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quinta-feira, dezembro 07, 2017

Hamas convoca uma nova intifada após anúncio de Trump sobre Jerusalém

Presidente americano reconheceu a cidade como capital de Israel apesar dos apelos da comunidade internacional.


Por G1
Manifestantes queimam bandeira dos EUA em protesto em Belém após anúncio de Trump de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel (Foto: Musa Al Shaer/AFP)
Manifestantes queimam bandeira dos EUA em protesto em Belém após anúncio de Trump de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel (Foto: Musa Al Shaer/AFP).
 
O grupo islâmico Hamas convocou nesta quinta-feira (7) uma nova intifada um dia depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reconhecer Jerusalém como capital de Israel
 
A intifada é o termo utilizado para fazer referência à revolta palestina contra a política de expansão do governo de Israel. 
 
"Devemos convocar e devemos trabalhar no lançamento de uma intifada diante do inimigo sionista", disse o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em um discurso em Gaza, de acordo com a Reuters.
Chefe do Hamas, Ismail Haniyeh, em um discurso em Gaza (Foto: Mohammed Salem/Reuters)
Chefe do Hamas, Ismail Haniyeh, em um discurso em Gaza (Foto: Mohammed Salem/Reuters).
 
A decisão de Trump é polêmica uma vez que os palestinos reivindicam Jerusalém Oriental como capital de seu futuro Estado e a comunidade internacional não reconhece a reivindicação israelense sobre a cidade como um todo.
 
 
Apesar dos diversos apelos da comunidade internacional para que Trump não tomasse essa decisão de reconhecer Jerusalém como capital israelense, Trump anunciou na quarta-feira (6) que pediu ao Departamento de Estado que inicie o processo de transferir para lá a embaixada americana atualmente instalada em Tel Aviv. 
 
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse na quarta-feira que o reconhecimento marca "um dia histórico" e "um importante passo para a paz". 
 
Foi uma das poucas autoridades políticas a saudar a decisão de Trump. 
 
Temendo revoltas, porém, o governo de Israel já implementou reforços militares na Cisjordânia após o anúncio de Trump.
O presidente dos EUA, Donald Trump, exibe proclamação que reconhece Jerusalém como capital de Israel nesta quarta-feira (6) na Casa Branca (Foto: Kevin Lamarque/ Reuters)
O presidente dos EUA, Donald Trump, exibe proclamação que reconhece Jerusalém como capital de Israel nesta quarta-feira (6) na Casa Branca (Foto: Kevin Lamarque/ Reuters).
 
Em seu discurso, feito na Casa Branca, Trump afirmou que o anúncio marca “o começo de uma nova abordagem no conflito entre Israel e palestinos".
"Hoje finalmente reconhecemos o óbvio: que Jerusalém é a capital de Israel", disse Trump.
"Isso é nada mais nada menos do que o reconhecimento da realidade. Também é a coisa certa a fazer.
É algo que tem que ser feito. Com o anúncio reafirmo o comprometimento da minha administração com um futuro de paz".
EUA reconhecem Jerusalém como capital de Israel (Foto: Arte/G1)
 
EUA reconhecem Jerusalém como capital de Israel (Foto: Arte/G1).

História do Hamas

O Hamas é a sigla em árabe para Movimento de Resistência Islâmica. 
 
O grupo, que é o maior entre os islâmicos militantes palestinos, defende a criação de um único Estado palestino que ocuparia a área onde atualmente estão Israel, a Faixa de Gaza e a Cisjordânia. 
 
A agremiação surgiu após o início da primeira Intifada contra a ocupação israelense da Cisjordânia e da Faixa de Gaza, em 1987. 
 
Nesta ocasião, crianças que jogavam pedras nos tanques foram mortas por Israel, provocando a indignação da comunidade internacional. 
 
 
Os conflitos deixaram milhares de mortos dos dois lados do lado palestino e israelense.

Repercussão.

 
Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina, que governa a Cisjordânia, afirmou que Trump viola "todas as resoluções e acordos internacionais" com a decisão. 
 
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, considerou que reconhecer Jerusalém como capital de Israel "coloca o mundo, e especialmente a região [o Oriente Médio], em um círculo de fogo", declarou - a Turquia é um importante aliado militar dos americanos. 
 
Um comunicado do Palácio Real da Arábia Saudita, outro aliado dos EUA, chamou a decisão de "irresponsável". 
 
Na Europa, os líderes da França, Reino Unido e Alemanha, entre outros, condenaram a mudança da embaixada. 
 
Emmanuel Macron chamou o anúncio de "lamentável", enquanto Theresa May disse que o episódio é "pouco útil" para uma solução pacífica. 
 
Angela Merkel sublinhou que Berlim "não apoia essa atitude". 
 
António Guterres, secretário geral da ONU, afirmou que não há “não há alternativa à solução com dois Estados, não há plano B”, pela qual o órgão irá continuar trabalhando, segundo a Reuters.

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