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quarta-feira, novembro 22, 2017

MP-RJ diz que grupo de Garotinho era como 'organização criminosa' e usava armas de fogo para obter vantagens

Investigação aponta que contratos fraudulentos eram firmados com empresas para repassar dinheiro para campanhas eleitorais de Anthony Garotinho e seu grupo político.


Por RJTV
Os ex-governadores Garotinho e Rosinha são presos pela PF, no Rio
Os ex-governadores Garotinho e Rosinha são presos pela PF, no Rio.
 
A ação que resultou nas prisões dos ex-governadores do Rio de Janeiro Anthony e Rosinha Garotinho (PR), na manhã desta quarta-feira (22), faz parte de uma investigação que indica a existência de um esquema de contratos fraudulentos firmados entre empresas para repassar dinheiro para campanhas eleitorais. 
 
Os beneficiários seriam Garotinho e o grupo político liderado por ele. 
 
Os ex-governadores são acusados de corrupção, organização criminosa e falsidade na prestação de contas eleitorais. 
 
A investigação conduzida pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Estadual (MP-RJ) aponta que Garotinho cobrava propina de empresários em licitações da Prefeitura de Campos dos Goytacazes e, depois, pedia dinheiro para que os contratos fossem honrados. 
 
Os promotores do MP-RJ afirmam que, entre janeiro de 2009 e dezembro de 2016, período em que Rosinha foi prefeita de Campos, os envolvidos "associaram-se em organização criminosa, inclusive com o emprego de arma de fogo, de forma estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, com o objetivo de obter, direta e indiretamente, vantagens financeiras, inclusive sob a forma de doações eleitorais". 
 
Garotinho foi preso no apartamento da família no Flamengo, Zona Sul do Rio, e levado para a sede da PF. 
 
Depois, o ex-governador seguiu para o Instituto Médico Legal (IML) para fazer exame de corpo de delito. 
 
Ele foi hostilizado na saída da sede da PF, quando foi chamado de "bandido" e "corrupto"
 
Rosinha Garotinho foi detida em Campos dos Goytacazes, no Norte do estado. 
 
Para a operação, a Justiça Eleitoral de Campos dos Goytacazes expediu nesta quarta-feira nove mandados de prisão e dez de busca e apreensão.
Anthony Garotinho dentro da sede da Polícia Federal, na Zona Portuária do Rio (Foto: Gabriel Barreira/ G1)
Anthony Garotinho dentro da sede da Polícia Federal, na Zona Portuária do Rio (Foto: Gabriel Barreira/ G1).
 
As prisões também têm relação com a delação premiada de Ricardo Saud, da JBS. 
 
De acordo com o MP-RJ, após ser pressionado por Garotinho, o presidente do PR, Antônio Carlos Rodrigues, pediu que a JBS conseguisse mais R$ 4 milhões, ficando combinado, por fim, o pagamento de mais R$ 3 milhões. 
 
O dinheiro oriundo de propina seria destinado para a campanha de Garotinho ao governo do Rio, em 2014, e serviria para selar apoio do PR ao PT e ao PMDB. 
 
"Durante as investigações, a PF e o Ministério Público Estadual identificaram elementos que apontam que uma grande empresa do ramo de processamento de carnes firmou contrato fraudulento com uma empresa sediada em Macaé/RJ para prestação de serviços na área de informática", destacou o MP-RJ, referindo-se à JBS. 
 
A realização de serviços, no caso, era apenas uma fachada para negócios irregulares. 
 
Garotinho divulgou uma nota oficial em que atribui a operação desta quarta-feira a mais um capítulo da perseguição que diz sofrer. 
 
Ele afirma que nem ele, nem nenhum dos acusados cometeu crime algum. 
 
Ele reforçou que a operação de hoje não tem relação alguma com a Lava Jato. 
 
O PR ainda não se manifestou sobre as prisões. 
 
O RJTV não conseguiu contato com os outros citados na reportagem.

Prefeito de fato

Ainda segundo o Ministério Público, Anthony Garotinho exercia um cargo de comando desta organização criminosa, enquanto Antônio Carlos Ribeiro da Silva, conhecido como "Toninho", era o braço armado do grupo. 
 
Empresários informaram à PF que o ex-governador cobrava propina nas licitações da Prefeitura de Campos, exigindo o pagamento para que os contratos fossem honrados. 
 
Segundo o documento, Garotinho determinava ou vetava pagamentos às empresas contratadas, agindo como prefeito de fato, com a concordância da prefeita eleita nas urnas, sua esposa. 
 
"Assim, tinha o primeiro denunciado Anthony, poder de subjugar as empresas e seus sócios aos seus comandos, de modo que a não contribuição para campanhas eleitorais poderia ensejar prejuízos em relação aos legítimos direitos da empresa, principalmente em relação ao recebimento de valores devidos pelo município", explica o documento do MP-RJ. 
 
Em novembro de 2016, Garotinho foi preso em outro processo, acusado de chefiar um esquema de pagamento de R$ 11 milhões no programa social Cheque Cidadão, em troca de votos. 
 
Depois da prisão, Garotinho passou mal e foi levado para o Hospital Souza Aguiar, no Centro do Rio. 
 
Na ambulância, ele resistiu à transferência para o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste. 
 
Depois de oito dias preso, ele foi solto por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 
 
Em setembro deste ano, o Garotinho foi preso novamente por causa do programa Cheque Cidadão. 
 
Ele foi levado pela polícia quando apresentava o programa "Fala, Garotinho”, na Rádio Tupi, e cumpriu prisão domiciliar em Campos por 15 dias, até ser liberado pela Justiça Eleitoral. 
 
O político havia sido preso no dia 13 de setembro, após ser condenado na primeira instância da Justiça Eleitoral a 9 anos, 11 meses e 10 dias de reclusão -- a pena foi transformada em prisão domiciliar.

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