,9%. 
 
O estado de São Paulo ultrapassa até os estados campeões em letalidade policial, Amapá e Rio de Janeiro, que ficam em segundo e terceiro lugar, respectivamente, quando se fala na proporção da responsabilidade da polícia nas mortes violentas dos estados. 
 
O percentual das mortes cometidas por policiais no universo das mortes cresceu de 16% para 17,4% em São Paulo. 
No total, 856 pessoas foram mortas pela polícia no estado em 2016.
Mais de 60% dos casos de homicídio e latrocínio seguem sem conclusão
Mais de 60% dos casos de homicídio e latrocínio seguem sem conclusão.
 
Um dos indicadores para saber se a polícia matou muito ou pouco, além das comparações com médias internacionais, é a proporção, segundo a diretora-executiva do Fórum, Samira Bueno. 
"Quanto a letalidade da polícia representa entre as mortes violentas? 
O destaque fica para São Paulo. 
Aqui, conseguimos reduzir os homicídios desde os anos 2000, mas a letalidade da polícia segue em tendência de crescimento", diz. 
 
Para o comandante do policiamento da área central da cidade de São Paulo, Francisco Alves Cangerana Neto, apesar de dizerem que a polícia atira primeiro, as gravações de câmeras mostram o contrário. 
“No Centro de São Paulo as ocorrências são registradas por câmeras de segurança e o que se observa é que a polícia não atira primeiro”, disse. 
 
 
Para Cangerana Neto, o policial sabe que vai ser duplamente investigado: pelo inquérito no DHPP e na própria Corregedoria da Polícia Militar. 
“A ideia é que o policial se exponha menos. 
 
Não é fácil chegar na ocorrência. 
 
É preciso saber como agir em um local de roubo, por exemplo, para evitar o confronto”, completa.
Delegada Elisabete Sato e demais delegados participam de debate sobre violência em SP (Foto: Cíntia Acayaba/G1)
Delegada Elisabete Sato e demais delegados participam de debate sobre violência em SP (Foto: Cíntia Acayaba/G1). 
 

São Paulo x Rio de Janeiro.

 

Questionados sobre se São Paulo atingiria o nível de violência no Rio de Janeiro, hoje recordista em mortes de policiais e segundo no ranking de polícia mais letal, tanto Sato como Cangerana Neto foram categóricos e disseram que não. 
 
 
“A polícia entra em qualquer área em São Paulo. 
 
Claro que em algumas áreas a polícia tem que ter preocupação técnica por serem de maior risco, mas sempre entram. 
 
São Paulo não vai virar o rio de Janeiro”, disse. 
 
 
Sato diz que equipes do DHPP enfrentaram resistência em entrar em algumas favelas neste ano, como no caso da morte de duas meninas em Paraisópolis, na Zona Sul de São Paulo, mas que seguem conseguindo investigar os crimes. 
 
"Os nossos investigadores me falaram na semana passada: ‘Doutora, está difícil entrar na Paraisópolis.

Nem a PM, nem a Rota, está entrando lá’”, disse Sato.

A diretora diz que há questões geográficas e históricas que opõem São Paulo e Rio de Janeiro e que, se depender do trabalho dela, São Paulo não vai ter acréscimos de homicídios. 
O estado tem a menor taxa de assassinatos do país: 11 por 100 mil habitantes. 
 
O debate promovido pelo Movimento do Ministério Público Democrático, “Homicídios e latrocínios, soluções para combater a impunidade”, ocorreu no dia em que o G1 publicou levantamento sobre as investigações de mortes violentas ocorridas entre 21 e 27 de agosto e registradas pelo Monitor da Violência, projeto do G1 com o NEV e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

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