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segunda-feira, abril 02, 2018

Cármen Lúcia pede em pronunciamento 'serenidade' contra 'desordem social'

'Vivemos tempos de intolerância e de intransigência contra pessoas e instituições', afirmou presidente do Supremo Tribunal Federal em pronunciamento gravado para a TV Justiça.

Cármen Lúcia pede em pronunciamento 'serenidade' contra 'desordem social'
Cármen Lúcia pede em pronunciamento 'serenidade' contra 'desordem social'.
 
A ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), gravou um pronunciamento nesta segunda-feira (2) no qual defende o “fortalecimento da democracia”, afirma que “há que se respeitar opiniões diferentes” e pede "serenidade" para que diferenças ideológicas não resultem em "desordem social".
 
O pronunciamento, de 3 minutos e 18 segundos de duração, cujo texto foi divulgado antecipadamente pela assessoria do STF, foi ao ar na TV Justiça. 
A assessoria não informou o que motivou o pronunciamento da ministra.
 
"Há que se respeitar opiniões diferentes. 
O sentimento de brasilidade deve sobrepor-se a ressentimentos ou interesses que não sejam aqueles do bem comum a todos os brasileiros", afirmou a ministra. 
 
Nesta segunda-feira, Cármen Lúcia se reuniu com o diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro, a fim de discutir a segurança no dia do julgamento do habeas corpus preventivo apresentado pela defesa do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva. 
O julgamento está marcado para a próxima quarta-feira (4), e há expectativa de que atrairá manifestantes contra e a favor de Lula. 
 
Com o habeas corpus, a defesa de Lula pretende impedir que, embora condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), de segunda instância, ele não possa ser preso antes de esgotados os recursos em todas as instâncias da Justiça.
"Vivemos tempos de intolerância e de intransigência contra pessoas e instituições", afirmou a presidente do STF no pronunciamento.
Cármen Lúcia afirma ainda que, na sociedade, “não podem persistir agravos e insultos contra pessoas e instituições pela só circunstância de se terem ideias e práticas próprias”. 
 
“Diferenças ideológicas não podem ser inimizades sociais. 
A liberdade democrática há de ser exercida sempre com respeito ao outro”, diz o texto. 
 
Segundo ela, "fora da democracia não há respeito ao direito nem esperança de justiça e ética". 

Íntegra

Leia a seguir a íntegra a íntegra do pronunciamento da presidente do STF:
A democracia brasileira é fruto da luta de muitos. 
E fora da democracia não há respeito ao direito nem esperança de justiça e ética.
 
Vivemos tempos de intolerância e de intransigência contra pessoas e instituições. 
 
Por isso mesmo, este é um tempo em que se há de pedir serenidade.

Serenidade para que as diferenças ideológicas não sejam fonte de desordem social.
 
Serenidade para se romper com o quadro de violência. 
Violência não é justiça. 
Violência é vingança e incivilidade.
 
Serenidade há de se pedir para que as pessoas possam expor suas ideias e posições, de forma legítima e pacífica.
 
Somos um povo, formamos uma nação. 
O fortalecimento da democracia brasileira depende da coesão cívica para a convivência tranquila de todos. 
Há que serem respeitadas opiniões diferentes. 
 
Problemas resolvem-se com racionalidade, competência, equilíbrio e respeito aos direitos. 
Superam-se dificuldades fortalecendo-se os valores morais, sociais e jurídicos. 
Problemas resolvem-se garantindo-se a observância da Constituição, papel fundamental e conferido ao Poder Judiciário, que o vem cumprindo com rigor.
 
Gerações de brasileiros ajudaram a construir uma sociedade, que se pretende livre, justa e solidária. 
Nela não podem persistir agravos e insultos contra pessoas e instituições pela só circunstância de se terem ideias e práticas próprias. 
Diferenças ideológicas não podem ser inimizades sociais. 
A liberdade democrática há de ser exercida sempre com respeito ao outro.

A efetividade dos direitos conquistados pelos cidadãos brasileiros exige garantia de liberdade para exposição de ideias e posições plurais, algumas mesmo contrárias. 
Repito: há que se respeitar opiniões diferentes. 
O sentimento de brasilidade deve sobrepor-se a ressentimentos ou interesses que não sejam aqueles do bem comum a todos os brasileiros. 
 
A República brasileira é construção dos seus cidadãos.
 
A pátria merece respeito. 

O Brasil é cada cidadão a ser honrado em seus direitos, garantindo-se a integridade das instituições, responsável por assegurá-los.

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