Confusão começou por volta das 22h30 deste sábado (7) no entorno da Superintendência da Polícia Federal.
Por Ederson Hising, G1 PR, Curitiba
Pelo menos oito pessoas ficaram feridas na confusão que aconteceu no momento da chegada do helicóptero com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
à Superintendência da Polícia Federal (PF), no bairro Santa Cândida, em
Curitiba, na noite deste sábado (7), conforme a Polícia Militar (PM).
Inicialmente, a Polícia Militar havia informado que pelo menos nove
pessoas tinham ficado feridas.
A informação foi atualizada pela assessoria da corporação na manhã de domingo (8).
A informação foi atualizada pela assessoria da corporação na manhã de domingo (8).
De acordo com o tenente-coronel Mário Henrique do Carmo, as primeiras
bombas partiram da Polícia Federal (PF) depois de dois estouros em meio à
manifestação dos apoiadores do ex-presidente.
(Leia mais no fim da reportagem)
(Leia mais no fim da reportagem)
Neste domingo, a Polícia Federal afirmou que não iria se manifestar.
A polícia não informou o estado de saúde dos feridos - a maioria
manifestantes contrários à prisão de Lula.
Um dos feridos é polícial militar e também foi confirmado que uma criança recebeu atendimento.
Um dos feridos é polícial militar e também foi confirmado que uma criança recebeu atendimento.
Outros feridos, segundo a PM, podem ter procurado atendimento médico fora das ruas mais próximas ao prédio da PF.
Assim que o helicóptero pousou no prédio da PF, por volta das 22h30,
bombas começaram a explodir em meio aos manifestantes contrários à
prisão do ex-presidente, que estavam concentrados em frente ao portão
principal.
Além de bombas de efeito moral, foram disparados tiros de borracha para
dispersar os manifestantes do entorno da superintendência.
Os manifestantes revidaram a ação policial arremessando objetos em direção ao prédio da PF.
Os manifestantes revidaram a ação policial arremessando objetos em direção ao prédio da PF.
A manifestante pró-Lula Andreia Gimenes, que foi atingida por dois
tiros de borracha na perna direita, contou que assim que o ex-presidente
chegou os policiais foram para cima dos manifestantes.
"Muitas pessoas caídas, balas de borracha para todos os lados",
afirmou.
"[O sentimento é de] pavor, raiva, desesperança.
Não dá para descrever", disse.
"[O sentimento é de] pavor, raiva, desesperança.
Não dá para descrever", disse.
O que diz a polícia
"Houve duas explosões no meio dos manifestantes (pró-Lula) e com esse efeito eles avançaram no portão da PF e esta, por sua, vez repeliu", disse o tenente-coronel da PM Mário Henrique do Carmo.
Ele descartou a hipótese dessas bombas terem sido lançadas por
manifestantes favoráveis à prisão do ex-presidente e também que o grupo
pró-Lula tenha tentado invadir a supetintendência da PF.
"Não se sabe porquê essas bombas explodiram", afirmou.
"Não se sabe porquê essas bombas explodiram", afirmou.
O tenente-coronel justificou o uso de balas de borrachas para "repelir a
justa agressão".
Segundo ele, policiais estavam sendo agredidos com pedras e garrafadas.
Ele disse ainda que a PM usou balas de borracha e que bombas foram usadas pela PF.
Segundo ele, policiais estavam sendo agredidos com pedras e garrafadas.
Ele disse ainda que a PM usou balas de borracha e que bombas foram usadas pela PF.
Diferentemente das duas ocasiões em que Lula foi interrogado em
Curitiba, na sede da Justiça Federal, não houve esquema de segurança
para proteger o entorno da superintendência.
Havia bloqueios policiais impediam a passagem de veículos próximo à PF e
também separavam os grupos de manifestantes.
Carmo negou que tenha havido falha na segurança.
Carmo negou que tenha havido falha na segurança.
Interdito proibitório.
Após a chegada de Lula, a PM passou a cumprir uma decisão liminar,
concedida pela Justiça neste sábado, para proibir a passagem de veículos
e pessoas não autorizados e a montagem de estruturas e acampamentos
próximos à superintendência.
O interdito proibitório foi concedido pelo juiz substituto Ernani
Mendes Silva Filho.
O pedido, conforme a liminar, foi feito pelo
município de Curitiba.
Na decisão, foi autorizado o auxílio de força policial para o
cumprimento da liminar.
Segundo o tenente-coronel da PM, o perímetro do bloqueio para os próximos dias será de uma quadra em todos os acessos à sede da PF.
Segundo o tenente-coronel da PM, o perímetro do bloqueio para os próximos dias será de uma quadra em todos os acessos à sede da PF.
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