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quarta-feira, dezembro 20, 2017

Planilha apreendida na casa de deputado preso revela distribuição de cargos políticos no RJ

Com 16 páginas, documento especifica 880 vagas que eram indicadas por 64 parlamentares e até secretários, como mostrou JN. Planilha estava no apartamento de Edson Albertassi


Por Arthur Guimarães e Paulo Renato Soares, TV Globo
Investigações da Lava Jato revelam cabides de emprego no RJ
Investigações da Lava Jato revelam cabides de emprego no RJ.
 
A força-tarefa da Lava Jato descobriu e apreendeu uma planilha na casa do deputado preso Edson Albertassi (PMDB) que revela como cargos políticos eram distribuídos para atender o esquema de corrupção do Governo do Rio de Janeiro. 
 
A reportagem, exibida no Jornal Nacional desta quarta-feira (20), é de Arthur Guimarães e Paulo Renato Soares.
Para investigadores, o documento que estava num computador do parlamentar demonstra como deputados acusados de integrar uma organização criminosa que dominou o estado mantinham o controle rigoroso sobre nomeações de cargos no governo. 
 
A mesma planilha também servia para monitorar votos de aliados, interferir em leis ou investigações, segundo a força-tarefa. 
 
Albertassi, que atuava como líder do governo na Assembleia Legislativa (Alerj), está preso desde o último dia 21. 
 
Além dele, estão também na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, o ex-presidente da Alerj, deputado Jorge Picciani, e outro peemedebista, Paulo Melo
 
Todos políticos influentes no estado e compunham a alta cúpula da Casa legislativa.
 
A investigação indica que a planilha servirá como prova de que os parlamentares operavam uma "barganha" com cargos. 
 
O Ministério Público Federal (MPF) detalhou que continham no documento 880 vagas de seis órgãos públicos estaduais, distribuídas por todas as cidades do estado. 
 
São 16 páginas que relacionam nomes de políticos que pediram determinados cargos, quem ocupou a vaga e onde. 
 
Os registros apreendidos datam de 2015. 
 
Durante esse tempo, 64 deputados, vereadores e até secretários de estado indicaram pessoas nomeadas, segundo o MPF.
Planilha achada na casa de deputado preso no Rio (Foto: Reprodução/TV Globo)
Planilha achada na casa de deputado preso no Rio (Foto: Reprodução/TV Globo).

Votação

Picciani, Albertassi e Paulo Melo precisaram de duas determinações da Justiça Federal para permanecerem presos. 
 
Isso porque no dia 17 do mês passado, 39 deputados da Alerj decidiram que os políticos deveriam ser soltos
 
Contrariado, o Tribunal Regional Federal da 2ª Região expediu novos mandados de prisão para o trio peemedebista. 
 
Com a apreensão da planilha e o cruzamento das informações, os investigadores descobriram que dos quase 40 parlamentares que voltaram a favor da soltura do trio, 29 aparecem no documento. 
 
E dos oito que não participaram da sessão, seis deles também indicaram apadrinhados. 
 
Nesta quarta-feira, a Alerj cancelou uma reunião do Conselho de Ética da Casa que iria discutir se seria aberto ou não o processo de cassação dos deputados presos. 
 
O presidente do conselho é o deputado André Lazaroni, também do PMDB. 
 
Lazaroni foi um dos deputados a discursar a favor da libertação dos correligionários e, agora, pela planilha, sabe-se que indicou 25 pessoas para ocupar cargos comissionados em órgãos públicos do estado.

O que dizem os citados

O Governo do Rio informou que não tem conhecimento da planilha e que o preenchimento das vagas segue critérios técnicos e de confiança dos gestores da administração estadual. 
 
O deputado André Lazaroni disse que não negociou cargos com qualquer deputado e que baseia sua conduta na ética e na legalidade. 
 
A assessoria do deputado Edson Albertassi disse que não há nada de ilegal no processo de indicações políticas. 
 
O Jornal Nacional não teve reposta da defesa de Jorge Picciani e Paulo Melo.

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