Banners


Create your own banner at mybannermaker.com!

sexta-feira, fevereiro 23, 2018

PF prende presidente da Fecomércio-RJ e investiga desvio de recursos do Sesc e do Senac

Segundo o MPF, Orlando Diniz é suspeito de usar o esquema de lavagem de dinheiro do ex-governador Sérgio Cabral. Outras três pessoas são alvos de mandados de prisão.


Por Arthur Guimarães, TV Globo
PF prende presidente da Fecomércio-RJ em mais uma fase da Lava Jato
PF prende presidente da Fecomércio-RJ em mais uma fase da Lava Jato.
 
Agentes da Polícia Federal e do Ministério Público Federal do Rio de Janeiro prenderam, na manhã desta sexta-feira (23), o presidente da Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ), Orlando Diniz, em um desdobramento da Operação Lava Jato. 
 
Diniz deixou o prédio onde mora no Leblon, na Zona Sul, sob vaias e gritos da vizinhança de "ladrão". 
 
Outras três pessoas são alvos de mandados de prisão. 
 
Entre os desvios investigados está a contratação de funcionários fantasmas pelo Sesc e ao Senac, como uma chef de cozinha e uma governanta do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.
Presidente da Fecomércio-RJ deixa prédio no leblon sob gritos da vizinhança
Presidente da Fecomércio-RJ deixa prédio no leblon sob gritos da vizinhança.
 
Diniz presidia o Sesc-Rio até dezembro do ano passado, quando foi afastado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) por suspeita de irregularidades no comando dessa entidade. 
 
Mas, segundo os investigadores, ele usava sua influência para atrapalhar a gestão atual. 
 
Além de Diniz, preso preventivamente (sem prazo para liberação) três funcionários da Fecomércio-RJ são alvos de mandados de prisão temporária (por cinco dias, prorrogáveis):
  • Plínio José Freitas Travassos Martins - já foi preso
  • Marcelo José Salles de Almeida
  • Marcelo Fernando Novaes Moreira
Orlando Diniz foi preso na manhã desta sexta-feira (23) no Leblon, na Zona Sul do Rio (Foto: Reprodução/ TV Globo)
Orlando Diniz foi preso na manhã desta sexta-feira (23) no Leblon, na Zona Sul do Rio (Foto: Reprodução/ TV Globo).
 
Segundo a investigação, as contratações fantasmas foram feitas a pedido de Cabral, e auxiliaram o ex-governador a aumentar a propina que era regularmente distribuída aos seus operadores mais próximos e seus parentes, num esquema que movimentou mais de R$ 7,5 milhões. 
 
O G1 entrou em contato com a assessoria do Sesc, mas até as 9h45 não havia obtido retorno.
Orlando Diniz dentro da sede da Polícia Federal, na Zona Portuária do Rio (Foto: Reprodução/ TV Globo)
Orlando Diniz dentro da sede da Polícia Federal, na Zona Portuária do Rio (Foto: Reprodução/ TV Globo). 
 

Outras operações investigadas

Além da contratação fantasma, o MPF investiga outras operações feitas sob o comando de Diniz. 
 
Segundo os investigadores, o presidente da Fecomercio-RJ gastou R$ 180 milhões em quatro anos com escritórios de advocacia, em contratos que fugiam das normas técnicas e de transparência dos órgãos sob sua responsabilidade. 
 
A suspeita é que ele tenha usado dinheiro público para se defender e se manter no poder dessas entidades. 
 
Entre os escritórios contratados estão o da ex-primeira dama e mulher de Sérgio Cabral, Adriana Ancelmo, e o de Roberto Teixeira e Cristiano Zanin, que defende o ex-presidente Lula na Lava Jato e recebeu R$ 68 milhões dos R$ 180 milhões. 
 
Ao escritório de Adriana Ancelmo, segundo o MPF, a Fecomércio-RJ pagou R$ 20 milhões. 
 
O dinheiro, nesse caso, saiu de recursos federais obtidos pela Fecomércio-RJ partir de convênio com Sesc e o Senac. 
 
Segundo o MPF, a contratação que justificou esses pagamentos é "absolutamente suspeita".
 
O G1 entrou em contato com o escritório de advocacia de Adriana Ancelmo, mas o funcionário que atendeu a ligação informou que não poderia comentar o assunto e pediu que retornássemos a ligação mais tarde. 
 
Ainda de acordo com a investigação, Diniz utilizou os operadores financeiros de Sérgio Cabral Álvaro Novis e Ary Filho para lavar dinheiro. 
 
Os envolvidos são acusados dos crimes de lavagem de dinheiro, de corrupção e pertencimento a organização criminosa. 
 
Além dos mandados de prisão, os agentes fazem buscas na sede do sistema Fecomércio-RJ, no Flamengo, Zona Sul do Rio. 
 
A Justiça determinou o bloqueio e indisponibilidade de bens de Orlando Diniz, do seu pai, Enio Ormonde Diniz, e de 12 empresas relacionadas ao presidente da Fecomércio.
Agentes da Polícia Federal e do Ministério Público chegaram por volta das 6h em condomínio na Av. Prefeito Dulcidio Cardoso, na Barra (Foto: Diego Haidar / TV Globo)
 
Agentes da Polícia Federal e do Ministério Público chegaram por volta das 6h em condomínio na Av. Prefeito Dulcidio Cardoso, na Barra (Foto: Diego Haidar / TV Globo).

Nenhum comentário:

Pastor Davi Passamani abriu novo local de culto em fevereiro após renunciar cargo em igreja depois de investigações de crimes sexuais Polícia Civil disse que prisão preventiva foi necessária porque pastor cometeu crimes usando cargo religioso.

Advogado alegou que prisão do pastor faz parte de ‘conspirações para destruir sua imagem’. Por Thauany Melo, g1 Goiás 07/04/2024 04h00.    P...