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sábado, fevereiro 10, 2018

Pastor é denunciado por matar e ocultar o corpo de pastora em Goiás

 

Ailsa Gonzaga sumiu após sair de casa para alugar imóvel, em Goiânia. Quase dois meses depois, Alexandre Silva foi preso e confessou que matou a vítima, com que já teve um relacionamento.



Por Paula Resende, G1 GO
Ailsa Regina Gonzaga, de 40 anos, foi morta próximo a cachoeira em Aragoiânia (Foto: TV Anhanguera/Reprodução)
 
Ailsa Regina Gonzaga, de 40 anos, foi morta próximo a cachoeira em Aragoiânia (Foto: TV Anhanguera/Reprodução).
 
O pastor Alexandre de Souza e Silva, de 47 anos, foi denunciado, na sexta-feira (9), pela morte da pastora Ailsa Regina Gonzaga, de 40 anos, que sumiu após sair de casa para alugar um imóvel em Goiânia. 
 
O Ministério Público de Goiás o acusa de feminicídio e ocultação de cadáver. 
 
O suspeito, que já teve um relacionamento amoroso com a mulher, está preso e confessou ter matado a vítima durante uma discussão.
 
O promotor de Justiça Marcelo Franco de Assis Costa, que assina a denúncia, destacou no documento que as condições em que o assassinato foi cometido comprovam “o desprezo do denunciado pela condição do sexo feminino, inclusive a violência em contexto amoroso familiar”. 
 
Ailsa foi vista pela última vez em 8 de novembro de 2017, quando saiu de casa para alugar um imóvel, em Goiânia. 
 
Na ocasião, ela deixou os dois filhos, de 15 e 11 anos, na residência e não voltou mais. 
 
Quase dois meses depois, em 28 de dezembro, o pastor foi preso na casa em que morava, em Águas Claras (DF). 
 
Ele confessou o crime e revelou que havia deixado o corpo da vítima na zona rural de Aragoiânia, na Região Metropolitana de Goiânia.
Pastor diz que matou pastora após discussão porque ela queria reatar relacionamento entre eles (Foto: Paula Resende/G1)
 
Pastor diz que matou pastora após discussão porque ela queria reatar relacionamento entre eles (Foto: Paula Resende/G1).

Motivação

O delegado responsável pelo caso, Valdemir Pereira, titular da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), relatou no inquérito que o acusado e a vítima mantiveram um relacionamento amoroso por mais de um ano. 
 
Neste período, a convivência foi conturbada em razão de Alexandre ter outra mulher no Distrito Federal. 
 
Pereira concluiu que Silva saiu da casa onde morava com a esposa decidido a matar Ailsa porque achava que ela poderia denunciá-lo à polícia por ele ser foragido da Justiça. 
 
O pastor já respondia por um latrocínio - que é o roubo com resultado morte - cometido em Itumbiara, região sul de Goiás. 
 
"Ele disse para a atual mulher dele: ‘Vou lá me vingar, matar aquela pessoa [pastora]’. 
 
Quando voltou, ele disse: ‘Me vinguei’. 
 
Ele tinha ódio da pastora", explicou o delegado na época em que o pastor foi preso. 
 
De acordo com a investigação, quando o acusado chegou à capital goiana, ele convenceu Ailsa a sair com ele para alugar um imóvel. 
 
No entanto, eles acabaram indo para o Recanto Cachoeirinha, na zona rural de Aragoiânia, onde a pastora foi esfaqueada. 
 
Em seguida, Silva ocultou o corpo de Ailsa na mata, cobrindo-o com folhas, e fugiu.
Corpo de pastora que estava desaparecida há quase dois meses é encontrado em Aragoiânia
Corpo de pastora que estava desaparecida há quase dois meses é encontrado em Aragoiânia.

Pastor nega ter premeditado

Após ser preso, o pastor negou durante entrevista coletiva que saiu do Distrito Federal para Goiás para matar Ailsa. 
 
Segundo Silva, ele viajou até a capital goiana porque a pastora o convidou para pregar, pois ainda eram amigos. 
 
O suspeito disse que estava na casa da vítima e ela o convidou para ir até a cachoeira para "espairecer". 
 
O pastor alegou ainda que cometeu o crime após uma discussão porque a vítima queria reatar um relacionamento antigo entre eles. 
 
O homem afirmou que era “perseguido” e que reagiu porque a mulher tentou matá-lo antes.
 
"Ela ficava me perseguindo, também me denunciava para a polícia porque era foragido. 
 
No dia que a matei, ela entrou no assunto que tinha de viver com ela, falei que não gostava mais dela, e ela tentou me golpear", declarou o pastor. 
 
Silva ainda alega que foi ferido por Ailsa: "Houve a discussão e, quando disse que ia embora, ela me esfaqueou, e me defendi. 
 
Dei só uma facada. 
 
Estou errado, admito, estou chateado por tudo". 
 
No entanto, para o delegado, o suspeito se feriu durante a briga foi porque a pastora tentou se defender e não porque ela o atacou anteriormente.

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