Ministro do Gabinete de Segurança Institucional deu declaração após ser questionado sobre o assunto. Intervenção está em vigor desde a semana passada e já foi aprovada pelo Congresso.
Por Luciana Albuquerque, TV Globo, Brasília
O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Sérgio
Etchegoyen, afirmou nesta quarta-feira (21) à TV Globo que a
"disciplina" dos militares dá "tranquilidade" de que não haverá
corrupção durante as ações da intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro.
Um dos responsáveis pelo planejamento da intervenção, Etchegoyen deu a
declaração após ser questionado sobre se o governo está preocupado que
casos de corrupção nas polícias se repitam entre os militares do Exército.
"As Forças Armadas atuam de uma maneira muito diferente.
A forma de
atuar é muito diferente.
Enquanto os policiais atuam de forma individual
ou em pequenos grupos, as Forças Armadas atuam por organizações
constituídas, pelotões de 40 homens, batalhões de 600, com lideranças
sempre presentes.
Não há atuações isoladas", disse o general nesta
quarta.
"O grau de disciplina que elas [Forças Armadas] têm demostrado dão
garantia de que podemos ter tranquilidade de que esse não é um problema
que vá atrapalhar o cumprimento da missão", acrescentou.
A intervenção na segurança do Rio foi decretada pelo presidente Michel Temer na semana passada e já foi aprovada pelo Congresso Nacional.
Segundo o decreto, o objetivo da intervenção é tratar do "grave comprometimento da ordem pública" no Rio.
Resultado das ações
Na avaliação de Etchegoyen, após seis dias de intervenção, não se pode
dizer que as soluções para segurança do Rio surgirão "da noite para o
dia".
"É um processo longo e demorado.
A crise de insegurança no Rio de
Janeiro vem sendo construída há muito tempo e, obviamente, com o grau
crítico que atingiu, não será em seis dias que você terá sinais de
grandes mudanças", afirmou.
Segundo o ministro, estão entre os objetivos da intervenção reduzir os
índices de criminalidade, atualmente "insuportáveis", a patamares
"minimamente aceitáveis do ponto de vista civilizatório", e devolver à
população mais vulnerável os direitos fundamentais "negados pelo Estado
paralelo".
Nenhum comentário:
Postar um comentário