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terça-feira, novembro 21, 2017

Raquel Dodge vai ao Supremo para anular decisão da Alerj de soltar deputados do PMDB

Procuradora-geral da República quer que a Corte fixe o entendimento de que a Alerj não poderia ter revertido decisão judicial. Deputados voltaram à prisão nesta terça, após determinação do TRF-2.


Por Renan Ramalho, G1, Brasília

Procuradora-geral da República diz que RJ vive clima de terra sem lei
Procuradora-geral da República diz que RJ vive clima de terra sem lei.
 
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu nesta terça-feira (21) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a anulação da decisão da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), da semana passada, que derrubou a prisão dos deputados Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi, todos do PMDB. 
 
Os três são suspeitos de receber propina para defender interesses de empresários de ônibus dentro da Alerj e de lavar o dinheiro usando, por exemplo, empresas e compra e venda de gado. 
 
Os parlamentares foram presos na semana passada por decisão judicial, mas a Alerj reverteu a determinação da Justiça. 
 
 
Mesmo com o retorno dos peemedebistas à prisão, a PGR quer que o STF fixe o entendimento de que a Alerj não poderia, por si só, determinar a soltura. 
 
"[Decisão da Alerj] É prova eloquente do clima de terra sem lei que domina o estado.

O TRF-2 foi ostensivamente desrespeitado pela Assembleia" (Raquel Dodge)
Na ação, Dodge diz que a Assembleia deveria ter comunicado o TRF-2 da decisão, para que os deputados deixassem a cadeia por meio de um alvará de soltura. 
 
Foi o mesmo argumento usado nesta terça pelo tribunal para prender novamente Picciani, Melo e Albertassi. 
 
“A cada dia em que a ordem judicial de prisão preventiva, emitida pelo TRF da 2ª Região – constitucionalmente competente para apreciar a matéria –, segue sendo descumprida, o cenário que se anuncia é de conflito entre dois Poderes, que caracteriza crise institucional e descrédito do Poder Público”, diz a ação. 
 
"O fato de a resolução legislativa ter sido cumprida por ordem direta da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, sem expedição de alvará de soltura pelo Poder Judiciário, é prova eloquente do clima de terra sem lei que domina o Estado. 
 
O Tribunal Regional Federal da 2ª Região foi ostensivamente desrespeitado pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro", afirmou a procuradora. 
 
Na ação, Dodge também diz que a decisão do próprio STF que permitiu ao Congresso reverter medidas que impliquem em afastamento de parlamentares do mandato não se aplica a deputados estaduais e vereadores. 
 
“A Corte Constitucional não ampliou sua decisão a ponto de abarcar todas as Casas Legislativas do país. 
 
Além disto, não enfrentou a peculiar situação de um Tribunal Federal decretar a prisão de um parlamentar estadual”, diz a procuradora-geral. 
 
Ela também citou diversas decisões do próprio STF que dispensam a submissão dessas medidas ao Legislativo em “situações de superlativa excepcionalidade”. 
 
Dodge diz que a situação de “descalabro institucional” do Rio de Janeiro se enquadra nessa hipótese, após narrar suspeitas de que Picciani, Melo e Albertassi estariam cometendo crimes até o momento da prisão. 
 
“O simples fato de a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, por ampla maioria, ignorar o quadro fático de crimes comuns descrito acima indica a anomalia e a excepcionalidade do quadro institucional vivido nesse momento, a exigir resposta imediata e firme do Supremo Tribunal Federal”, diz a ação.

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