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sexta-feira, maio 29, 2015

I WORKSHOP "Impactos Ambientais Associados às Cadeias Produtivas no Município de Parauapebas": Peixes Contaminados.




Na última quarta feira, 27, tive a oportunidade de participar de uma reunião com um grupo de pessoas no Campus da Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA, para tratar da questão da contaminação dos peixes dos rios de Parauapebas e seus afluentes, pelos rejeitos de metais pesados e produtos químicos que são descartados diariamente pela mineradora Vale nesses rios sem nenhum controle da empresa. 

Presente a esta reunião, representantes da – APA do Gelado, da Secretaria Municipal do Meio Ambiente na pessoa do seu secretário Gesmar Costa, da Sempror, na pessoa do adjunto Erasmo, do CMbio, Frederico Martins, estudantes e professores da instituição anfitriã, e alguns representantes da comunidade de Parauapebas. 

A reunião teve duas etapas, uma no período da manhã com uma palestra de uma doutoranda na área de Engenharia Florestal, onde a mesma nos mostrou um terrível diagnóstico da contaminação da água dos rios do município de Parauapebas, que está pondo em risco a saúde dos munícipes que consomem esses peixes já contaminados com rejeitos de metais pesados e produtos químicos utilizados pela mineradora Vale. 

A tarde os participantes da reunião se dividiria em grupos de estudos para se discutir sugestões que seriam transformadas em uma espécie de "Carta de Intenções", assinada por todos os presentes, para ser entregue ao representante da mineradora para uma possível solução de mais esse desastre ecológico que está acontecendo no município de Parauapebas, dentre outros. 

Infelizmente não pude retornar a tarde por dificuldade de transporte. 

Se as autoridades do nosso país tivesse dado atenção, e seguido a orientação do Geólogo Orlando Valverde, que foi contratado pelo governo militar parar elaborar um relatório sobre o impacto ambiental causado pela implantação do projeto Carajás nesta região, que transformou no livro proibido, cujo título é: GRANDE CARAJÁS: Planejamento da Destruição, onde ele conclui com a seguinte afirmação:  Projeto Carajás: IN-VI-Á-VEL, hoje Parauapebas não correria o risco de em breve, se transformar em uma segunda Serra do Navio, em Macapá.











Saaep ministra oficina de reciclagem para servidores públicos municipais

Com o propósito de diminuir os resíduos sólidos que são descartados no lixo, o Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Parauapebas (Saaep) ministrou durante a manhã desta quinta-feira (28), no auditório do Centro Administrativo da Prefeitura, uma oficina para o reaproveitamento de materiais recicláveis, neste caso, usando rolos de papel higiênico.  

Segundo a educadora ambiental do Saaep, Gina Barreto, a proposta da atividade é despertar um novo olhar sobre produtos que podem ser reaproveitados. 

“O lixo pode se tornar um luxo, neste caso, até objetos de decoração”, disse.

Para a servidora da Secretaria Municipal de Educação, Maria Alencar, que trabalha no Setor Indígena, além de contribuir com o meio ambiente, a oficina contribuirá com o aprendizado de alunos que estão nas aldeias. 

“Posso adaptar essa arte para cada conteúdo na área pedagógica. 

Para mim é muito importante, porque dá esse leque de abertura do conhecimento da área e acima de tudo a preservação do meio ambiente”, declarou.

O evento foi realizado pela Secretaria Municipal de Administração (Semad), por meio da Coordenadoria de Treinamentos e Recursos Humanos (CTRH). 

As oficinas ministradas pelo Saaep e pelo Centro de Educação Ambiental de Parauapebas (Ceap) levaram conhecimento sobre o reaproveitamento de garrafas pet e rolinhos de papel higiênico.

As atividades também fazem parte da 11ª edição do Mostra de Artes dos Servidores Públicos de Parauapebas (Maspp). 

Texto: Ascom PMP

Fotos: Irisvelton Silva 






Prefeitura Municipal de Parauapebas | Assessoria de Comunicação Social
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(94) 3356-0531 / 3346-1005 - Ramal 2079  | (94) 8807-7734
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Edivaldo Guimarães da Silva deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Arnaldo Carvalho de Souza deixou um novo comentári...":

Realmente amigo Arnaldo Carvalho de Souza, você está certinho quando diz que esse pessoal do PT é cínico, principalmente esse tal de Luiz Vieira que virou blogueiro agora, só pra se limpar das merdas e cagadas que ele fez quando passou oito anos mamando nas tetas do governo do ladrão Darci Lermen como secretário, e agora também vai tirar onda de escritor publicando um livro com certeza para se imortalizar na recente Academia de Letras de Parauapebas criada como tantas outras nos interiores do Brasil para acomodar os frustrados que não tem cacife de conquistar uma vaga na Academia Brasileira de Letras. 

Hoje qualquer pé de de chinelo pode publicar livros, o problema é ter quem compre. 

Para refrescar a mente da nossa população sobre o nosso "ilustre" blogueiro e escritor que está pousando de "Moço bom" se vangloriando da desgraça alheia, vejam o que encontrei no blog do Marcel Nogueira o que o Wanterlor Bandeira fala dele em 30 de março de 2010.

Terça-feira, 30 de março de 2010

Wanterlor volta a carga
O ex-vereador e blogueiro Wanterlor Bandeira não é de ficar quieto na trincheira. 


Com ele, bateu levou. 

Olha só o que ele respondeu a um anônimo que andou comentando.

Meu Caro Anônimo das 15:46.


Desafio-te a apresentar as provas, tenha toda liberdade para isso. 

Apresente pelo menos um desvio de conduta minha. 

O pior dessa coisa toda é que quem realmente foi pego com a mão na botija vai sair ileso. 

Pode até ser promovido. 

Quando afirmei que o Senhor Luiz “das telhas” Vieira é ladrão é por quer tenho provas disso e o processo já está no Ministério Público. 

Mostre a cara e venha para o debate, não se acovarda.

Outra coisa, o único parente que tenho aqui e que vota e uma irmã. 

Portanto tu não conheces minha vida e nem minha família.

Só para abrir um pouco a tua mente mesquinha: Tudo que tenho não se resume a quatro anos de mandatos, resume a 25 anos de trabalho. 

No mandato não ordenei despesas e tão pouco movimentei recursos financeiros.

Tinha sim um bom salário, iguais a todos que passam pelos mandatos. 


Não fiz farra, não queimei dinheiro e não cometi exageros. 

Agora deixe de ser invejoso e vai trabalhar quem sabe assim tu tenhas uma vida mais prazerosa..

Agora deixe de ser invejoso e vai trabalhar quem sabe assim tu tenhas uma vida mais prazerosa".

Nota do blogger: o comentário do anônimo não virou postagem porque o comentário era muito forte para publicar sem assinatura. ou identificação. 


Postado por Marcel Nogueira às 10:07

Agora vejam também o que encontrei no blog desse cara de pau que está achando que vai voltar junto com seu parceiro de roubos para a Prefeitura Municipal de Parauapebas em 2017, publicando um livro de crônicas, contos polêmicos, picantes e variados, esperamos que ele também conte nesse livro dele, o que ele praticou nos bastidores da administração pública municipal de Parauapebas junto com o seu colega de sala de aula, o corrupto Darci Lermen. 


LIVRO "O ESCORPIÃO E A BORBOLETA" DE LUIZ VIEIRA SERÁ LANÇADO EM BREVE.

Já aprovado pela Editora Scortecci de São Paulo, o livro está em fase de editoração e impressão. 


Segundo o editor, terá tudo para se tornar um sucesso devido as crônicas e contos polêmicos, picantes e variados.

Por recomendação da editora ainda não confirmaremos a data do lançamento, pois depende da agilidade dos correios na entrega do projeto final para aprovação do autor, porém, temos como indicativo a primeira quinzena de agosto.

Para o lançamento está sendo preparado uma grande festa com presença de vários escritores da região. 


Você que é leitor desse blog, de certa forma é coautor desse livro, portanto, será nosso convidado especial. 

O preço sugerido ficará em torno de R$ 30,00 o exemplar. 

Aguardem!
Postado por Luiz Vieira às terça-feira, maio 26, 20154.

Vejam a boçalidade desse indivíduo, se passando por leitor ANÔNIMO.

segunda-feira, 25 de maio de 2015


QUESTIONAMENTOS DOS LEITORES
Alguns leitores me fazem alguns questionamentos através da caixa de comentários. 


Nem sempre dá para publicar todos, mas alguns, faço questão de responder nessa coluna. 

Portanto, sempre que possível, usarei esse espaço para prestigiar o leitos, respondendo aos seus questionamentos.

Então vamos aos questionamentos:

Anônimo quinta-feira, 21 de maio de 2015 17:06:00 BRT

Luiz, vc escreve bem, porém suas matérias, são muito longas, conheço varias pessoas que reclamam disso, vc deveria com a capacidade que tem, resumir melhor os conteúdos, é uma dica, foca mais em outros tipos de matérias de interesse comum, a população de Parauapebas esta de saco cheio da Politica Local. 


Crie novos tópicos pq entre todos os blogues só o seu tem credibilidade para isso.

O anônimo que fez essa pérola de comentário deveria se identificar com seu nome, para que os leitores do blog deste exaltado, conhecesse que tipo de gente apoia esse tipo de indivíduo que nunca realizou nada de bom no nosso município. 


A única coisa que ele fez junto com seus camaradas petistas durante oito anos de governo na nossa cidade foi engordar mais a sua conta bancária de acordo a denúncia do ex-vereador Wanterlor Bandeira. 

Vereador Odilon Rocha de Sanção é apenas parte do esquema de corrupção que foi implantado em Parauapebas desde sua emancipação




O ODILON É APENAS PARTE DO ESQUEMA DE CORRUPÇÃO DE PARAUAPEBAS QUE FOI IMPLANTADO NESTE MUNICÍPIO, DESDE QUE O MESMO FORA EMANCIPADO EM 10 DE MAIO DE 1988, PELO EX-PREFEITO FAISAL SALMEN, JUNTAMENTE COM OS VEREADORES DA PRIMEIRA LEGISLATURA, EXCETO O EX-VEREADOR JOÃO PRUDÊNCIO DE BRITO, QUE POR NÃO TER ACEITO FAZER PARTE DA QUADRILHA DE ASSALTANTES DO ERÁRIO MUNICIPAL, FOI ASSASSINADO NA SUA RESIDÊNCIA NA NOITE DO DIA 19 DE SETEMBRO DE 1991.

TENHO CERTEZA ABSOLUTA QUE SE O MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL OU FEDERAL SE INTERESSAREM A INVESTIGAR ESSE ESQUEMA DE CORRUPÇÃO EXISTENTE NESTE MUNICÍPIO, QUE NUNCA FOI NOVIDADE PARA OS MORADORES DESTA CIDADE, DESDE A PRIMEIRA LEGISLATURA E POSSE DO PRIMEIRO PREFEITO APÓS A SUA EMANCIPAÇÃO, VAI ENCONTRAR O DNA DA CORRUPÇÃO EM TODOS OS GESTORES QUE ANTECEDERAM O PREFEITO VALMIR EM PARCERIA COM A MAIORIA DOS VEREADORES QUE TIVERAM MANDATOS ATÉ FINAL DE 2012.

CASO NÃO SE CONFIRME O QUE EU ESTOU AFIRMANDO AQUI, ME SUBMETO A PASSAR O RESTO DOS MEUS DIAS DE VIDA NA CADEIA.

Valter Desiderio Barreto.

quinta-feira, maio 28, 2015

Vale é condenada a pagar R$ 400 mil para trabalhadoras atacadas por onça

Vítima de ataque é auxiliar de serviços gerais e deve receber R$ 300 mil.
Empresa não quis comentar a decisão.

 

Do G1 PA
 
A mineradora Vale foi condenada pelo Tribunal Superior do Trabalho a pagar indenização de R$ 400 mil a duas funcionárias que foram atacadas por uma onça suçuarana na mina de Carajás, sudeste do Pará. 

A mineradora havia movido recurso contra o montante que deve ser pago para uma das vítimas, mas o Tribunal negou os embargos declaratórios da empresa nesta quinta-feira (28). 

Outro recurso ainda está sendo avaliado. 

Procurada pelo G1, a Vale informou que não comenta processos quie estão em andamento
O ataque ocorreu no dia 22 de novembro de 2011, o primeiro dia de trabalho de Laurilete Canavieira Silva como auxiliar de serviços gerais na mina. 

Ela ia para o refeitório acompanhada da colega Maria Clotilde Silva dos Santos e, segundo o TST, solicitou à supervisora um carro.

Como não havia veículo disponível, as funcionárias seguiram a pé por um trecho de 300 metros no meio da Floresta Nacional de Carajás onde não havia cerca lateral ou qualquer tipo de proteção. 

Antes do TST, a Justiça Federal do Trabalho já havia dado ganho de causa para Laurilete (veja vídeo acima).

Durante o ataque, que durou cerca de dois minutos, a cabeça, rosto, pescoço, costas e braços de Laurilete ficaram bastante machucados. 

O animal foi afatado por Maria Clotilde, com a ajuda de um motorista que passava pelo local. 

Por conta dos ferimentos, Laurilete deverá receber R$ 300 mil da empresa por danos morais, materiais e estéticos, enquanto a justiça determinou indenização de R$ 100 mil para Maria Clotilde por danos morais.

De acordo com o TST, a Vale  adotou medidas de segurança após o acidente, construindo grades de proteção e determinando que os trabalhadores não percorram o trajeto a pé.

Após passar mal, vereador Odilon Rocha é transferido para Belém

Vereador preso em operação da PF chegou nesta quinta, 28, à capital.
Esquema de fraude ultrapassa R$ 50 milhões, segundo o MPE.

 

Do G1 PA 
Vereador Odilon Rocha (Foto: Reprodução/ TV Liberal) 
Odilon Rocha foi preso acusado de integrar fraude multimilionário. (Foto: Reprodução/ TV Liberal)
 
 
O vereador Odilon Rocha (SDD), de Parauapebas, sudeste do estado, preso acusado de integrar esquema de fraude na Prefeitura e Câmara Municipal que teria desviado mais de R$ 50 milhões, chegou a Belém nesta quinta-feira (28), segundo informou ao G1 o promotor de justiça Nelson Medrado.

A Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe) confirmou a entrada do político no Centro de Recuperação Especial Coronel Anastácio das Neves (Crecan), no Complexo Penitenciário de Santa Isabel, por volta das 13h. 

Odilon precisou de atendimento psicossocial na chegada ao centro de detenção. 

Ele e o vereador José Arenes (PT), também preso na operação Filisteu, estão custodiados na cela de triagem da unidade prisional, separados dos demais detentos, mas serão encaminhados para celas coletivas, onde ficarão à disposição da Justiça. 

A Susipe afirma que o procedimento é padrão para ingresso de presos nos centros de detenção do estado.

Odilon causou polêmica após um vídeo em que ele diz que o salário do vereador do município é insuficiente para viver de forma honesta viralizar na internet. 

A gravação foi feita na sessão do dia 24 de abril. 

"O valor que o vereador ganha aqui, se ele não for corrupto, ele mal se sustenta durante o mês", disse Odilon, que cumpre o quinto mandato na Assembleia do município. (veja vídeo abaixo).
Envolvimento em fraudes.
 

O vereador foi preso na terça-feira (26), acusado de participar de um esquema de fraudes em licitações entre os anos de 2013 e 2014, quando exerceu o cargo de primeiro secretário da câmara do município. 

O caso está sendo investigado pelo MPE e pela Polícia Federal, por meio da operação "Filisteu". 

Além dele, também foram detidos o vereador José Arenes (PT) e o empresário Edimar Cavalcante.

Depois de preso, Odilon foi transferido para um hospital particular do município após passar mal. Segundo a Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado (Susipe), o vereador será encaminhado para cela coletiva. 

Caso seja apresentado um laudo clínico comprovando problemas de saúde, com a devida autorização judical, ele será encaminhado para a ala de enfermaria da unidade prisional. 

Por ser servidor público, o vereador será encaminhado para o Centro de Recuperação Especial Anastácio das Neves (Crecan).

O vereador José Arenes (PT) já está detido no Crecan. 

O empresário Edimar Cavalcante foi transferido para o Presídio Estadual Metropolitano I (PEM I), no Complexo Penitenciário de Marituba.

 
Rombo multimilionário:

Segundo o promotor de Justiça do Ministério Público do Pará (MPE), Hélio Rubens Pinho Pereira, a fraude ultrapassa R$ 50 milhões. 


Na Câmara, o desvio era feito por meio de contratos administrativos direcionados. 

Os documentos autorizavam o pagamento de uma quantidade grande de mercadorias, mas eram entregues apenas parte desses produtos.

"Essa diferença voltava para os componentes da mesa da Câmara: presidente, vice-presidente, 1° secretário e 2° secretário. 

Isso é em relação à Câmara de Vereadores", detalhou. 

O rombo é considerado multimilionário. 

"Só uma desapropriação feita pela prefeitura de Parauapebas ultrapassa R$ 50 milhões. 

Foram várias desapropriações feitas de forma irregular, então o valor é bem grande, vários milhões de reais".

Na terça-feira (26), três pessoas foram presas na operação: o vereador Odilon Rocha, o empresário Edimar Cavancante; que era contratado e que era o operador de alguns contratos para que o dinheiro voltasse para a Câmara; e o vereador José Arenes (PT), que foi preso por porte de arma. 

 "Quando fizemos a busca na residência dele, nós encontramos armas, por conta disso ele foi preso em flagrante", pontuou Pereira. 

"Nós vamos analisar a documentação apreendida e vamos entrar com as ações cabíveis, para responsabilizar criminal e ou administrativamente", concluiu o promotor.

Investigação.

Odilon é suspeito de receber 50% dos valores superfaturados do empresário que vencia as licitações do período. 


O empresário foi preso acusado de emitir notas fiscais frias e superfaturadas.

A Prefeitura de Parauapebas informou que colabora com as investigações fornecendo informações e que os serviços municipais não foram interrompidos com a operação. 

A Prefeitura informa ainda que os procedimentos referentes à Câmara Municipal são de responsabilidade da mesa diretora do poder legislativo.

Em delação, “Boi de Ouro” dedura fraudes em Parauapebas


 

CORREIO conta com exclusividade bastidores da ação policial e negócios escusos que mancham a política na Capital do Aço.Caderneta na casa do prefeito pode abalar políticos da região.

 

28 de maio de 2015

Considerado “o cara” que fazia as articulações comerciais milionárias com a Prefeitura de Parauapebas e com a Câmara Municipal daquele município, o comerciante Edmar Cavalcante, conhecido popularmente na cidade como “Boi de Ouro”, foi preso durante a Operação Filisteu, desencadeada pelo Ministério Público Estadual (MPE) na última terça-feira, 26, e resolveu “soltar o berro”, tendo como benefício a delação premiada.
 


Fontes do Jornal naquele município e em Belém, consultadas separadamente, revelaram que Boi de Ouro resolveu entregar o esquema enquanto estava preso ainda em Parauapebas e tudo que falou foi gravado e depois encaminhado para um juiz da cidade para homologação.
 
O comerciante disse aos promotores que milhões passaram por sua mão – vindos da Prefeitura e da Câmara Municipal - durante os últimos anos, mas acabou acumulando algumas dívidas e estava sendo cobrado de forma ostensiva nos últimos meses e temia por sua vida.



O depoimento de Edmar Cavalcante foi colhido pelo próprio procurador Nelson Pereira Medrado (chefe do Núcleo de Combate à Corrupção e Improbidade) e, segundo fontes, a delação teria como prêmio responder em liberdade pelos crimes de que é acusado. 


Ele disse como emitia, através de sua empresa, notas fiscais e os nomes de servidores da Câmara que recebiam as referidas notas fiscais de serviços não prestados ou superfaturados na Câmara para posterior pagamento. 

E parte do dinheiro voltava para os legisladores, principalmente para os membros da Mesa Diretora.
 
Uma das ações de improbidade foi investigada pela Prom
otoria de Parauapebas contra a Câmara Municipal por conta de contratos de valores estratosféricos – alguns revelados em primeira mão por este Jornal -, enquanto outra foi instalada em Belém, pelo próprio Nelson Medrado contra o prefeito do município, Valmir Mariano, por conta de desapropriações de áreas de loteamento e licitações bastante questionáveis.


Medrado e equipe foram direto para a casa do prefeito Valmir Mariano no amanhecer do dia. 


Lá, estavam apenas dois seguranças e o próprio gestor, que ficou muito abalado quando foi pego de surpresa saindo de seu quarto.

Abalado, precisou tomar dois comprimidos para pressão alta.
Os agentes da lei estavam em busca de documentos e encontraram mais do que imaginavam. 


Levaram talões de cheque e uma lista de “contribuição” com nomes de políticos da região (inclusive de Marabá) que teriam recebido grana pesada para captar votos na última campanha para ajudar a eleger um candidato governista. 

A relação era extensa e, segundo fonte segura, havia um ex-prefeito de Itupiranga e ao lado de seu nome tinha um valor: R$ 700.000,00 e a quantidade de votos que deveria garimpar para o candidato a deputado: 3.500.
 


De Marabá, um político muito conhecido também constava na lista encontrada na residência do prefeito Valmir Mariano, o qual teria recebido o montante de R$ 60 mil em um mês durante o período da campanha, para garimpar 300 votos em Marabá para o candidato parauapebense, que acabou não sendo eleito.

No total, embaixo da lista, estava o valor de R$ 3,7 milhões para alcançar o total de 15 mil votos.

 
Mas também havia documentos com transferência para vice-prefeito e até para uma pessoa que seria supostamente de um certo tribunal de contas.
  
A caderneta de Valmir Mariano foi embalada no “pacotão” que o procurador Medrado levou para Belém para análise mais minuciosa. 

Também foram encontrados na casa do prefeito muitos mapas de loteamentos da cidade, que também foram recolhidos.
 
Na casa do prefeito, além de documentos, foram apreendidos R$ 10,035, já depositados em juízo e mais R$ 585 mil em cheques na casa do empresário Hamilton Ribeiro, que também é investigado, até que se analise a procedência dos valores.

 
Pouca gente sabe no Pebas que uma das equipes do MPE também esteve na casa da secretária municipal de Habitação, Maquivalda Aguiar Barros, de onde foram recolhidas cerca de 15 caixas com documentos de processos da Prefeitura, o que é proibido por lei.


É que na Secretaria dela poderiam ter explicações sobre um esquema de desapropriação de loteamento que fora amplamente divulgado na cidade.
 
Paralelamente, outra equipe estava na Prefeitura, onde também coletou farto material do processo de licitação que estaria marcado pelas digitais do superfaturamento. 


Mas também foram apreendidos documentos referentes a processos de licitação de merenda escolar e coleta de lixo na cidade. 

Quando saíram de lá, por volta de meio dia, o procurador Medrado foi ovacionado pela população que acompanhava a ação. 

No total, a ação do MP tinha 15 alvos, entre os quais a Secretaria Municipal de Obras e a Câmara Municipal.
 
(Ulisses Pompeu e Luciana Marschall)


Fonte: ctonline





Promotor diz que fraude envolvendo Odilon Rocha passa de R$ 50 milhões

Helio Pinho Pereira detalha a operação Filisteu, realizada em Parauapebas.
Vereador que reclamou de salário foi preso por envolvimento no esquema.

 

Do G1 PA
Vereador Odilon Rocha (Foto: Reprodução/ TV Liberal) 
Odilon Rocha foi preso acusado de integrar fraude multimilionário. (Foto: Reprodução/ TV Liberal)
 
 
O vereador Odilon Rocha (SDD), de Parauapebas, sudeste do estado, preso acusado de integrar esquema de fraude na Prefeitura e Câmara Municipal que teria desviado mais de R$ 50 milhões, chegou a Belém nesta quinta-feira (28), segundo informou ao G1 o promotor de justiça Nelson Medrado.

Odilon, que causou polêmica após um vídeo em que ele diz que o salário do vereador do município é insuficiente para viver de forma honesta no município viralizar na internet. 

A gravação foi feita na sessão do dia 24 de abril. 

"O valor que o vereador ganha aqui, se ele não for corrupto, ele mal se sustenta durante o mês", disse Odilon, que cumpre atualmente seu quinto mandato na Assembleia do município. (veja vídeo abaixo)
 O vereador foi preso na terça-feira (26), acusado de participar de um esquema de fraudes em licitações entre os anos de 2013 e 2014, quando exerceu o cargo de primeiro secretário da câmara do município. 

O caso está sendo investigado pelo MPE e pela Polícia Federal, por meio da operação "Filisteu". 

Além dele, também foram presos o vereador José Arenes (PT) e o empresário Edimar Cavalcante.

Depois de preso, Odilon foi transferido para um hospital particular de Paragominas após alegar problemas de saúde.

Segundo a Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado (Susipe), o vereador será encaminhado para cela coletiva. 

Caso seja apresentado um laudo clínico comprovando problemas de saúde, com a devida autorização judical, ele será encaminhado para a ala de enfermaria da unidade prisional. 

Por ser servidor público, o vereador será encaminhado para o Centro de Recuperação Especial Anastácio das Neves (CRECAN).

O vereador José Arenes (PT) já está detido no CRECAN. 

O empresário Edimar Cavalcante foi transferido para o Presídio Estadual Metropolitano I (PEM I), no Complexo Penitenciário de Marituba.

Rombo multimilionário
O promotor de Justiça do Ministério Público do Pará (MPE), Hélio Rubens Pinho Pereira, afirmou, na quarta-feira (27), que a fraude ultrapassa R$ 50 milhões. 


Na Câmara, o desvio era feito por meio de contratos administrativos direcionados. 

Os documentos autorizavam o pagamento de uma quantidade grande de mercadorias, mas eram entregues apenas parte desses produtos. 

"Essa diferença voltava para os componentes da mesa da Câmara: presidente, vice-presidente, 1° secretário e 2° secretário. 

Isso é em relação à Câmara de Vereadores", detalhou. O rombo é considerado multimilionário. 

"Só uma desapropriação feita pela prefeitura de Parauapebas ultrapassa R$ 50 milhões. 

Foram várias desapropriações feitas de forma irregular, então o valor é bem grande, vários milhões de reais".

Saiba mais:

Na terça-feira (26), três pessoas foram presas na operação: o vereador Odilon Rocha, o empresário Edimar Cavancante; que era contratado e que era o operador de alguns contratos para que o dinheiro voltasse para a Câmara; e o vereador José Arenes (PT), que foi preso por porte de arma.

"Quando fizemos a busca na residência dele, nós encontramos armas, por conta disso ele foi preso em flagrante", pontuou Pereira. 

"Nós vamos analisar a documentação apreendida e vamos entrar com as ações cabíveis, para responsabilizar criminal e ou administrativamente", concluiu o promotor.

Investigação:

Odilon é suspeito de receber 50% dos valores superfaturados do empresário que vencia as licitações do período. 


O empresário foi preso acusado de emitir notas fiscais frias e superfaturadas. 

Pelos cálculos dos promotores de justiça, a fraude pode ultrapassar o valor de R$ 1.300.000.

A Prefeitura de Parauapebas informou que colabora com as investigações fornecendo informações e que os serviços municipais não foram interrompidos com a operação. 

A Prefeitura informa ainda que os procedimentos referentes à Câmara Municipal são de responsabilidade da mesa diretora do poder legistativo.

Justiça Eleitoral apreende R$ 1,2 milhão escondido em avião no Pará

2 de outubro de 2012


Denúncia anônima avisou que a grana seria usada para comprar votos para o candidato petista em Parauapebas

* Atualização 20:10: A manchete publicada anteriormente informava o valor de R$ 4 milhões. 

O jornal atualizou agora há pouco a notícia com o novo valor e retirou a acusação ao candidato do PT, por isso editamos a manchete e postamos aqui o texto atualizado:
SÃO PAULO – Um casal e o piloto de um monomotor que aterrisou nesta terça-feira no aeroporto de Parauapebas, no Pará, foram detidos e conduzidos à Polícia Federal de Marabá pelo juiz eleitoral da 75º Zona Eleitoral de Parauapebas e Canaã dos Carajás, Líbio Moura.
 
Segundo o juiz, os três levavam cerca de R$ 1,130 milhão em dinheiro – em notas de R$ 100, R$ 50 e R$ 20 – que estavam em três mochilas, cada uma delas levada por um dos detidos.

– Fiz a averiguação porque havia recebido denúncia de que chegaria dinheiro vivo para ser usado em campanhas de boca de urna em Parauapebas – disse Moura.

Segundo o juiz, que não citou o nome dos ocupantes do avião, não foi apreendido qualquer tipo de material publicitário que possa ligar os detidos a algum candidato ou político local.

– Os detidos me disseram que estavam prestando um favor, mas não informaram o nome de quem estava recebendo o favor.

Agora, o caso será investigado pela Polícia Federal de Marabá, que deverá ouvi-los – afirmou Moura.

O juiz assinou o termo de condução dos detidos ao PF e também deve prestar depoimento sobre a ação.
Esta era a notícia publicada originalmente n’O Globo:
BELÉM – A Justiça Eleitoral do Pará apreendeu, na manhã desta terça-feira, mais de R$ 4 milhões dentro de uma aeronave que acabara de aterrissar no aeroporto de Parauapebas, no alto da Serra dos Carajás, a 800 km da capital, Belém.

O juiz eleitoral Líbio Araújo Moura recebeu uma denúncia anônima de que o avião chegaria a Parauapebas, transportando um grande volume de dinheiro que seria usado na campanha eleitoral do candidato do PT, José das Dores Couto, o “Coutinho”, apoiado pelo atual prefeito, também do PT, Darci Lermen.

Todo o dinheiro apreendido foi levado para uma agência bancária de Parauapebas para ser depositado em juízo, onde ficará à disposição da Justiça até que seja identificada a sua procedência e consequente destinação.

Questionado sobre os recursos apreendidos, o candidato petista na cidade informou que vai se pronunciar até o fim da tarde. Parauapebas é uma das cidades no Pará que vai receber reforço de tropas federais para garantir a segurança das eleições.

Por telefone, o juiz Líbio Araújo Moura disse que ainda não poderia falar com a imprensa, porque estava fazendo a conferência dos valores dentro da agência bancária.

Parauapebas é uma cidade situada na região sudeste do Pará, com população de 166.342 habitantes.

Concorrem ao cargo de prefeito além de Coutinho, Francisco Alves de Souza (PRP), Antonio José da Silva Filho (PSOL), José Adelson Fernandes Silva (PDT), Rui Hildebrando Alves Santos (PRB) e Walmir Queiróz Mariano (PSD).

A compra de votos é a principal reclamação do eleitor que procura o Disque-Denúncia Eleitoral do Pará.

Segundo o Tribunal Regional Eleitoral, de mil ligações recebidas pelo canal em todo estado, mais de 200 são referentes a compra de voto.

Uma pergunta que não quer calar. 

Qual foi o destino desses quatro milhões de reais apreendido na véspera das eleições municipais de 2012, que até hoje as autoridades paraenses não deram satisfação a sociedade ?


Fonte:  www.implicante.org/

Carajás: em meio à falsa polarização política, o saque das riquezas nacionais e a desvastação ambiental e da memória histórica continuam

Outra mina de ferro a céu aberto é esculpida na floresta tropical do Brasil

DOM PHILLIPS | THE WASHINGTON POST  
 BRAZIL-MINE
O projeto de mineração S11D no Brasil, deverá entrar em funcionamento no próximo ano.  


Serra Sul, Carajás, Brasil – A linha de caminhões e pick up jogam nuvens de poeira vermelha enquanto serpenteiam até a colina no final da estrada de terra. Do alto, a floresta tropical brasileira cobre a distância até onde os olhos podem alcançar.  

Um vasto quadrilátero está sendo esculpido nas encosta por um exército de máquinas,formando uma cicatriz de terra vermelha nas colinas verdes.

 O S11D, como este projeto é conhecido sem a menor cerimônia, é uma mina de minério de ferro a céu aberto que está sendo escavada neste canto da Amazônia brasileira, no estado do Pará.  

A gigante da mineração do Brasil, Vale, diz que a mina foi projetado para causar um mínimo impacto ambiental e  alcançar máxima rentabilidade. É para começar a operar no próximo ano, e em 2018 estará produzindo cerca de 100 milhões de toneladas anuais do mais puro minério de ferro do mundo – uma força vital para a pálida economia  do Brasil.

Mas os ambientalistas argumentam que S11D poderá destruir os raros ecossistemas de cerrado  encontrados em duas lagoas acima das jazidas de minério de ferro. 

Dezenas de cavernas que potencialmente contém elementos de habitações antigas da Amazônia foram perdidas. 

Este grandioso projeto de 17 bilhões dólares projeto é emblemático, um dilema brasileiro muito contemporâneo: é possível o país desenvolver e utilizar seus ricos recursos naturais sem causar danos irreparáveis ao seu meio ambiente e sua história?

“Eu discordo totalmente quando alguém diz que não é possível desenvolver, mantendo preservação e sustentabilidade”, disse Jamil Sebe, diretor de projetos ferrosos da Vale para o norte do Brasil, que está no comando da mina. 

Sebe disse trabalha há um quarto de seus 44 anos no projeto, que emprega técnicas inovadoras de mineração e de engenharia importadas do Canadá e da Austrália para reduzir os impactos e os custos.

“Este é o ano para colocar tudo junto”, disse ele.
O S11D está a apenas 30 km ao sul de maior mina de minério de ferro do mundo, também executado pela Vale na mesma Floresta Nacional de Carajás. As atividades da empresa aqui, que incluem cobre, manganês e ouro, podem afetar 3 %dos 1.591 km2 do parque nacional, tão rico em natureza como ela é em minerais.

 “A Vale quer garimpar tudo. Vai depender dos órgãos ambientais do governo brasileiro para proteger esta área ” disse Frederico Martins, analista ambiental No Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade e gerente da Floresta Nacional de Carajás. “Há um monte de minério de ferro lá.”

 A controvérsia gira em torno duas lagoas situadas a leste de construção atual, mas em cima da jazida de minério de ferro. As agências governamentais negociaram uma zona de exclusão de 546 jardas em torno deles, como proteção – mas isto pode não ser suficiente.

Levou três horas para dirigir em estradas de terra traiçoeiras que cruzam a floresta para chegar a maior, a Lagoa da Guitarra. No caminho, um javali fugiu correndo pela pista, e a o 4 × 4 avançou em torno de uma imensa serpente, e o guia florestal José de Costa parou sob um ninho de gavião-real do tamanho de uma banheira, enquanto a cabeça da ave balançava sobre a sua borda.

A área da Lagoa  da Guitarra é um mundo a parte da densa floresta emaranhada  que existe em torno dele – um ecossistema distinto definido como sendo uma “savana metálica” de rochas escuras e matagal.  Gafanhotos verdes descansavam no sol, enquanto jacarés e tartarugas vagavam através do lago. 

Mais de 40 espécies de plantas – entre eles Ipomoea marabaensis, com uma flor lilás – são encontradas somente aqui nas savanas de Carajás, com o seu ambiente formado pelas próprias rochas, ricas em minério de ferro, que põem em perigo a sua sobrevivência.
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A sujeira vermelha cobre o chão perto da mina da Vale em Carajás. É a maior mina de minério de ferro no mundo, 13 de abril de 2015. Bonnie Jo Mount / The Washington Post


À distância, o zumbido das escavadeiras era audível. No ano passado, os estudantes universitários locais formaram um “SOS” em rochas na beira do lago para protestar contra os danos que dizem o Lago Guitarra sofrerá uma vez a mineração e as explosões diárias envolvidas comecem.
 
“Se ele sobrevive, ele vai perder todo o seu contexto”, disse da Costa, que participou. “Você não vai ter toda esta vida.”

A Vale está discutindo a redução da zona de exclusão com o órgão ambiental do governo brasileiro. Martins disse que qualquer redução seria “comprometer a existência do lago”.
O minério de ferro foi encontrado pela primeira vez em Carajás em 1967 por um geólogo manganês prospecção Brasileira para US Steel. 

Em 1985, a produção começou na Serra Norte, agora a maior mina de minério de ferro do mundo. A cidade de 180.000, Parauapebas, cresceu nas proximidades. A Vale e seus contratados empregam 46.000 pessoas no Pará.

O capitalismo de Estado e proteção ambiental andam de mãos dadas aqui. Em 1998, a reserva da Floresta Nacional de Carajás foi criada tanto para isolar a área da mina de posseiros como protegê-la do desmatamento que devastou tanto  este canto sul da Amazônia.
“Se não fosse para a mineração, isso poderia ter sido pior”, disse Martins. O acesso é controlado pela Vale e pelo Instituto Chico Mendes.

A mina de Serra Norte é um enorme complexo industrial de poços, correias transportadoras e unidades de processamento que estão afundados profundamente na floresta. Tudo é escuro, vermelho oxidado: o metal e a terra. Em uma manhã recente, o gerente de operações da mina Evandro Euzébio estava num mirante com vista para a mais antiga da mina. 

Centenas de metros abaixo dele, caminhões gigantes se arrastavam até as estradas de terra, cada um transportando até 400 das 120 milhões de toneladas de minério de Vale produz há cada ano.
“É o melhor minério de ferro do mundo”, disse Euzébio.

O minério é transportado cerca de 900 km por uma linha férrea até o porto de São Luís, no Maranhão. De lá, os navios de carga levam o produto para a China, que importa metade do que a Vale produz a cada ano. 

A linha ferroviária está sendo duplicada para lidar com a produção da S11D. Os preços do minério de ferro foram reduzidos pela metade para cerca de US $ 55 por tonelada ao longo do último ano, mas a Vale insistiu que o projeto ainda era viável.

“Ninguém rasga dinheiro”, disse o diretor Vale do Norte ferroso, Paulo Horta.
A construção da S11D, com a expansão do porto e  da linha de trem, emprega 30.000 trabalhadores. Quando a mina estiver funcionando, 2600 vão trabalhar lá, com 7.000 no setor de serviços relacionados. Umanova cidade, Canaã dos Carajás, cresceu nas proximidades.

Em vez de os caminhões usados  na Serra Norte, a cinco quilômetros, correias transportadoras vão levantar o minério para fora dos boxes para processar em empresas situadas fora da área da floresta. 

As plantas industriais são feitas de módulos, encaixadas como peças de Lego, uma técnica adotada a partir do exemplo da indústria petrolífera, que exige menos trabalhadores no local. 

Empresas de engenharia alemãs, canadenses e australianas projetaram a maior parte equipamento, mas a maioria foi fabricada na China.  O Brasil possui as matérias-primas, mas não fabrica as máquinas.
A linha do S11D sozinha possui  mais de cinco quilômetros de comprimento.

“É a maior emenda, a maior reserva de que a Vale tem. No futuro, será uma plataforma de crescimento para a empresa “, disse Sebe.
Mas também vai consumir uma parte do passado do Brasil. Arqueólogos dizem que cavernas da região contem pistas para habitações de populações amazônicas que eram desconhecidas até os anos 1980.

Evidências dessas cavernas sugere, que povos nômades viviam na Amazônia até 9.000 anos atrás, cultivando mandioca e açaí.
“Eles conseguiram cultivar a floresta sem derrubá-la”, disse Marcos Magalhães, um arqueólogo do Museu Emílio Goeldi na capital do estado do Pará, Belém, que estudou cavernas na área. “A Amazônia foi o Jardim do Éden.”

Em uma das cavernas acima do lago, cacos de cerâmica estavam espalhados no chão. A partir de fotos, Magalhães disse que estes provavelmente são datados de outra ocupação por grupos indígenas nômades cerca de 500 anos atrás, antes da colonização do Brasil pelos portugueses. A caverna será pesquisada este ano e não está marcada para ser destruição.

Mas de 187 cavernas existentes em Serra Sul, 40 vão sofrer “impacto irreversível”, disse Leanardo Neves, gerente de meio ambiente e sustentabilidade Vale.  Magalhães e sua equipe pesquisaram e removeram artefatos de cinco delas antes que fossem destruídas.

A Vale planeja compensar cada caverna destruída com a proteção de duas cavernas em uma área semelhante, na vizinha Serra da Bocaina. 

A equipe de Magalhães ainda não estudou nenhuma caverna naquela área, mas eles já encontraram vestígios de uma mina pré-histórica perto de Serra Sul, onde rochas foram escavadas para a determinação de grau de pigmentação. “A história da região”, disse ele. “sempre foi mineração.”


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