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domingo, fevereiro 01, 2015

Efeito 5 a 2' cria corrida às caixas d'água

Estadão 
 
Somente uma linha de produtos tem vendido mais do que água em São Paulo. As próprias caixas d’água e os latões de 200 litros. 

A afirmação de que a cidade poderia entrar em esquema de rodízio, de cinco dias sem água e dois com, feita pelo diretor metropolitano da Sabesp, Paulo Massato, na terça-feira, chegou a virar piada entre os paulistanos e criou algo que alguns comerciantes têm chamado de "efeito 5 a 2", como nos placares elásticos do futebol. 

"Parece mais goleada de jogo bom. 

Mas, depois que ele disse isso, eu nunca tinha vendido tanta caixa d’água", disse Cláudia Gonçalves, de 43 anos, gerente de uma loja de material de construção em Pirituba, na zona norte. 

De acordo com ela, de terça a quinta-feira, foram vendidas mais de 200 caixas. 

Anteriormente, a loja costumava fornecer uma média de 20 reservatórios por mês.

 “O patrão teve de viajar para buscar mais. Não param de fazer pedidos aqui e temos de repor o estoque todos os dias.” 

Nos 30 minutos em que o Estado ficou no depósito, seis caixas de 1 mil litros foram vendidas. 

A esteticista Lucimara Rosa, de 46 anos, entrou afoita, querendo saber se a loja poderia entregar uma caixa na casa dela no mesmo dia. 

"Olha, se não der para entregar, levo agora no porta-malas. 

Vai chover e eu não quero desperdiçar essa água. 

É ouro líquido", argumentou com a gerente da loja.

"Eu sabia que estava feio, mas depois do que ele (Massato) disse, fiquei com medo.

 Vou armazenar toda a água que eu puder", afirmou o motorista Elias Miguel, de 36 anos, que tinha acabado de comprar duas caixas d'água. 

© Claton de Souza/Estadão
 
  A alta procura pelos reservatórios fez a loja aumentar a frota de caminhões, passando de dois para três veículos de entrega. "Mesmo assim, tem fila de espera", afirmou Cláudia, da loja em Pirituba. 

Em um pequeno comércio de Taipas, na zona norte de São Paulo, o comerciante Denivaldo Vazques Sampaio, de 43 anos, também sentiu o efeito "5 a 2" nas vendas.

 "Essa história me pegou de surpresa. 

As três caixas que eu tenho aqui já estão vendidas, e o fabricante não consegue trazer mais, de tanta procura", contou. 

Quem não tem carro para levar caixas d’água, carrega na mão mesmo. 

Em uma loja chamada Lar dos Tambores, no Jardim Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte, havia uma fila de carros, anteontem, com pessoas interessadas em comprar latões de plástico e de metal. 

“Eu já tenho um para guardar água da máquina. 

Agora quero outro para guardar a da chuva”, disse a professora Suzana Dotta, de 37 anos. 

Na tarde de ontem, o local não tinha mais latões para vender.
Da laje. 

A dona de casa Francimar de Souza Gonçalves, de 45 anos, adaptou uma caixa d'água antiga para receber água da chuva.

 Ela interligou o reservatório, que fica no quintal, com a laje da casa, local por onde a água escorria direto para o ralo.

Quando chove, ela consegue encher o reservatório de 500 litros e usa a água para lavar roupa e limpar o quintal.

 "O governo não me ensinou a fazer isso. 

Nas dificuldades precisamos andar com as próprias pernas, adaptar nossa vida para a falta de água", disse.

Sete praias estão impróprias para banho em Salvador e Lauro de Freitas


Balanço divulgado pelo Inema indica situação para este domingo (1º).
Órgão avaliou um total de 37 localidades na capital baiana e região.

Do G1 BA
praia salvador; bahia (Foto: Ruan Melo / G1) 
Banhistas devem evitar sete praias em Salvador e
região metropolitana (Foto: Ruan Melo / G1)
 
Sete praias de Salvador e da região metropolitana estão impróprias para banho neste domingo (1º), indica um balanço divulgado pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (Inema). 

O órgão avaliou um total de 37 localidades.

Segundo o Inema, os banhistas devem evitar as praias de Periperi (atrás da estação Férrea), Penha (em frente à Igreja N. S. da Penha), Canta Galo (atrás da antiga fabrica da Brahma, atual FIB), Ondina (próxima ao Morro da Sereia em frente ao Ed. Maria José), Armação (em frente ao Clube Inter. Pass), Boca do Rio (em frente ao Posto Salva Vidas) e Corsário (em frente ao Posto Salva Vidas Patamares).

Conforme o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), uma praia é considerada imprópria para banho quando apresenta cerca de 2.500 coliformes termotolerantes em apenas uma análise ou quando apresentam em 20% das amostras coletadas em cinco semanas consecutivas mais de mil coliformes fecais.

No período de tempo chuvoso, segundo o Inema, as praias podem ser contaminadas por arraste de detritos diversos, carregados das ruas através das galerias pluviais, podendo causar doenças. 

Além disso, o órgão não aconselha, em dias de sol, o banho próximo à saída de esgotos, desembocadura dos rios urbanos, córregos e canais de drenagem.

Materiais caros são retirados sem controles dos hospitais federais

Ao todo, 98% das próteses vasculares dos hospitais federais foram retiradas sem documentação. Retirada de materiais mais caros somou R$ 31 milhões.

Há um mês, o Fantástico vem denunciando a máfia das próteses. Fornecedores que pagam propina, médicos que marcam cirurgias desnecessárias, hospitais que emitem notas superfaturadas.

 É a saúde transformada em negócio pela corrupção.

O Fantástico vamos mostra mais um capítulo dessa triste realidade. 

O total descontrole nos almoxarifados de hospitais federais.

 Materiais caríssimos, comprados com dinheiro público, são retirados sem que se saiba quem retirou, por que e para qual paciente.  

Depois da cirurgia em que teve uma das mamas retirada por causa de um câncer, Maria Elione Gomes ganhou um implante de silicone.

O que a costureira não sabia, até agora, é que pelos registros do hospital, ela saiu de lá, não com uma, mas com cinco próteses.

Fantástico: Prótese mamária de silicone. Saiu uma, duas, três, quatro, cinco.

Maria Elione: Meu Deus! Como explica isso?


Fantástico: Usaram o nome da senhora para tirar cinco próteses do almoxarifado do hospital.


O aposentado José Linhares lutava contra uma trombose na perna, um bloqueio na circulação do sangue. Para tentar evitar a amputação, que mais tarde acabaria acontecendo, os médicos colocaram um stent, um tubo minúsculo usado para melhorar o fluxo dentro da artéria.

Só que pelo prontuário, ele teria outros 12 stents no corpo.

Fantástico: Eu queria que o senhor contasse comigo. 1,2, ...,11, 12.

José: 12 vezes, 12 stents. Cada stent 11 mil.


Toda vez que um paciente chega a um hospital e é internado ele ganha um número.

 É o prontuário médico. 

Se vai passar por uma cirurgia e precisa de uma prótese, por exemplo, alguém da equipe médica vai até o almoxarifado, preenche informações sobre o procedimento e retira o item que vai ser usado na operação.


As informações deixadas no almoxarifado e o número do prontuário geram uma AIH, Autorização de Internação Hospitalar.

 É com a AIH que o Ministério da Saúde controla o uso dos produtos oferecidos no SUS, o Sistema Único de Saúde.

Mas não é o que tem acontecido nos seis hospitais federais do Rio de Janeiro

Elione foi operada no Hospital Geral de Bonsucesso em 26 de junho de 2013.

Fantástico: Foi a cirurgia que a senhora fez?

Maria Elione: Foi.


Fantástico: Uma única vez?


Maria Elione: Uma única vez.

No mesmo dia, o número do prontuário dela foi usado para a retirada de outras quatro próteses, que ninguém sabe onde foram parar.

“Estou até tremendo, porque usaram meu nome. 

Isso não pode, tenho certeza que isso não pode. É contra a lei. Até porque eu não tenho cinco mamas”, afirma Maria Elione.

Com José, o uso indevido do prontuário foi feito bem depois da cirurgia.

Fantástico: A cirurgia para colocação do stent, o senhor se lembra a data?

José: Foi em 2011.


Fantástico: E a amputação?


José: A amputação foi em 2013.


Fantástico: No começo?


José: Foi em fevereiro.


Fantástico: A retirada desses stents é em outubro de 2013.


José: Outubro de 2013? Outubro de 2013 já estava em casa há muito tempo.


Doze stents desviados que passaram longe da fiscalização. 

Mas o descontrole é ainda mais grave, o Fantástico teve acesso a informações sigilosas do banco de dados do SUS, e os dados revelam que a fraude vai além de usar o número de um prontuário repetidas vezes.

Na maioria dos casos, não há sequer a preocupação de preencher papéis. 


 Itens caríssimos saem dos almoxarifados sem nenhum tipo de informação: da cirurgia ou do paciente.

O levantamento analisou o período de janeiro de 2010 a dezembro de 2013. 

E levou em conta, principalmente, os materiais mais caros, como marca-passos de R$ 10 mil. 

E próteses cardiovasculares que passam de R$ 100 mil.

Pelos números das requisições deixadas nos almoxarifados, os auditores puderam confirmar a saída dos itens. 

Mas quase não encontraram informações sobre o destino do material.

Foram tiradas dos estoques, por exemplo, 1.202 próteses mamárias. Sendo 1.073 delas sem emissão da AIH. 

Isso significa, 89% do material circulando por aí sem controle.

No caso das próteses vasculares, como o stent do José, foram retirados 2.357 itens no período. 

Sendo 2.310 deles sem a AIH. 

Ninguém sabe onde estão 98% das próteses vasculares dos hospitais federais.

“Alguém levou isso para algum lugar”, afirma médico. 

Ele foi gestor em um hospital federal.

 “Às vezes, o doutor leva para uma outra unidade que está faltando, tentando fazer o bem.

 Às vezes leva para uma outra unidade com o sentido de lucro.

 Acontece de tudo nas unidades federais você pode ter certeza que acontece de tudo”, afirma.

Ele conta que os desvios começam na compra do material. 

“Fizemos compras de um determinado produto, aproximadamente, umas 6 mil unidades e só chegaram 500, e foi atestado pelo responsável pelo almoxarifado que todo o material tinha chegado”, diz

E reconhece que é ainda mais difícil detectar os erros na saída dos itens.

Fantástico: Como é que um material caríssimo desse como é que acontece de ele sair sem nenhum controle?

Gestor: Com a conivência da autoridade gestora. Então isso dá margem para tudo. 

Isso pode ser erro, pode ser desonestidade talvez, mas no mínimo é um descaso com o dinheiro público.
“Isso revela uma total falta de controle. 

No caso, do Ministério da Saúde, que é responsável por esses hospitais federais”, afirma o professor de medicina da USP Mário Scheffer.

O Fantástico procurou o Ministério da Saúde. 

A assessoria de imprensa do Ministério da Saúde informou que nos seis hospitais federais do Rio foram implantadas, em 2014, medidas para aprimorar o gerenciamento de material médico-hospitalar.

Mas agora em janeiro de 2015, o Fantástico conversou com uma funcionária de um almoxarifado e ouviu que o controle só aumentou de verdade depois que o Fantástico começou a exibir a série de reportagens sobre desvios e corrupção na saúde pública.

Fantástico: Auditoria é feita com frequência?

Funcionária: Bom, ultimamente tem dado um monte de salamaleque lá no Fantástico, aí aparece, né?


 Volta e meia a direção manda pedir tudo à gente.

O Ministério da Saúde explicou também que um dos mecanismos de controle implantados é a utilização de salas específicas para material de alto custo. 

E que as denúncias desta reportagem serão investigadas.

O ministro da Controladoria-Geral da União anunciou que vai fazer uma auditoria. 

Ele afirmou que o descontrole pode atingir também as redes estaduais e municipais de saúde. 

“Estamos falando de um problema que pode ser muito maior ainda, nas demais unidades de saúde”, diz Valdir Moysés Simão.

“Nós estamos desperdiçando recursos que poderiam ser utilizados na melhoria da assistência no SUS”, afirma Mário Scheffer.

“Eu tenho um universo de cerca de 15 mil pacientes aguardando até oito anos para a realização de uma cirurgia. 

Quando eu tiro um insumo ou medicamento de alto custo, eu posso estar tirando a vida de um paciente que está aguardando em uma fila de espera”, diz o defensor público federal Daniel Macedo.


Foi nessas pessoas que o José pensou quando soube dos 12 stents desviados no nome dele. “Me sinto mal mesmo, mal.

 Saber que pessoas precisando, necessitando e usaram lá para agora não foi para dar para ninguém. 

Para fazer caridade, não foi, duvido que foi”, reclama o aposentado José Linhares.

Renan Calheiros é reeleito presidente do Senado Federal

Candidato oficial do PMDB recebeu 49 votos e venceu Luiz Henrique.
Senador alagoano deverá ficar no cargo por mais dois anos.

Priscilla Mendes e Renan Ramalho Do G1, em Brasília
Renan Calheiros é reeleito (Foto: GloboNews)Renan Calheiros durante discurso no plenário do Senado neste domingo (1º) (Foto: GloboNews)

O presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), foi reeleito neste domingo (1º), por 49 votos de 81, para mais dois anos à frente do cargo mais alto do Legislativo. 

Ele venceu o colega de partido Luiz Henrique (PMDB-SC), que se lançou na disputa sem apoio do PMDB.

Renan presidirá a Casa em 2015 e 2016 juntamente com a nova Mesa Diretora, que será escolhida na próxima terça-feira (3). 

Luiz Henrique obteve 31 votos e houve um nulo.

A votação, que é secreta, foi feita em cédulas de papel e depositadas em uma urna. 

A apuração dos votos foi feita em voz alta pelo líder do PMDB, Eunício Oliveira (CE).

Este será o quarto mandato de Renan Calheiros na presidência do Senado. 

O primeiro foi em fevereiro de 2005. 

Foi reconduzido em 2007, mas acabou renunciando ao cargo em meio a denúncias de que usou dinheiro de lobista para pagar pensão de uma filha fora do casamento. 

senador, foi escolhido novamente para a presidência em 2013.

Nos últimos dois anos em que esteve à frente do Senado, Renan teve confrontos com o Supremo Tribunal Federal (STF), ao qual acusou de interferir nos trabalhos do Legislativo, e ajudou o Palácio do Planalto a garantir a aprovação de projetos importantes, como a Lei dos Portos e a alteração da meta de superávit de 2014.

'Renovação da confiança'

Após a proclamação do resultado, Renan agradeceu aos colegas pela “renovação da confiança”. 


“Me obriga a redobrar o trabalho, triplicar o ânimo, quadriplicar a vontade de acertar para corresponder ao crédito que me foi concedido pelos senadores”, afirmou.

O presidente ainda agradeceu ao seu partido, o PMDB, que, segundo afirmou Renan, garante a ele “estabilidade”.

 “Como fiador do modelo democrático, o partido atua para o equilíbrio do poder e repele qualquer pendor hegemônico onde quer que ele esteja camuflado”, disse.

O senador voltou a destacar a necessidade de se aprovar uma reforma política e prometeu se empenhar pessoalmente no assunto. 

Afirmou ainda que as decisões de sua gestão serão tomadas “de forma coletiva e nunca serão monocráticas ou arbitrarias”.

Disputa contra Luiz Henrique
No discurso após a proclamação do resultado da eleição, Renan também fez uma menção a Luiz Henrique “pela correção e espírito público verificado ao longo de sua trajetória”. 


“A disputa agora já é passado e todos nós ansiamos pelo futuro. Serei presidente de todos os senadores, como demonstrado nos últimos anos, desejo renovar meu firme compromisso pela autonomia e independência do Senado”, declarou.

Embora Renan tenha oficializado sua candidatura a somente dois dias da eleição, ele já havia começado a costurar apoio ao seu nome ainda no final do ano passado. 


A demora foi criticada por vários partidos e levou o PSB a lançar o senador Antonio Carlos Valadares (SE) na última segunda-feira (26).


Em seguida, o peemedebista Luiz Henrique também decidiu concorrer ao cargo com apoio da oposição. 

Desde o início do ano, DEM e PSDB procuravam articular um nome alternativo do próprio PMDB para enfrentar Renan, uma vez que cabe ao partido com maior número de assentos (o PMDB tem 19) indicar o presidente da Casa.

Henrique foi lançado por dissidentes do PMDB, Ricardo Ferraço (PMDB-ES) e Waldemir Moka (PMDB-MS), e acabou recebendo apoio dos partidos de oposição DEM, PSDB, PPS, PSOL e PSB e de senadores da base governistas considerados “independentes”, como Ana Amélia (PP-RS) e Cristovam Buarque (PDT-AP). 

O PSB retirou a candidatura de Valadares e aderiu ao peemedebista.

Na última sexta-feira, a bancada do PMDB, por 15 votos dos 19 integrantes, decidiu apoiar formalmente a candidatura de Renan Calheiros em detrimento da de Luiz Henrique, o que recebeu apoio do PT. 

Na ocasião, o presidente disse que o Congresso não caminha por “projetos pessoais e candidaturas avulsas” e que era preciso “aceitar” as indicações partidárias. 

Ainda que sem aval do partido, Luiz Henrique decidiu dar prosseguimento à candidatura.

Rio Paraíba do Sul pode não ter água para socorrer Sistema Cantareira

Licitação estima gastos de R$ 830 milhões, quase três vezes mais que o previsto. 

Governo de São Paulo garante que obra não vai prejudicar ninguém.




Ano 2015 começou pesado para os brasileiros. 

Ajustes na economia, crise de energia e a crise da água, que afeta não só São Paulo, mas também os outros estados da região Sudeste.

Enquanto a população recebe respostas confusas das autoridades, buscam-se caminhos para que a maior cidade do Brasil não entre em colapso.

Entre as medidas de emergência, foi lançado sexta-feira (30) o polêmico projeto de transposição do Rio Paraíba do Sul.

 O plano prevê o desvio de parte das águas para socorrer as represas de São Paulo. 

Só que a bacia do Paraíba do Sul, principal fonte de abastecimento do estado do Rio de Janeiro, também está secando.

E aí? 
O que era para ser solução vai acabar criando outro problema?

Era uma vez um rio que corria em meio à mata atlântica fechada. 

Um rio tão bom que muita gente escolheu seu entorno para sobreviver. 

São 15 milhões de pessoas abastecidas por ele pelos rios que correm até ele.

 Centenas de anos depois, cada vez menos Mata Atlântica. 

E esse rio passa agora pela maior seca já registrada.

O sistema do Rio Paraíba do Sul abastece três estados: Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. 

É por ser tão importante que ele agora é o centro de uma polêmica.

No reservatório de Jaguari, em São Paulo, se planeja fazer a transposição do Rio Paraíba do Sul. 


Uma obra que é apontada como uma das soluções para o problema da falta d´água em São Paulo.


 Para chegar no lugar onde se pretende fazer a obra seria, é preciso pegar um barco. 

Geralmente, pegaria-se um barco em um píer. 

Mas a represa está tão seca que é preciso descer todos os degraus. 

Antes era tudo ficava embaixo d’água.

São 25 metros abaixo do nível normal. 

O especialista em recursos hídricos Edilson Andrade vai mostrar o lugar da obra.

Fantástico: A represa agora está muito seca?

Edilson Andrade: Sim, ela está quase que zero de volume útil, está com 1,7% apenas.


Uma floresta antes submersa mostra seus galhos.

 E, em um dos cantos da represa, se vê a antiga cidade de Igaratá, onde o professor Sirlei da Silva se criou.

 “Aqui era a pracinha da frente da igreja, até tem os canteiros ainda, vestígios de canteiro. 

Os bancos da praça.

 A minha adolescência eu passei aqui”, indica Sirlei no vídeo.

Ele não ia à cidade há 50 anos, desde que a cidade ficou submersa com a construção da represa. 

O que restou de Igaratá estava a 20 metros de profundidade. 

Agora, um símbolo da seca.

“Essa situação caótica que a gente começa a experimentar é como se fosse uma ferida que começa a sangrar. 

Igaratá é apenas um toque nessa ferida”, diz Sirlei.

Fantástico: A obra então está planejada para ser feita aqui.


Edilson Andrade: Sim, esse local deve receber as obras.


Segundo o projeto, seis motores vão bombear a agua por 20 km até a represa do Atibainha, que faz parte do Sistema Cantareira.

O Sistema Cantareira é usado por 8 milhões de pessoas em São Paulo, que esta semana ouviram uma previsão dramática.

 “Precisaria de um rodízio de dois dias com água por cinco dias sem água”, disse o diretor metropolitano da Sabesp, Paulo Massato Yoshimoto.

A ideia é bombear do Paraíba do Sul para lá cerca de 5 mil a 8 mil litros de água por segundo. 

O suficiente para abastecer 2 milhões dos 22 milhões de habitantes da Grande São Paulo.
Só que, para isso acontecer, os reservatórios do Paraíba do Sul precisam se recuperar primeiro.

 “Nesta situação de crise, não daria para passar esse volume para São Paulo”, afirma Edilson Andrade.

Em uma seca como essa, segundo os especialistas, transferir a água para o Cantareira poderia criar outro problema.

Fantástico: O Paraíba do Sul pode se tornar um novo Cantareira?
Edilson Andrade: Pode, se nesse verão não chover e no próximo, de 2016, a chuva também não vier em quantidade suficiente, em um ano vai ser um novo Cantareira.


Fantástico: E aí não daria para socorrer o Cantareira?


Edilson Andrade: Sim. Para socorrer o Cantareira precisa ter água.


 E só tem água se houver uma recuperação dessas represas do Paraíba do Sul. 

Seria socorrer um doente e deixar o outro à mingua.

As represas do Cantareira e as do Paraíba do Sul estão na mesma zona climática. 

Elas funcionam sob o mesmo regime de chuva. Ou seja, se chove aqui, chove lá também.

 E se tem seca lá, tem seca aqui também.

Essa obra foi anunciada no ano passado, a princípio a um custo de R$ 300 milhões. 

Mas a licitação que foi aberta sexta-feira (30), estima gastos de R$ 830 milhões, quase três vezes mais. 

Recursos do PAC do governo federal, o Programa de Aceleração do Crescimento.


 A previsão é de que fique pronta em um ano e meio.


“São Paulo sabe que essa não é a melhor alternativa que ele escolheu, o Jaguari.

 É a mais rápida”, afirma o secretário de Ambiente do Rio de Janeiro André Corrêa.

Uma solução de emergência para uma crise anunciada. 

Olha essa reportagem que o Fantástico exibiu em 2003: “Um fantasma assusta a maior cidade do país. 

A falta d´agua.

 Quase vazios, os oito reservatórios não dão mais conta de atender 18 milhões de usuários. 

O maior reservatório, o da Cantareira. 

Está com um pouco mais de 6% da sua capacidade”. Isso foi há 12 anos. 

E mesmo naquela época, longe de ser novidade.

O projeto que se pretende realizar agora foi condenado no ano passado. 

 Uma comissão de especialistas fez um estudo do Paraíba do Sul encomendado pelo governo do estado do Rio de Janeiro.

 E desaconselhou qualquer obra de transposição.

“Não podemos imaginar que podemos cobrir um pé e descobrir o outro. 

A região metropolitana e o estado do Rio de Janeiro não têm um outro manancial que possa ser suprido além do Paraíba do Sul. 

E com a quantidade de usos que essa bacia já tem, uma retirada adicional, na verdade, trará consequências imediatas”, afirma o pesquisador da Coppe/UFRJ Paulo Carneiro.

No ano passado, o governo do Rio de Janeiro foi contra a obra. 

Agora, mudou de opinião.

“Nós queremos ajudar São Paulo. 

Não vou ficar pautado por um estudo em uma situação de emergência”, defende André Corrêa.

O secretário estadual de Ambiente defende que a obra seja feita. 

Mas que só entre em funcionamento se o nível da água voltar a subir. “Vai depender das condições do rio.

 Nós estamos falando de uma obra que vai levar, no mínimo, um ano e oito meses”, diz o secretário de Ambiente André Corrêa.

Fantástico: Isso não se torna uma obra obsoleta?

André Corrêa: Ela em algum momento. 


Eu acredito que em algum momento nós vamos recuperar os reservatórios.

O governo de São Paulo garante que a transposição não vai prejudicar ninguém. 

“Essa obra não vai trazer nem bem e nem mal para o Rio de Janeiro.

 Essa obra é uma obra neutra”, afirma o secretário de Saneamento e Recursos Hídricos de São Paulo, Benedito Braga.

Uma segunda fase da obra prevê um sistema de tubos que faria o caminho de volta. 

Levar água do Sistema Cantareira para o Paraíba do Sul. “Eu acredito que é algo que dificilmente vai acontecer”, afirma Edilson Andrade.


O problema do Paraíba do Sul só se agrava. 

Ernesto é um ambientalista que dedica a vida ao Paraíba do Sul. Ele sobrevoou o rio em agosto. 

“O rio estava 2 metros abaixo do normal”, conta.

Semana passada, fez nova viagem pelo mesmo percurso. 

“Até metade da trajetória é uma seca violenta.

 Chamou mais atenção foi o aparecimento de mais ilhas.

 Ilhas que eu digo, de assoreamento.

 E a seca.

Do ar, não se vê mais só um rio. 

Se vê uma crise, cada dia mais grave. 

E entre projetos, licitações e discussões, uma pergunta ainda sem resposta: 

E se essa água acabar?

Prefeitura de SP inaugura mural de grafite na Avenida 23 de Maio



São 15 mil metros quadrados de desenhos, segundo o governo municipal.
Mais de 200 artistas trabalharam no painel que tem 5,4 quilômetros.

Do G1 São Paulo
Haddad percorre mural de grafite na Avenida 23 de Maio (Foto: Heloisa Ballarini/Divulgação Prefeitura de SP)Haddad percorre mural de grafite na Avenida 23 de Maio (Foto: Heloisa Ballarini/Divulgação Prefeitura de SP)
 
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), inaugurou neste domingo (1º) o mural com 15 mil metros quadrados de grafite na Avenida 23 de Maio, que integra o Corredor Norte-Sul. 

As pinturas começaram em 6 de dezembro e cobrem 70 muros entre o Museu de Arte Contemporânea (MAC) e os arcos da Praça dos Artesãos Calabreses.

Mais de 200 artistas trabalharam no painel que tem 5,4 quilômetros de extensão. A Prefeitura diz que este é um dos maiores corredores de arte urbana da América Latina. 

O investimento foi de cerca de R$ 1 milhão e coube à administração municipal fornecer materiais para a produção das pinturas, equipamentos de segurança e alimentação aos artistas.

O prefeito participou neste domingo de uma pedalada que percorreu os muros grafitados.

Artistas concluem mural na Avenida 23 de Maio (Foto: Heloisa Ballarini/Divulgação Prefeitura de SP)Artistas concluem mural na Avenida 23 de Maio (Foto: Heloisa Ballarini/Divulgação Prefeitura de SP)
 
Mural de grafite feito por 200 artistas em SP (Foto: Heloisa Ballarini/Divulgação Prefeitura de SP)Mural de grafite feito por 200 artistas em SP (Foto: Heloisa Ballarini/Divulgação Prefeitura de SP)
 
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sábado, janeiro 31, 2015

RITMOS MUSICAIS. DESMASCARANDO O LIXO COM CARA DE BENÇÃO.




“Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores

adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura

a tais que assim o adorem.”

(João 4:23)


Não é de hoje que eu tenho me preocupado e venho alertando o povo de Deus acerca dos efeitos fisiológicos e psicológicos da música. 

E, em razão de sempre receber, via e-mail,  toda semana, dezenas de perguntas sobre o assunto, tomei a decisão, após consultar ao Senhor em oração, de voltar a abordar o tema  música e louvor.

Neste artigo reitero o que já tenho afirmado: que nem todos os estilos musicais são saudáveis e servem para o louvor, que há uma perigosa mentira nascida no inferno e com a qual satanás ilude muitos cristãos, a saber, a afirmação de que Deus é o criador de todos os ritmos musicais. 

E que somente a ausência do conhecimento dos efeitos da música, atrelada à falta de fundamentação bíblica e temor de Deus, podem levar alguém a acreditar que é possível louvar a Deus com todo e qualquer estilo musical, como rock, funk, forró, lambada, danças coreografadas, samba, pagode, axé, etc.

Uma Séria Abordagem Científica


No mundo, a música é usada como ferramenta ampla de conhecimento e de transformação do homem. 

Mas não podemos descartar a possibilidade inversa. 

A música pode sim alterar a consciência e levar ao sentimento de êxtase, independentemente de a letra ser cristã ou mundana. 

Ela, em si, tem poder. E, de modo nenhum, pode ser considerada neutra.

Longe de ser apenas uma experiência estética, o exercício da música é também uma experiência fisiológica, biológica, psicológica e mental, com o poder de fazer o ser humano experimentar estímulos e sensações. 

Tanto que, no sentido positivo, a musicoterapia — como disciplina paramédica — tem o estatuto de colaborar com a saúde física e mental do indivíduo. 

Ela é um poderoso agente de estimulação motora, sensorial, emocional e intelectual, segundo a psicologia. 

Nesse caso, como descartar os seus efeitos negativos? 

É ingenuidade pensar que letras cristãs anulam o poder da música ou simplesmente santificam todos os ritmos.

À luz da ciência contemporânea, a música é considerada uma força capaz de exercer ação psicofisiológica. 

Agindo através de seus elementos constitutivos — ritmo (elemento ativo), melodia (elemento afetivo) e harmonia (elemento intelectual) —, a música tem sempre o poder de nos alcançar, e contra isso somos relativamente indefesos. 

Ela se constitui verdadeiro objeto material que, ao entrar pelo ouvido, enraíza-se no “eu”, inserindo-se num esquema afetivo e estimulando atividades emocionais e corporais.

De acordo com a musicoterapia, a música, em razão de sua ludicidade, permite que o ouvinte se revele na escuta sem que ele mesmo se dê conta. 

São três os sistemas que possibilitam a percepção do som: o sistema de percepção interna, o sistema visual e o sistema tátil (ou sensório-tátil), este último, o mais importante dos três.  Resumindo,  pode-se afirmar que os sons entram no “eu” não apenas pelo ouvido, mas também pela pele, pelos músculos, ossos e sistema nervoso autônomo.

Diante do exposto, não existe música inocente ou neutra! 

Ela é o resultado da combinação e sucessão de sons simultâneos de tal forma organizados, que a impressão causada sobre o ouvido seja agradável ou desagradável, e a impressão sobre a inteligência seja compreensível, e que tais impressões tenham o poder de influenciar os recantos ocultos da alma humana e de suas esferas sentimentais, e que esta influência transporte o ouvinte para uma terra de sonhos, de desejos latentes, ou para um pesadelo infernal.

Não foi por acaso que o musicólogo Mário de Andrade, depois de assistir a uma representação de danças e melodias do Maracatu do Leão Coroado, declarou: “… um mal-estar doloroso, a respiração opressa, o sangue batendo na cabeça com um martelo e uma tontura tão forte que vacilei. 

Senti a respiração faltar e cairia fatalmente se não me retirasse afobado daquele círculo de inferno” (citado em Da Música, seus usos e recursos, de Maria de Lourdes Sekeff, Editora Unesp, p.33). 

Aliás, o uso de determinadas músicas é uma das causas para o chamado “cair no Espírito”, empregado por animadores de auditório, que se fingem de pastores, como Benny Hinn e seus discípulos espalhados pelo Brasil e pelo mundo.

Muitos afirmam que não importa o estilo musical, e sim a letra. São pessoas mal intencionadas ou desinformadas, pois negam ou ignoram que a música é polissêmica; tem sentidos plurais. 

Ela é uma ferramenta valiosa no campo da saúde (musicoterapia) e também no âmbito da educação, posto que é dotada de uma dimensão alucinógena, inconsciente e sexual, o que possibilita acesso ao nosso “eu”. 

Com essas considerações podemos sugerir que a música não é marcada pela neutralidade ou irracionalidade. Ela, em si mesma, é um discurso orgânico, lúdico, lógico e com sentido.

Uma Armadilha Mercadológica


De posse desses conhecimentos, uma poderosa indústria fatura milhões, fabricando falsos artistas, manipulando e enganando as emoções de pessoas vazias, levando-as á histeria e à idolatria consumista. 

Os ritmos fazem parte dessa estratégia de escravidão capitalista. 

Com o chamado “mercado da música gospel” não é diferente. 

A adaptação de ritmos mundanos com inserção de letras supostamente cristãs são apenas a isca para faturar às custas de crentes enganados e desprovidos de entendimento bíblico. 

Não é a toa que são os mesmos ritmos que fazem sucesso no mundo. 

A estratégia e a finalidade são as mesmas. 

Só os métodos mudam.

Como, pois, afirmar que todos os estilos servem para o louvor? Diante de tantos fatos científicos, como cantores, pastores e escritores evangélicos podem continuar abraçando essa falácia de que as letras cristãs neutralizam os efeitos da música? 

Tudo isso deve nos fazer lembrar, mais uma vez, do crivo mencionado em Filipenses 4.8:“Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai”.

A verdadeira música cristã não é rotulada por um ritmo. Aliás, ela costuma ser indefinível nesse aspecto. 

Ela é caracterizada por seus efeitos interiores: fé, quebrantamento, arrependimento de pecados, adoração e estímulo para as práticas que agradam a Deus. 

É algo muito diferente de qualquer coisa que assemelhe a essa verdadeira farra mundana, que  torna rádios evangélicas iguais às comuns, que transforma a igreja num palco e shows que em nada deixa a desejar perante aquilo que o mundo pratica e aplaude. Algo que em vez de aceitação, deveria suscitar vergonha em todos nós.

Que Deus levante músicos e líderes de louvor compromissados com a Palavra de Deus e dispostos a usar a boa música, apropriada para o louvor, na casa de Deus. 

Só assim ficaremos livres dos efeitos de estilos mundanos e diabólicos, como funk, heavy metal, axé, forró, entre outros, que aos poucos — em razão das influências do secularismo — vêm invadindo os templos evangélicos.

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