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domingo, fevereiro 01, 2015

Prefeitura de Mangaratiba some com R$ 60 milhões e revolta população

Ministério Público encontrou esquemas de fraudes, propinas e desvios de dinheiro na gestão do prefeito Evandro Capixaba.

Ah, o vidão à beira-mar, passeio de lancha, banho de sol na varanda da mansão. Que maravilha é a natureza.

“Olha a situação do esgoto!”, reclama uma moradora.

“Isso aqui é tudo sujeira, muita sujeira. 

A gente passa mal”, conta uma senhora.

“Pede o prefeito para vir aqui.

 Será que ele bebe essa água?”, indaga um homem.

A população de Mangaratiba, no estado do Rio de Janeiro, está revoltada.

“A gente vê a saúde precária, a gente vê educação com problemas, o transporte nosso e a água tá precária”, conta um morador.

“Eles aprovam obras, obras aprovadas, mas não feitas. 

A gente quer que a obra seja concretizada”, diz uma mulher.

Tanta coisa faltando porque, em cerca de 20 meses, R$ 60 milhões foram surrupiados da prefeitura, segundo estimativa do Ministério Público.

É por isso que o repórter secreto do Fantástico está em Mangaratiba, e todo brasileiro decente quer saber: cadê o dinheiro que tava aqui?

Quando o repórter secreto chega à cidade, encontra protestos. 

Tem cartaz perguntando ao prefeito Evandro Bertino Jorge, do PSD - conhecido como "Capixaba" -  cadê os R$ 60 milhões que sumiram da cidade.

E tem adesivo - feito pelos próprios manifestantes - perguntando: cadê o dinheiro que tava aqui? 

Muita indignação.

“Eu nunca fiz isso na minha vida, mas eu fui obrigada. 

Eu não quero morar num lugar sujo”, conta a professora Marilúcia Gomes.

E a bronca é a seguinte: pela quantidade de sacos de lixo que a prefeitura supostamente comprou, Mangaratiba deveria ser o lugar mais limpo do mundo: 1,8 milhão sacos de lixo. 

Como na verdade a cidade precisa de 17 mil sacos por mês, essa suposta compra daria para 105 meses. 

Quase nove anos. Resolveria um problemão para os futuros prefeitos. 

Só que não. Não existiam sacos de lixo. 

“Não existiam sacos de lixo”, que o homem que foi secretário de serviços públicos da prefeitura na gestão que teria feito a tal compra, em 2012.

 Ele diz que, depois de descobrir que era tudo fraude, foi falar com o prefeito Evandro Capixaba.
 
“Mostrei a fraude para ele, falei que não existia entrega de sacola, que não poderia ficar assinando notas de recebimento de sacola que não existia. 

Aí eu passei a ser um funcionário que não servia para ocupar a secretaria”, conta o ex-secretário de serviços públicos Marco Antônio da Silva Santos.

Depois, o então secretário decidiu contar tudo ao Ministério Público.

“A partir daí a gente começou a diligenciar, identificar empresas, os seus sócios e como essa fraude ocorreu. 


Parte do pagamento ficava com os sócios, e o maior montante entregue na mão de representantes de gestores daquele município”, explica o promotor de Justiça/RJ, Alexandre Veras.

O repórter Eduardo Faustini foi atrás da empresa responsável pela venda fraudulenta. 

Achou uma das sócias do negócio.

Fantástico: Como é que você se tornou sócia dessa empresa?

Mulher: Fui chamada pra ser secretária da empresa. 


Me pediram para emprestar o nome. 

Como eu era empregada da empresa, não vi problema. 

Quando eu comecei a me inteirar do assunto da empresa, vi do que se tratava, pedi que retirassem o meu nome. 
Para o Ministério Público, ela não foi usada - a sócia é, sim, parte do esquema. 

As investigações do Ministério Público levaram a operações de busca e apreensão como uma feita com o apoio da Polícia Federal.

“Nós apreendemos aproximadamente 100 processos licitatórios e a partir daí a gente teve a chance de encontrar ali uma gama de informações que indicam a fraude realizada por esse grupo”, conta o promotor Alexandre Veras.

A quadrilha fraudava várias licitações.

 Em uma das frentes da falcatrua, um filho e um sobrinho do prefeito, mais o então procurador-geral do município e dois secretários eram sócios de empresas vencedoras das licitações.

“Qualquer porta que se bata, qualquer notificação que se faça, passa aí, inevitavelmente, por um familiar ou por uma pessoa próxima do prefeito”, diz o promotor Alexandre Veras.

Segundo as investigações, eles conseguiam dar uma aparência de legalidade à negociata forjando editais de licitação em um jornal do Rio, o Jornal "O Povo".

A lei exige que o chamado edital de licitação seja publicado em um jornal. 


O edital é um aviso: os interessados ficam sabendo que a administração pública quer comprar produtos ou contratar serviços. 

A publicação no jornal é um documento obrigatório, processo da licitação, que é enviado aos órgãos de fiscalização do uso de dinheiro público.

Foi aí que a quadrilha achou que estava dando o pulo do gato.


 “O jornal que estava na banca não era o mesmo que era arquivado no processo”, conta o promotor.

Ou seja, vamos dizer que um jornal fosse um exemplar do jornal da semana passada.


 Não tem nenhum aviso de edital de licitação da prefeitura de Mangaratiba. 

Aí a quadrilha mandava fazer uma página nova, trocava um edital de verdade por um edital de mentirinha, para fingir que a licitação tinha sido comunicada ao público. 

Assim, ficava tudo certo. 

A página falsa funcionava como uma prova de que os devidos procedimentos tinham sido seguidos.


Por exemplo: a página aqui, da edição do dia 21 de junho de 2012 do jornal "O Povo", não tem edital da prefeitura.

 Mas a mesma edição do mesmo jornal do mesmo dia do mesmo ano, tem.


Agora preste atenção a essa conversa. 

Foi gravada na sede do Jornal "O Povo" por uma pessoa que denunciou a fraude. 

É uma testemunha do Ministério Público, e finge que representa o prefeito de Mangaratiba para dar o mesmo golpe. 

Ele conversa com funcionários do jornal.

Homem: Como é que funciona essa p... do jornal?

Jornal: E com a data que ele quer, isso aí. 


Ainda mais que é Tribunal de Conta.

O ex-funcionário da gestão do prefeito Evandro Capixaba confirma a denúncia. “Fazia uma publicação com data anterior e montar dentro do jornal para constar na prefeitura. 

Isso para apresentar pro tribunal de contas. 

Para o tribunal de contas, para a promotoria, para quem solicitasse”, conta o ex-subsecretário de Serviços Públicos Iata Anderson.
 
“O que nós temos naquele município é uma quadrilha trabalhando a fim de se locupletar do dinheiro público.

 Nós encontramos laranjas, falsidades de documentos públicos, privados, fraudes em licitação, publicações fraudadas em jornal, pagamento de propina, desvio de dinheiro, não-entrega de produtos contratados pelo município. 

Inúmeras fraudes”, afirma o promotor Alexandre Veras.

Isso, em uma cidade que atrai tanta gente bem de vida para desfrutar das belezas naturais. Infelizmente, também existe outra Mangaratiba.


Fantástico: Qual é essa Mangaratiba?

Promotor: É a Mangaratiba pobre, abandonada, sem calçamento, sem saneamento básico. 


Sem água.

O problema da água atinge a cidade há cerca de um ano - portanto uma situação que antecede a estiagem na região Sudeste.

“O esgoto do vizinho, vem de lá e cai aqui na minha porta, aqui, ó”, reclama uma moradora.
 
“Bebo dessa água. Água potável é conectada com água de esgoto. 

Nós não somos porcos, nós somos gente”, afirma uma moradora.

“Essa é a água que nos oferecem, e o governo que tá aí nada faz. 

Isso aqui é uma pouca vergonha. 

Olha aí”, conta outro morador.

Até a mulher que o Ministério Público aponta como parte do esquema admite que roubar dinheiro público é maltratar o cidadão. 

“O dinheiro que eu tiro duma prefeitura e eu banco uma viagem pra Miami, eu tô matando um cidadão”, ela confessa.

Em nota, a direção do Jornal "O povo" nega que tenha prestado serviços e recebido dinheiro da prefeitura de Mangaratiba. 

A nota afirma que o jornal está contribuindo com o Ministério Público para a apuração real dos fatos.

Também em nota, o prefeito Evandro Bertino Jorge, o Evandro Capixaba, repudia as denúncias de que houve falsificação de página de jornal e diz que o dinheiro público é aplicado com responsabilidade no município.

Já o Ministério Público pede na Justiça que o prefeito Capixaba, bem como secretários e ex-secretários e servidores municipais, respondam por improbidade administrativa.

“Cadê o dinheiro que a gente precisa melhorar o nosso município, cadê o dinheiro daqui?”, pergunta um morador.

Eduardo Cunha é eleito presidente da Câmara em primeiro turno

Deputado do PMDB prometeu em discurso ser independente do governo.
Ele, porém, destacou que independência não significará oposição.



Filipe Matoso e Nathalia Passarinho Do G1, em Brasília
 

O deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi eleito neste domingo (1º) presidente da Câmara em votação em primeiro turno. 

Com 267 votos recebidos, Cunha comandará a Casa por dois anos.

O posto de presidente da Câmara dos Deputados é estratégico para o governo federal por definir os projetos que irão ao plenário e ditar o ritmo de votações.

 Na votação, Cunha derrotou outros três candidatos, incluindo o representante governista, Arlindo Chinaglia (PT-SP), que recebeu 136 votos. 

O candidato do PSB, Júlio Delgado (MG), ficou em terceiro lugar, com 100 votos, e o do PSOL, Chico Alencar (RJ), em quarto, com oito votos. 

Dois deputados votaram em branco.

 
Após a vitória de Cunha ser anunciada, o novo presidente da Câmara disse que “o parlamento soube reagir no voto” à tentativa do governo de impedir a sua vitória. Ele afirmou, porém, que esse “é um episódio virado” e que ele e seus aliados não devem “fazer disso nenhum tipo de batalha.”

O peemedebista reforçou sua bandeira de campanha, de que garantirá “independência” ao Legislativo face ao Executivo. 


“A gente deixou muito claro que ia buscar altivez e independência do parlamento.

 Aqui é palco de exercer os grandes debates que a Casa precisa e vai fazer.

 Nunca em nenhum momento falamos que seríamos oposição. 

Não falamos também que seríamos submissos”, afirmou.

Com a eleição, Cunha se torna o segundo na linha de sucessão do presidente da República - assumirá o comando do Executivo na ausência de Dilma e do vice-presidente Michel Temer. 

Nos últimos dois anos, o ex-presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), ocupou a Presidência da República em duas ocasiões.


A gente deixou muito claro que ia buscar altivez e independência do parlamento. 
Aqui é palco de exercer os grandes debates que a Casa precisa e vai fazer. 
Nunca em nenhum momento falamos que seríamos oposição. 
Não falamos também que seríamos submissos"
Eduardo Cunha, presidente eleito
da Câmara dos Deputados.

A atribuição de selecionar os projetos e propostas de emenda à Constituição que serão apreciadas em plenário é exclusiva do presidente da Câmara, após consulta a líderes partidários.

 Por isso, o nível de entrosamento e alinhamento ideológico com o governo federal pode facilitar ou dificultar a aprovação de programas federais que exijam o aval do Congresso Nacional.

Como é o presidente da Casa que também dita o ritmo das votações - pode acelerar ou retardar as sessões -, medidas provisórias podem ser aprovadas com rapidez ou vir a “caducar” - perder a validade por demora na votação. 

Assim, a própria eficiência do governo federal depende fortemente da atuação do Congresso Nacional.

Além de Cunha, foram eleitos para compor a Mesa Diretora da Câmara os deputados Valdir Maranhão (PP-MA) (1º vice-presidente), Giacobo (PP-PR) (2º vice-presidente), Beto Mansur (PRB-SP) (1º secretário), Felipe Bornier (PSD-RJ) (2º secretário), Mara Gabrilli (PSDB-SP) (3º secretário) e Alex Canziani (PTB-PR) (4º secretário). 


Os quatro suplentes da Mesa Diretora serão os deputados Mandetta (DEM-MS), Gilberto Nascimento (PSC-SP), Luiza Erundina (PSB-SP) e Ricardo Izar (PSD-SP).

Campanha
 
Durante a campanha para a Presidência da Câmara, Cunha prometeu equiparar o salário dos deputados com o de ministros do STF – teto do funcionalismo público. 


Cunha disse também que vai garantir o pagamento de emendas parlamentares a deputados “novatos”.

O líder do PMDB promete ainda, se for eleito, colocar imediatamente em pauta a votação em segundo turno da PEC do Orçamento Impositivo, que obriga de forma permanente o governo a pagar as emendas individuais dos deputados.

O peemedebista também quer dar “visibilidade” à atuação dos parlamentares nas suas bases eleitorais. 

A bandeira é viabilizar a cobertura das atividades dos deputados em seus estados pela TV e Rádio Câmara, veículos de comunicação pagos com o orçamento da Casa.

Outra proposta de Cunha é criar a Comissão da Pessoa com Deficiência, um colegiado específico para analisar projetos com esse tema. 

Assim, as comissões permanentes da Câmara passariam de 22 para 23.

Efeito 5 a 2' cria corrida às caixas d'água

Estadão 
 
Somente uma linha de produtos tem vendido mais do que água em São Paulo. As próprias caixas d’água e os latões de 200 litros. 

A afirmação de que a cidade poderia entrar em esquema de rodízio, de cinco dias sem água e dois com, feita pelo diretor metropolitano da Sabesp, Paulo Massato, na terça-feira, chegou a virar piada entre os paulistanos e criou algo que alguns comerciantes têm chamado de "efeito 5 a 2", como nos placares elásticos do futebol. 

"Parece mais goleada de jogo bom. 

Mas, depois que ele disse isso, eu nunca tinha vendido tanta caixa d’água", disse Cláudia Gonçalves, de 43 anos, gerente de uma loja de material de construção em Pirituba, na zona norte. 

De acordo com ela, de terça a quinta-feira, foram vendidas mais de 200 caixas. 

Anteriormente, a loja costumava fornecer uma média de 20 reservatórios por mês.

 “O patrão teve de viajar para buscar mais. Não param de fazer pedidos aqui e temos de repor o estoque todos os dias.” 

Nos 30 minutos em que o Estado ficou no depósito, seis caixas de 1 mil litros foram vendidas. 

A esteticista Lucimara Rosa, de 46 anos, entrou afoita, querendo saber se a loja poderia entregar uma caixa na casa dela no mesmo dia. 

"Olha, se não der para entregar, levo agora no porta-malas. 

Vai chover e eu não quero desperdiçar essa água. 

É ouro líquido", argumentou com a gerente da loja.

"Eu sabia que estava feio, mas depois do que ele (Massato) disse, fiquei com medo.

 Vou armazenar toda a água que eu puder", afirmou o motorista Elias Miguel, de 36 anos, que tinha acabado de comprar duas caixas d'água. 

© Claton de Souza/Estadão
 
  A alta procura pelos reservatórios fez a loja aumentar a frota de caminhões, passando de dois para três veículos de entrega. "Mesmo assim, tem fila de espera", afirmou Cláudia, da loja em Pirituba. 

Em um pequeno comércio de Taipas, na zona norte de São Paulo, o comerciante Denivaldo Vazques Sampaio, de 43 anos, também sentiu o efeito "5 a 2" nas vendas.

 "Essa história me pegou de surpresa. 

As três caixas que eu tenho aqui já estão vendidas, e o fabricante não consegue trazer mais, de tanta procura", contou. 

Quem não tem carro para levar caixas d’água, carrega na mão mesmo. 

Em uma loja chamada Lar dos Tambores, no Jardim Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte, havia uma fila de carros, anteontem, com pessoas interessadas em comprar latões de plástico e de metal. 

“Eu já tenho um para guardar água da máquina. 

Agora quero outro para guardar a da chuva”, disse a professora Suzana Dotta, de 37 anos. 

Na tarde de ontem, o local não tinha mais latões para vender.
Da laje. 

A dona de casa Francimar de Souza Gonçalves, de 45 anos, adaptou uma caixa d'água antiga para receber água da chuva.

 Ela interligou o reservatório, que fica no quintal, com a laje da casa, local por onde a água escorria direto para o ralo.

Quando chove, ela consegue encher o reservatório de 500 litros e usa a água para lavar roupa e limpar o quintal.

 "O governo não me ensinou a fazer isso. 

Nas dificuldades precisamos andar com as próprias pernas, adaptar nossa vida para a falta de água", disse.

Sete praias estão impróprias para banho em Salvador e Lauro de Freitas


Balanço divulgado pelo Inema indica situação para este domingo (1º).
Órgão avaliou um total de 37 localidades na capital baiana e região.

Do G1 BA
praia salvador; bahia (Foto: Ruan Melo / G1) 
Banhistas devem evitar sete praias em Salvador e
região metropolitana (Foto: Ruan Melo / G1)
 
Sete praias de Salvador e da região metropolitana estão impróprias para banho neste domingo (1º), indica um balanço divulgado pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (Inema). 

O órgão avaliou um total de 37 localidades.

Segundo o Inema, os banhistas devem evitar as praias de Periperi (atrás da estação Férrea), Penha (em frente à Igreja N. S. da Penha), Canta Galo (atrás da antiga fabrica da Brahma, atual FIB), Ondina (próxima ao Morro da Sereia em frente ao Ed. Maria José), Armação (em frente ao Clube Inter. Pass), Boca do Rio (em frente ao Posto Salva Vidas) e Corsário (em frente ao Posto Salva Vidas Patamares).

Conforme o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), uma praia é considerada imprópria para banho quando apresenta cerca de 2.500 coliformes termotolerantes em apenas uma análise ou quando apresentam em 20% das amostras coletadas em cinco semanas consecutivas mais de mil coliformes fecais.

No período de tempo chuvoso, segundo o Inema, as praias podem ser contaminadas por arraste de detritos diversos, carregados das ruas através das galerias pluviais, podendo causar doenças. 

Além disso, o órgão não aconselha, em dias de sol, o banho próximo à saída de esgotos, desembocadura dos rios urbanos, córregos e canais de drenagem.

Materiais caros são retirados sem controles dos hospitais federais

Ao todo, 98% das próteses vasculares dos hospitais federais foram retiradas sem documentação. Retirada de materiais mais caros somou R$ 31 milhões.

Há um mês, o Fantástico vem denunciando a máfia das próteses. Fornecedores que pagam propina, médicos que marcam cirurgias desnecessárias, hospitais que emitem notas superfaturadas.

 É a saúde transformada em negócio pela corrupção.

O Fantástico vamos mostra mais um capítulo dessa triste realidade. 

O total descontrole nos almoxarifados de hospitais federais.

 Materiais caríssimos, comprados com dinheiro público, são retirados sem que se saiba quem retirou, por que e para qual paciente.  

Depois da cirurgia em que teve uma das mamas retirada por causa de um câncer, Maria Elione Gomes ganhou um implante de silicone.

O que a costureira não sabia, até agora, é que pelos registros do hospital, ela saiu de lá, não com uma, mas com cinco próteses.

Fantástico: Prótese mamária de silicone. Saiu uma, duas, três, quatro, cinco.

Maria Elione: Meu Deus! Como explica isso?


Fantástico: Usaram o nome da senhora para tirar cinco próteses do almoxarifado do hospital.


O aposentado José Linhares lutava contra uma trombose na perna, um bloqueio na circulação do sangue. Para tentar evitar a amputação, que mais tarde acabaria acontecendo, os médicos colocaram um stent, um tubo minúsculo usado para melhorar o fluxo dentro da artéria.

Só que pelo prontuário, ele teria outros 12 stents no corpo.

Fantástico: Eu queria que o senhor contasse comigo. 1,2, ...,11, 12.

José: 12 vezes, 12 stents. Cada stent 11 mil.


Toda vez que um paciente chega a um hospital e é internado ele ganha um número.

 É o prontuário médico. 

Se vai passar por uma cirurgia e precisa de uma prótese, por exemplo, alguém da equipe médica vai até o almoxarifado, preenche informações sobre o procedimento e retira o item que vai ser usado na operação.


As informações deixadas no almoxarifado e o número do prontuário geram uma AIH, Autorização de Internação Hospitalar.

 É com a AIH que o Ministério da Saúde controla o uso dos produtos oferecidos no SUS, o Sistema Único de Saúde.

Mas não é o que tem acontecido nos seis hospitais federais do Rio de Janeiro

Elione foi operada no Hospital Geral de Bonsucesso em 26 de junho de 2013.

Fantástico: Foi a cirurgia que a senhora fez?

Maria Elione: Foi.


Fantástico: Uma única vez?


Maria Elione: Uma única vez.

No mesmo dia, o número do prontuário dela foi usado para a retirada de outras quatro próteses, que ninguém sabe onde foram parar.

“Estou até tremendo, porque usaram meu nome. 

Isso não pode, tenho certeza que isso não pode. É contra a lei. Até porque eu não tenho cinco mamas”, afirma Maria Elione.

Com José, o uso indevido do prontuário foi feito bem depois da cirurgia.

Fantástico: A cirurgia para colocação do stent, o senhor se lembra a data?

José: Foi em 2011.


Fantástico: E a amputação?


José: A amputação foi em 2013.


Fantástico: No começo?


José: Foi em fevereiro.


Fantástico: A retirada desses stents é em outubro de 2013.


José: Outubro de 2013? Outubro de 2013 já estava em casa há muito tempo.


Doze stents desviados que passaram longe da fiscalização. 

Mas o descontrole é ainda mais grave, o Fantástico teve acesso a informações sigilosas do banco de dados do SUS, e os dados revelam que a fraude vai além de usar o número de um prontuário repetidas vezes.

Na maioria dos casos, não há sequer a preocupação de preencher papéis. 


 Itens caríssimos saem dos almoxarifados sem nenhum tipo de informação: da cirurgia ou do paciente.

O levantamento analisou o período de janeiro de 2010 a dezembro de 2013. 

E levou em conta, principalmente, os materiais mais caros, como marca-passos de R$ 10 mil. 

E próteses cardiovasculares que passam de R$ 100 mil.

Pelos números das requisições deixadas nos almoxarifados, os auditores puderam confirmar a saída dos itens. 

Mas quase não encontraram informações sobre o destino do material.

Foram tiradas dos estoques, por exemplo, 1.202 próteses mamárias. Sendo 1.073 delas sem emissão da AIH. 

Isso significa, 89% do material circulando por aí sem controle.

No caso das próteses vasculares, como o stent do José, foram retirados 2.357 itens no período. 

Sendo 2.310 deles sem a AIH. 

Ninguém sabe onde estão 98% das próteses vasculares dos hospitais federais.

“Alguém levou isso para algum lugar”, afirma médico. 

Ele foi gestor em um hospital federal.

 “Às vezes, o doutor leva para uma outra unidade que está faltando, tentando fazer o bem.

 Às vezes leva para uma outra unidade com o sentido de lucro.

 Acontece de tudo nas unidades federais você pode ter certeza que acontece de tudo”, afirma.

Ele conta que os desvios começam na compra do material. 

“Fizemos compras de um determinado produto, aproximadamente, umas 6 mil unidades e só chegaram 500, e foi atestado pelo responsável pelo almoxarifado que todo o material tinha chegado”, diz

E reconhece que é ainda mais difícil detectar os erros na saída dos itens.

Fantástico: Como é que um material caríssimo desse como é que acontece de ele sair sem nenhum controle?

Gestor: Com a conivência da autoridade gestora. Então isso dá margem para tudo. 

Isso pode ser erro, pode ser desonestidade talvez, mas no mínimo é um descaso com o dinheiro público.
“Isso revela uma total falta de controle. 

No caso, do Ministério da Saúde, que é responsável por esses hospitais federais”, afirma o professor de medicina da USP Mário Scheffer.

O Fantástico procurou o Ministério da Saúde. 

A assessoria de imprensa do Ministério da Saúde informou que nos seis hospitais federais do Rio foram implantadas, em 2014, medidas para aprimorar o gerenciamento de material médico-hospitalar.

Mas agora em janeiro de 2015, o Fantástico conversou com uma funcionária de um almoxarifado e ouviu que o controle só aumentou de verdade depois que o Fantástico começou a exibir a série de reportagens sobre desvios e corrupção na saúde pública.

Fantástico: Auditoria é feita com frequência?

Funcionária: Bom, ultimamente tem dado um monte de salamaleque lá no Fantástico, aí aparece, né?


 Volta e meia a direção manda pedir tudo à gente.

O Ministério da Saúde explicou também que um dos mecanismos de controle implantados é a utilização de salas específicas para material de alto custo. 

E que as denúncias desta reportagem serão investigadas.

O ministro da Controladoria-Geral da União anunciou que vai fazer uma auditoria. 

Ele afirmou que o descontrole pode atingir também as redes estaduais e municipais de saúde. 

“Estamos falando de um problema que pode ser muito maior ainda, nas demais unidades de saúde”, diz Valdir Moysés Simão.

“Nós estamos desperdiçando recursos que poderiam ser utilizados na melhoria da assistência no SUS”, afirma Mário Scheffer.

“Eu tenho um universo de cerca de 15 mil pacientes aguardando até oito anos para a realização de uma cirurgia. 

Quando eu tiro um insumo ou medicamento de alto custo, eu posso estar tirando a vida de um paciente que está aguardando em uma fila de espera”, diz o defensor público federal Daniel Macedo.


Foi nessas pessoas que o José pensou quando soube dos 12 stents desviados no nome dele. “Me sinto mal mesmo, mal.

 Saber que pessoas precisando, necessitando e usaram lá para agora não foi para dar para ninguém. 

Para fazer caridade, não foi, duvido que foi”, reclama o aposentado José Linhares.

Renan Calheiros é reeleito presidente do Senado Federal

Candidato oficial do PMDB recebeu 49 votos e venceu Luiz Henrique.
Senador alagoano deverá ficar no cargo por mais dois anos.

Priscilla Mendes e Renan Ramalho Do G1, em Brasília
Renan Calheiros é reeleito (Foto: GloboNews)Renan Calheiros durante discurso no plenário do Senado neste domingo (1º) (Foto: GloboNews)

O presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), foi reeleito neste domingo (1º), por 49 votos de 81, para mais dois anos à frente do cargo mais alto do Legislativo. 

Ele venceu o colega de partido Luiz Henrique (PMDB-SC), que se lançou na disputa sem apoio do PMDB.

Renan presidirá a Casa em 2015 e 2016 juntamente com a nova Mesa Diretora, que será escolhida na próxima terça-feira (3). 

Luiz Henrique obteve 31 votos e houve um nulo.

A votação, que é secreta, foi feita em cédulas de papel e depositadas em uma urna. 

A apuração dos votos foi feita em voz alta pelo líder do PMDB, Eunício Oliveira (CE).

Este será o quarto mandato de Renan Calheiros na presidência do Senado. 

O primeiro foi em fevereiro de 2005. 

Foi reconduzido em 2007, mas acabou renunciando ao cargo em meio a denúncias de que usou dinheiro de lobista para pagar pensão de uma filha fora do casamento. 

senador, foi escolhido novamente para a presidência em 2013.

Nos últimos dois anos em que esteve à frente do Senado, Renan teve confrontos com o Supremo Tribunal Federal (STF), ao qual acusou de interferir nos trabalhos do Legislativo, e ajudou o Palácio do Planalto a garantir a aprovação de projetos importantes, como a Lei dos Portos e a alteração da meta de superávit de 2014.

'Renovação da confiança'

Após a proclamação do resultado, Renan agradeceu aos colegas pela “renovação da confiança”. 


“Me obriga a redobrar o trabalho, triplicar o ânimo, quadriplicar a vontade de acertar para corresponder ao crédito que me foi concedido pelos senadores”, afirmou.

O presidente ainda agradeceu ao seu partido, o PMDB, que, segundo afirmou Renan, garante a ele “estabilidade”.

 “Como fiador do modelo democrático, o partido atua para o equilíbrio do poder e repele qualquer pendor hegemônico onde quer que ele esteja camuflado”, disse.

O senador voltou a destacar a necessidade de se aprovar uma reforma política e prometeu se empenhar pessoalmente no assunto. 

Afirmou ainda que as decisões de sua gestão serão tomadas “de forma coletiva e nunca serão monocráticas ou arbitrarias”.

Disputa contra Luiz Henrique
No discurso após a proclamação do resultado da eleição, Renan também fez uma menção a Luiz Henrique “pela correção e espírito público verificado ao longo de sua trajetória”. 


“A disputa agora já é passado e todos nós ansiamos pelo futuro. Serei presidente de todos os senadores, como demonstrado nos últimos anos, desejo renovar meu firme compromisso pela autonomia e independência do Senado”, declarou.

Embora Renan tenha oficializado sua candidatura a somente dois dias da eleição, ele já havia começado a costurar apoio ao seu nome ainda no final do ano passado. 


A demora foi criticada por vários partidos e levou o PSB a lançar o senador Antonio Carlos Valadares (SE) na última segunda-feira (26).


Em seguida, o peemedebista Luiz Henrique também decidiu concorrer ao cargo com apoio da oposição. 

Desde o início do ano, DEM e PSDB procuravam articular um nome alternativo do próprio PMDB para enfrentar Renan, uma vez que cabe ao partido com maior número de assentos (o PMDB tem 19) indicar o presidente da Casa.

Henrique foi lançado por dissidentes do PMDB, Ricardo Ferraço (PMDB-ES) e Waldemir Moka (PMDB-MS), e acabou recebendo apoio dos partidos de oposição DEM, PSDB, PPS, PSOL e PSB e de senadores da base governistas considerados “independentes”, como Ana Amélia (PP-RS) e Cristovam Buarque (PDT-AP). 

O PSB retirou a candidatura de Valadares e aderiu ao peemedebista.

Na última sexta-feira, a bancada do PMDB, por 15 votos dos 19 integrantes, decidiu apoiar formalmente a candidatura de Renan Calheiros em detrimento da de Luiz Henrique, o que recebeu apoio do PT. 

Na ocasião, o presidente disse que o Congresso não caminha por “projetos pessoais e candidaturas avulsas” e que era preciso “aceitar” as indicações partidárias. 

Ainda que sem aval do partido, Luiz Henrique decidiu dar prosseguimento à candidatura.

Rio Paraíba do Sul pode não ter água para socorrer Sistema Cantareira

Licitação estima gastos de R$ 830 milhões, quase três vezes mais que o previsto. 

Governo de São Paulo garante que obra não vai prejudicar ninguém.




Ano 2015 começou pesado para os brasileiros. 

Ajustes na economia, crise de energia e a crise da água, que afeta não só São Paulo, mas também os outros estados da região Sudeste.

Enquanto a população recebe respostas confusas das autoridades, buscam-se caminhos para que a maior cidade do Brasil não entre em colapso.

Entre as medidas de emergência, foi lançado sexta-feira (30) o polêmico projeto de transposição do Rio Paraíba do Sul.

 O plano prevê o desvio de parte das águas para socorrer as represas de São Paulo. 

Só que a bacia do Paraíba do Sul, principal fonte de abastecimento do estado do Rio de Janeiro, também está secando.

E aí? 
O que era para ser solução vai acabar criando outro problema?

Era uma vez um rio que corria em meio à mata atlântica fechada. 

Um rio tão bom que muita gente escolheu seu entorno para sobreviver. 

São 15 milhões de pessoas abastecidas por ele pelos rios que correm até ele.

 Centenas de anos depois, cada vez menos Mata Atlântica. 

E esse rio passa agora pela maior seca já registrada.

O sistema do Rio Paraíba do Sul abastece três estados: Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. 

É por ser tão importante que ele agora é o centro de uma polêmica.

No reservatório de Jaguari, em São Paulo, se planeja fazer a transposição do Rio Paraíba do Sul. 


Uma obra que é apontada como uma das soluções para o problema da falta d´água em São Paulo.


 Para chegar no lugar onde se pretende fazer a obra seria, é preciso pegar um barco. 

Geralmente, pegaria-se um barco em um píer. 

Mas a represa está tão seca que é preciso descer todos os degraus. 

Antes era tudo ficava embaixo d’água.

São 25 metros abaixo do nível normal. 

O especialista em recursos hídricos Edilson Andrade vai mostrar o lugar da obra.

Fantástico: A represa agora está muito seca?

Edilson Andrade: Sim, ela está quase que zero de volume útil, está com 1,7% apenas.


Uma floresta antes submersa mostra seus galhos.

 E, em um dos cantos da represa, se vê a antiga cidade de Igaratá, onde o professor Sirlei da Silva se criou.

 “Aqui era a pracinha da frente da igreja, até tem os canteiros ainda, vestígios de canteiro. 

Os bancos da praça.

 A minha adolescência eu passei aqui”, indica Sirlei no vídeo.

Ele não ia à cidade há 50 anos, desde que a cidade ficou submersa com a construção da represa. 

O que restou de Igaratá estava a 20 metros de profundidade. 

Agora, um símbolo da seca.

“Essa situação caótica que a gente começa a experimentar é como se fosse uma ferida que começa a sangrar. 

Igaratá é apenas um toque nessa ferida”, diz Sirlei.

Fantástico: A obra então está planejada para ser feita aqui.


Edilson Andrade: Sim, esse local deve receber as obras.


Segundo o projeto, seis motores vão bombear a agua por 20 km até a represa do Atibainha, que faz parte do Sistema Cantareira.

O Sistema Cantareira é usado por 8 milhões de pessoas em São Paulo, que esta semana ouviram uma previsão dramática.

 “Precisaria de um rodízio de dois dias com água por cinco dias sem água”, disse o diretor metropolitano da Sabesp, Paulo Massato Yoshimoto.

A ideia é bombear do Paraíba do Sul para lá cerca de 5 mil a 8 mil litros de água por segundo. 

O suficiente para abastecer 2 milhões dos 22 milhões de habitantes da Grande São Paulo.
Só que, para isso acontecer, os reservatórios do Paraíba do Sul precisam se recuperar primeiro.

 “Nesta situação de crise, não daria para passar esse volume para São Paulo”, afirma Edilson Andrade.

Em uma seca como essa, segundo os especialistas, transferir a água para o Cantareira poderia criar outro problema.

Fantástico: O Paraíba do Sul pode se tornar um novo Cantareira?
Edilson Andrade: Pode, se nesse verão não chover e no próximo, de 2016, a chuva também não vier em quantidade suficiente, em um ano vai ser um novo Cantareira.


Fantástico: E aí não daria para socorrer o Cantareira?


Edilson Andrade: Sim. Para socorrer o Cantareira precisa ter água.


 E só tem água se houver uma recuperação dessas represas do Paraíba do Sul. 

Seria socorrer um doente e deixar o outro à mingua.

As represas do Cantareira e as do Paraíba do Sul estão na mesma zona climática. 

Elas funcionam sob o mesmo regime de chuva. Ou seja, se chove aqui, chove lá também.

 E se tem seca lá, tem seca aqui também.

Essa obra foi anunciada no ano passado, a princípio a um custo de R$ 300 milhões. 

Mas a licitação que foi aberta sexta-feira (30), estima gastos de R$ 830 milhões, quase três vezes mais. 

Recursos do PAC do governo federal, o Programa de Aceleração do Crescimento.


 A previsão é de que fique pronta em um ano e meio.


“São Paulo sabe que essa não é a melhor alternativa que ele escolheu, o Jaguari.

 É a mais rápida”, afirma o secretário de Ambiente do Rio de Janeiro André Corrêa.

Uma solução de emergência para uma crise anunciada. 

Olha essa reportagem que o Fantástico exibiu em 2003: “Um fantasma assusta a maior cidade do país. 

A falta d´agua.

 Quase vazios, os oito reservatórios não dão mais conta de atender 18 milhões de usuários. 

O maior reservatório, o da Cantareira. 

Está com um pouco mais de 6% da sua capacidade”. Isso foi há 12 anos. 

E mesmo naquela época, longe de ser novidade.

O projeto que se pretende realizar agora foi condenado no ano passado. 

 Uma comissão de especialistas fez um estudo do Paraíba do Sul encomendado pelo governo do estado do Rio de Janeiro.

 E desaconselhou qualquer obra de transposição.

“Não podemos imaginar que podemos cobrir um pé e descobrir o outro. 

A região metropolitana e o estado do Rio de Janeiro não têm um outro manancial que possa ser suprido além do Paraíba do Sul. 

E com a quantidade de usos que essa bacia já tem, uma retirada adicional, na verdade, trará consequências imediatas”, afirma o pesquisador da Coppe/UFRJ Paulo Carneiro.

No ano passado, o governo do Rio de Janeiro foi contra a obra. 

Agora, mudou de opinião.

“Nós queremos ajudar São Paulo. 

Não vou ficar pautado por um estudo em uma situação de emergência”, defende André Corrêa.

O secretário estadual de Ambiente defende que a obra seja feita. 

Mas que só entre em funcionamento se o nível da água voltar a subir. “Vai depender das condições do rio.

 Nós estamos falando de uma obra que vai levar, no mínimo, um ano e oito meses”, diz o secretário de Ambiente André Corrêa.

Fantástico: Isso não se torna uma obra obsoleta?

André Corrêa: Ela em algum momento. 


Eu acredito que em algum momento nós vamos recuperar os reservatórios.

O governo de São Paulo garante que a transposição não vai prejudicar ninguém. 

“Essa obra não vai trazer nem bem e nem mal para o Rio de Janeiro.

 Essa obra é uma obra neutra”, afirma o secretário de Saneamento e Recursos Hídricos de São Paulo, Benedito Braga.

Uma segunda fase da obra prevê um sistema de tubos que faria o caminho de volta. 

Levar água do Sistema Cantareira para o Paraíba do Sul. “Eu acredito que é algo que dificilmente vai acontecer”, afirma Edilson Andrade.


O problema do Paraíba do Sul só se agrava. 

Ernesto é um ambientalista que dedica a vida ao Paraíba do Sul. Ele sobrevoou o rio em agosto. 

“O rio estava 2 metros abaixo do normal”, conta.

Semana passada, fez nova viagem pelo mesmo percurso. 

“Até metade da trajetória é uma seca violenta.

 Chamou mais atenção foi o aparecimento de mais ilhas.

 Ilhas que eu digo, de assoreamento.

 E a seca.

Do ar, não se vê mais só um rio. 

Se vê uma crise, cada dia mais grave. 

E entre projetos, licitações e discussões, uma pergunta ainda sem resposta: 

E se essa água acabar?

Prefeitura de SP inaugura mural de grafite na Avenida 23 de Maio



São 15 mil metros quadrados de desenhos, segundo o governo municipal.
Mais de 200 artistas trabalharam no painel que tem 5,4 quilômetros.

Do G1 São Paulo
Haddad percorre mural de grafite na Avenida 23 de Maio (Foto: Heloisa Ballarini/Divulgação Prefeitura de SP)Haddad percorre mural de grafite na Avenida 23 de Maio (Foto: Heloisa Ballarini/Divulgação Prefeitura de SP)
 
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), inaugurou neste domingo (1º) o mural com 15 mil metros quadrados de grafite na Avenida 23 de Maio, que integra o Corredor Norte-Sul. 

As pinturas começaram em 6 de dezembro e cobrem 70 muros entre o Museu de Arte Contemporânea (MAC) e os arcos da Praça dos Artesãos Calabreses.

Mais de 200 artistas trabalharam no painel que tem 5,4 quilômetros de extensão. A Prefeitura diz que este é um dos maiores corredores de arte urbana da América Latina. 

O investimento foi de cerca de R$ 1 milhão e coube à administração municipal fornecer materiais para a produção das pinturas, equipamentos de segurança e alimentação aos artistas.

O prefeito participou neste domingo de uma pedalada que percorreu os muros grafitados.

Artistas concluem mural na Avenida 23 de Maio (Foto: Heloisa Ballarini/Divulgação Prefeitura de SP)Artistas concluem mural na Avenida 23 de Maio (Foto: Heloisa Ballarini/Divulgação Prefeitura de SP)
 
Mural de grafite feito por 200 artistas em SP (Foto: Heloisa Ballarini/Divulgação Prefeitura de SP)Mural de grafite feito por 200 artistas em SP (Foto: Heloisa Ballarini/Divulgação Prefeitura de SP)
 
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