'Grande dia para o povo de Israel', diz premiê israelense. Status diplomático de Jerusalém é questão polêmica no conflito entre Israel e palestinos
Por G1
Os Estados Unidos abrirão sua embaixada em Jerusalém em maio, anunciou o
Departamento de Estado nesta sexta-feira (23), coincidindo com o
aniversário de 70 anos de Israel.
"Estamos empolgados em dar esse passo histórico e aguardamos
ansiosamente a abertura para maio", disse a porta-voz do Departamento de
Estado norte-americano, Heather Nauert.
A embaixada funcionará inicialmente em prédios que hospedam a operação
consular dos EUA em Jerusalém e depois mudará para um anexo separado até
o final de 2019, diz o comunicado do Departamento de Estado.
O governo
americano já começou a procurar um lugar permanente para sua embaixada
na cidade, acrescenta a nota.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reagiu dizendo que a
abertura da embaixada americana em Jerusalém será "um grande dia para o
povo de Israel".
Já os palestinos reagiram com irritação: "Este é um passo inaceitável.
Qualquer movimento unilateral não dará legitimidade a ninguém e será um
obstáculo para qualquer esforço para criar a paz na região", disse Nabil
Abu Rdainah, porta-voz do presidente palestino, Mahmoud Abbas, que está
nos Estados Unidos até sábado.
Em dezembro, Donald Trump reconheceu Jerusalém como a capital de Israel
e anunciou que seu governo iria transferir a embaixada americana em Tel
Aviv para lá.
O anúncio causou polêmica no cenário internacional.
No conflito entre Israel e palestinos, o status diplomático de
Jerusalém, cidade que abriga locais sagrados para judeus, cristãos e
muçulmanos, é uma das questões mais polêmicas e ponto crucial nas
negociações de paz.
Israel considera Jerusalém sua capital eterna e
indivisível.
Mas os palestinos reivindicam parte da cidade (Jerusalém
Oriental) como capital de seu futuro Estado.
A decisão dos EUA desencadeou uma onda de protestos e violência na região e foi condenada na Assembleia Geral da ONU.
Atualmente, a maioria dos países mantém suas embaixadas em Tel Aviv,
justamente pela falta de consenso na comunidade internacional sobre o
status de Jerusalém.
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