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quinta-feira, março 02, 2017

Para Planalto, depoimento de Odebrecht ao TSE fragiliza Padilha

Interlocutores do presidente Michel Temer disseram ao Blog que as declarações do empresário Marcelo Odebrecht na ação que pede a cassação da chapa Dilma e Temer complicam a vida do ministro licenciado da Casa Civil.

A avaliação é que a situação de Eliseu Padilha, que já foi abatido por José Yunes na semana passada, piora com a confirmação de que foi o ministro quem negociou com o ex-Odebrecht Claudio Melo diretamente
R$ 10 milhões para o PMDB em 2014.

Isso porque, afirmam peemedebistas, parte desse dinheiro - R$ 6 milhões - teria sido destinado a Paulo Skaf, candidato do PMDB ao governo de São Paulo em 2014. 

E o pagamento, na versão da Odebrecht, foi autorizado por Padilha.

Segundo a Odebrecht, a construtora fez pagamentos de caixa 2 ao marqueteiro de Skaf em 2014- Duda Mendonça- por serviços prestados na campanha.

Diz um dos principais interlocutores de Temer:

"Complica Padilha porque ele negociou com Claudio Melo os R$ 10 milhões e deu ok para o repasse a Skaf".

Padilha está licenciado do governo desde a semana passada para tratar uma questão de saúde.

O afastamento coincidiu com a revelação de um depoimento de Yunes, advogado e amigo de Temer, ao Ministério Público.

Ele disse que serviu de "mula" para receber um envelope a pedido de Padilha em 2014.

O envelope, na versão de Yunes, teria sido entregue por Lúcio Funaro.

Marcelo Odebrecht diz que doou R$ 150 milhões à campanha de Dilma


Do total, R$ 50 milhões foram contrapartida por MP que beneficiou o grupo.
Executivo confirma reunião com Temer, mas diz não ter tratado de valores.


Malu Mazza da RPC

O empresário Marcelo Odebrecht diz ter doado R$ 150 milhões à chapa Dilma-Temer na eleição de 2014 como caixa dois. 

Parte desse valor foi contrapartida pela aprovação da medida provisória do Refis, que beneficiou o grupo. 

O ex-presidente da Odebrecht também confirmou um encontro com Temer para tratar de doações para o PMDB, mas disse não ter discutido valores com o então vice-presidente.

As declarações foram feitas em depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta quarta-feira (1º), na ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer. 

Embora o depoimento seja sigiloso, a TV Globo confirmou o conteúdo das declarações com diversas fontes.

O G1 fez contato com as assessorias do Palácio do Planalto e da ex-presidente Dilma e até a última atualização desta reportagem aguardava os posicionamentos.

Veja os principais pontos das declarações:
- Empresário diz ter pago R$ 150 milhões em caixa 2 à chapa Dilma-Temer em 2014
- Parte do valor foi pago no exterior ao marqueteiro do PT, João Santana, com conhecimento de Dilma.


- R$ 50 milhões foram contrapartida por uma medida provisória de 2009 que beneficiou o grupo, num repasse acertado com o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega
- Empresário confirma que se reuniu com Temer para tratar de doações ao PMDB em 2014, mas nega ter tratado de valores com o então vice-presidente
- As campanhas de Aécio Neves (PSDB), Marina Silva (então no PSB) e Eduardo Campos (PSB) também receberam recursos de caixa 2 da Odebrecht.


A audiência de Marcelo Odebrecht ocorreu na tarde de quarta-feira (1º) na sede do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), em Curitiba, e terminou por volta das 18h30. 

O conteúdo do depoimento será mantido sob sigilo.

O empresário, que está preso na carceram da PF em Curitiba, foi ouvido como testemunha nas ações que tramitam no tribunal pedindo a cassação da chapa Dilma-Temer suposto abuso de poder político e econômico na eleição presidencial de 2014.

Depoimento

Marcelo Odebrecht afirmou que parte dos R$ 150 milhões repassados à chapa Dilma-Temer em 2014 foi paga no exterior a João Santana, marqueteiro do PT, com conhecimento de Dilma.


Saiba mais:

O executivo não precisou quanto dos R$ 150 milhões repassados à campanha era propina, mas afirmou que R$ 50 milhões foram uma contrapartida pela aprovação da medida provisória 470/2009, conhecida como MP do Refis. 

Esse acerto foi feito com o ex-ministro Guido Mantega, segundo Odebrecht. 

O G1 tenta contato com a defesa de Mantega.

O empresário confirmou ter participado de um jantar com o então vice-presidente Michel Temer em 2014, onde tratou de doações para o PMDB. 

Odebrecht, entretanto, disse não ter tratado de valores com Temer, e que acredita que os valores foram discutidos entre o ex-vice-presidente de Relações Institucionais da empreiteira Claudio Mello Filho e o atual ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha.

Em delação, Mello Filho relatou ao Ministério Público Federal (MPF) que o presidente Michel Temer pediu R$ 10 milhões a Marcelo Odebrecht. 

O acerto, segundo o ex-executivo, foi feito em um jantar em 2014 do qual participaram ele, Odebrecht, Temer e Padilha.

Parte do valor destinado ao PMDB, diz Mello Filho, foi repassado via Padilha no escritório de José Yunes, ex-assessor de Temer. 

Yunes confirma ter recebido um "pacote" do qual desconhece o conteúdo, e alega ter sido uma "mula involuntária" de Padilha.

Quando a delação de Mello Filho veio à tona, em dezembro do ano passado, o Palácio do Planalto disse que Temer "repudia com veemência" as afirmações de Mello Filho, e que todas as doações da Odebrecht ao PMDB foram declaradas ao TSE. 

"Não houve caixa 2, nem entrega em dinheiro a pedido do presidente", informou o Palácio, em nota, na ocasião.

Marcelo Odebrecht afirmou ainda à Justiça Eleitoral que a empreiteira também doou dinheiro de caixa 2 para Aécio Neves (PSDB), Marina Silva (então no PSB) e Eduardo Campos (PSB), que participaram da campanha presidencial de 2014.

O G1 entrou em contato com a assessoria de Aécio Nevese até a última atuailzação desta reportagem aguardava um posicionamento. 

A reportagem também tenta contato com a família de Eduardo Campos,  com o PSB e com a assessoria de Marina Silva.
Marcelo Odebrecht chega ao tribunal eleitoral do PR para depor, na quarta (Foto: Ana Zimmerman/RPC)
 


Novos depoimentos

A determinação do TSE para que Marcelo Odebrecht fosse ouvido é do dia 22 de fevereiro. 


Para o ministro, pelo que foi narrado das colaborações premiadas da Odebrecht, o empreiteiro pode ajudar com informações relevantes para as ações apresentadas pelo PSDB, nas quais o partido aponta uma série de irregularidades, entre elas o financiamento ilegal por empresas investigadas na Operação Lava Jato.

Outros dois executivos ligados a Odebrecht, que fecharam acordo de delação premiada, também prestarão depoimento na mesma ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer. 

Inicialmente eles seriam ouvidos no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, nesta quinta (2), mas os depoimentos foram adiados para segunda-feira (6).

São eles: Cláudio Melo Filho, ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht, e o ex-dirigente da empresa Alexandrino de Salles Ramos. 

O depoimento deles estava marcado para quarta-feira, mas, foi remarcado.

Marcelo Odebrecht na Lava Jato

Marcelo Odebrecht  foi preso na 14 fase da Operação Lava Jato, em junho de 2015. 


O empreiteiro foi condenado a 19 anos e quatro meses de prisão por envolvimento no esquema de corrupção descoberto na Petrobras pela Lava Jato. 

Além disso, Marcelo Odebrecht responde a outras três ações penais oriundas da Operação Lava Jato, na Justiça Federal do Paraná.

Alexandrino de Salles Ramos de Alencar também já foi condenado pela Lava Jato, por lavagem de dinheiro e corrupção ativa. 

Assim como Marcelo Odebrecht, ele foi preso na 14ª etapa da operação, mas deixou a cadeia meses depois por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).

Cláudio Melo Filho chegou a ser investigado na Lava Jato, sendo alvo de condução coercititva – quando a pessoa é obrigada a prestar depoimento  – , mas não responde a nenhum processo.

Delações homologadas.

A presidente do STF, a ministra Cármen Lúcia, homologou as 77 delações de executivos e ex-executivos da construtora Odebrecht no dia 30 de janeiro.


Com a decisão da ministra, o material foi encaminhado para a Procuradoria-Geral da República (PGR), que vai analisar os documentos para decidir sobre quais pontos irá pedir abertura de investigação.

segunda-feira, fevereiro 27, 2017

Abu al-Khayr al-Masri, genro de bin Laden e liderança da Al-Qaeda, morre em ataque de drone, dizem jihadistas

Imagem de carro perfurado pelo teto foi divulgada nas redes sociais.


 Abu al-Khayr al-Masri, genro de Osama bin Laden e um dos mais altos comandantes da Al-Qaeda na atualidade, foi morto num ataque de drone americano no noroeste da Síria, disseram líderes jihadistas.

Ele teve seu carro atingido no domingo (26) numa estrada em Idlib, segundo relatos locais. 

Uma foto do carro foi divulgada nas redes sociais e identificada como sendo o de al-Masri pelo especialista do Middle East Institute, Charles Lister.

Rita Katz, chefe do SITE Intel Group, organização que monitora a atividade jihadista pelo mundo, também confirmou a morte do líder.

Na segunda-feira, o Pentágono informou que havia realizado um ataque no noroeste da Síria, mas não disse a quem atacou. 

Depois, a Jabhat Fatah al-Sham, a Al-Qaeda da Síria, admitiu a morte, assim como o fizeram diferentes lideranças jihadistas, segundo o jornal "The Guardian. 

O governo americano considerava que al-Masri, de 59 anos, tinha ligação com os ataques de 1998 às embaixadas dos EUA na Tanzânia e no Quênia em que mais de 200 pessoas, na maior parte civis, morreram. 

Al- Masri também era próximo do líder egípcio da Al-Qaeda Ayman al-Zawahiri.

Hisham al-Hashimi, escritor especializado em grupos islâmicos baseado em Bagdá, disse ao "The Guardian" que a morte de Masri é um sério golpe para a Al-Qaeda. 

"Sua morte não é menos significativa do que a de Bin Laden [morto pelos EUA no Paquistão em maio de 2011]", disse Hashimi. 

"Ele era o líder ideológico do grupo no Iraque, Síria e Iêmen, e o número dois na organização em geral".

 

Homem suspeito de matar ex-mulher é agredido por vizinhos e preso na PB

Suspeito foi encontrado espancado pela polícia e socorrido pelo Samu.
Homicídio foi registrado na comunidade do Timbó, em João Pessoa. 

 

Do G1 PB
Suspeito de assassinar ex mulher a facadas é atendido após ser linchado pela população (Foto: Walter Paparazzo/G1)Suspeito de assassinar ex mulher a facadas é atendido após ser linchado pela população (Foto: Walter Paparazzo/G1)


Um homem foi preso na noite de domingo (26) suspeito de matar a ex-mulher a facadas na comunidade do Timbó, no bairro dos Bancários em João Pessoa

De acordo com a Polícia Militar, o suspeito foi espancado por moradores da comunidade. 

A polícia acionou o Samu, que prestou socorro. 

O homem foi encaminhado para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa sob custódia.

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Ainda de acordo com a polícia, o suspeito foi encontrado caído em um campo de futebol com ferimentos na cabeça. 

Segundo relatos de vizinhos repassados à polícia, a mulher sofria ameaças desde o fim do relacionamento com o suspeito. 

De acordo com informações da Polícia Militar, o suspeito trabalhava como agente de coleta de material reciclável.

O suspeito de esfaquear a vítima foi levado ao Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, onde segue internado na manhã desta segunda-feira (27) em estado regular de saúde.

Homem foi encontrado espancado em campo de futebol em comunidade de João Pessoa (Foto: Walter Paparazzo/G1)Homem foi encontrado espancado em campo de futebol em comunidade de João Pessoa (Foto: Walter Paparazzo/G1

Rapaz mata sogro por não aceitar fim de namoro em Arujá, diz polícia

O suspeito e o irmão, que deu carona para crime, foram presos.
Motorista de 41 anos foi morto na calçada em frente a sua casa.

 

Do G1 Mogi das Cruzes e Suzano

Dois irmãos, de 20 e 23 anos, foram presos na noite de domingo (26) após o assassinato de Francisco José do Nascimento, de 41 anos. 

Segundo a polícia, o motorista foi baleado na cabeça pelo irmão mais novo, que não aceitava o fim do namoro com a filha da vítima, na frente da sua casa, no bairro Barreto. 

De acordo com testemunhas, o rapaz acreditava que o sogro era o culpado pelo rompimento. 

O homem chegou a ser socorrido para o Pronto Socorro de Arujá e foi transferido para o Hospital Luzia de Pinho Melo, em Mogi das Cruzes, mas não resistiu.

 
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Uma testemunha que tinha chegado à casa da vítima para um churrasco disse que estava no portão da casa, esperando para entrar, quando o rapaz de 20 anos desceu de um carro preto, estacionado na esquina, e disse que queria falar com Francisco. 

A vítima, ainda segundo a testemunha, gritou que pegaria o controle para abrir o portão. 

A testemunha entrou e o motorista ficou do lado de fora, com o suspeito. 

A testemunha contou que ouviu gritos dos dois e um disparo. 

O atirador então deixou a vítima caída, entrou no carro onde outra pessoa o esperava e os dois saíram sem prestar socorro. 

Uma filha da vítima viu o crime da janela da casa.

Testemunhas ainda relataram que mais cedo o suspeito já havia ido à casa da família e discutido com a vítima.

Buscas

Quando a Polícia Militar chegou à casa, encontrou Francisco caído com um ferimento na cabeça e várias pessoas tentavam ajudá-lo. 


Francisco foi socorrido por uma ambulância e as testemunhas contaram quem tinha atirado contra o motorista e descreveram o carro usado no crime.

Os policiais passaram a fazer buscas e encontraram o veículo no Jardim Via Dutra, onde mora o irmão do suspeito. 

Segundo o boletim de ocorrência, primeiro ele disse que não sabia onde o irmão estava e que o tinha visto apenas de manhã. 

A mulher dele, porém, contou para a PM que o cunhado havia ido até a casa do casal e pedido para o irmão levá-lo a um lugar. 

O marido, segundo ela, tinha acabado de chegar.

Foi só então, que após dar várias versões, o irmão mais velho contou que o mais jovem tinha pedido que ele o levasse até a casa da namorada para conversar com o sogro. 

Ele disse que estacionou perto da casa e o irmão desceu, atirou e voltou para o carro. 

O mais velho ainda contou que perguntou o motivo, mas não recebeu resposta. 

Ele alegou para a polícia que não sabia que o irmão estava armado até o momento do disparo. 

Os policiais então deram voz de prisão e levaram o suspeito para a delegacia junto com o carro usado no crime.

Enquanto o boletim de ocorrência do caso era registrado, o irmão mais jovem se apresentou na delegacia e, segundo a polícia, confessou o crime. 

Para a Polícia Civil, ele fez isso na tentativa de melhorar a situação do irmão. 

Ele disse que jogou a arma no Córrego Baquirivu. 

 Policiais fizeram buscas ao longo do curso d´água e não localizaram o revólver.

Os dois irmãos foram mantidos presos e foram encaminhados para a carceragem do 1º DP de Guarulhos. 

“A mera alegação de que desconhecia que seu irmão iria cometer aquele ato não diminui as consequências do crime e ainda proporcionou a fuga do criminoso, tentando inclusive dissimular a ação dos policiais para prendê-lo. 

Quem concorre de qualquer forma para o crime dele se torna parte como co-autor”, considerou a Polícia Civil para manter a prisão do irmão mais velho.

O caso foi registrado como homicídio com agravantes de “motivo fútil” e “traição ou mediante dissimulação ou outro recurso”.

O dois não apresentaram advogado e o caso será encaminhado à Defensoria Pública.

Pai morre ao tentar salvar filho que se afogava em rio; tio resgatou a criança

Fabrício Correia Pereira, 34, tentou salvar filho de 4 anos, dizem bombeiros.
Homem foi achado por mergulhadores às 8h de domingo (26) no RJ.

 

Paulo Henrique Cardoso Do G1 Norte Fluminense
Pai morreu ao tentar salvar o filho no Rio Itabapoana (Foto: Internauta) 
Pai morreu ao tentar salvar o filho no Rio Itabapoana (Foto: Internauta)


Um homem morreu ao tentar salvar o filho, que se afogava no rio Itabapoana neste sábado (25). 

O tio da criança conseguiu resgatar o menino de 4 anos, mas o homem submergiu; o corpo de Fabrício Correia Pereira, de 34 anos, foi encontrado no domingo (26) por mergulhadores do Corpo de Bombeiros no mesmo ponto onde submergiu, em Bom Jesus de Itabapoana, no Norte Fluminense.

saiba mais

Segundo os bombeiros, o menino começou a se afogar ao entrar no rio, na altura da Ponte Carabuçu, próximo à divisa com o Espírito Santo. 

O pai tentou salvar a criança, mas submergiu. 

O corpo, encontrado às 8h pela equipe de bombeiros do 5º Grupamento, de Campos, foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Campos.

Em nota, o Corpo de Bombeiros informou que as pessoas devem ficar atentas aos perigos de mergulhar em locais pouco conhecidos. 

Os bombeiros orientam a evitar o banho em rio, saltar em lagos ou lagoas que aparentam ter pedras. Em caso de acidente, o grupamento deve ser acionado imediatamente pelo telefone 193.

quinta-feira, fevereiro 23, 2017

Senadores estão entre beneficiários de US$ 40 milhões em propina, diz MPF


Foram expedidos dois mandados de prisão, mas alvos estão no exterior.
Investigação aponta pagamento de propinas a agentes públicos e políticos.

Alana Fonseca e Vitor Sorano Do G1 PR e do G1 SP

A 38ª fase da Operação Lava Jato, que tem como alvos dois operadores financeiros ligados ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), apura o pagamento de US$ 40 milhões de propinas durante 10 anos. 

Segundo as investigações, entre os beneficiários, há senadores e outros políticos, além de diretores e gerentes da Petrobras.

Os operadores financeiros investigados nesta fase da operação, deflagrada na manhã desta quinta-feira (23), são Jorge Antônio da Silva Luz e o filho dele, Bruno Gonçalvez Luz. 

Em referência ao sobrenome deles, a nova etapa foi batizada de "Blackout", que significa "apagão" em inglês.

A suspeita é a de que pai e filho tenham atuado em pelo menos cinco episódios. 

Conforme o Ministério Público Federal (MPF), os dois faziam o meio-de-campo entre quem queria pagar e quem queria receber propina envolvendo contratos com a Petrobras

Para tanto, utilizavam contas no exterior, como na Suíça e nas Bahamas.

Ainda de acordo com o MPF, os operadores atuavam, principalmente, na Área Internacional da Petrobras, que tem indicação política do PMDB

No entanto, em um dado momento, ambos passaram a solicitar propina para o PMDB também na diretoria de Abastecimento, setor de atuação do Partido Progressista (PP).

Além disso, ainda segundo informações do MPF, os operadores também atuaram na diretoria de Serviços, que era área do Partido dos Trabalhadores (PT).

Em nota, o PMDB informou que os operadores "não têm relação com o partido e nunca foram autorizados a falar em nome do PMDB".

Ainda em liberdade

A Justiça Federal determinou, então, a prisão preventiva de pai e filho, mas, de acordo com o delegado da Polícia Federal (PF) Maurício Moscardi Grillo, eles estão nos Estados Unidos – Bruno, desde agosto de 2016 e Jorge, desde janeiro.


Sendo assim, os nomes de Jorge e de Bruno foram incluídos na Difusão Vermelha da Interpol. 

Eles já são considerados foragidos internacionais. 

A PF, agora, entra em contato com autoridades estrangeiras para que os dois retornem ao Brasil espontaneamente ou por meio de processo de extradição. 

Bruno tem cidadania portuguesa.

Conforme o procurador da República Diogo Castor de Mattos, Jorge atuava como lobista na Petrobras desde a década de 1980. 

As investigações, entretanto, foram restringidas às atividades do operador na estatal nos últimos 10 anos, período em que houve o repasse dos US$ 40 milhões.

"São pessoas que ainda estão no cargo gozando de foro privilegiado. 

Senadores, principalmente", disse Mattos sobre os beneficiários, sem dar nomes. 

Porém, confirmou o pagamento de propina para políticos e para o PMDB.

"Às vezes, nem os próprios colaboradores sabem quem são esses agentes. 

Sabem que foi destinado tanto para a bancada de Senado do partido e que era representado por um determinado senador, que daí, em tese, seria esse senador que distribuiria entre os outros políticos", explicou.

A princípio, os recursos desviados eram para enriquecimento pessoal dos beneficiários e não para caixa 2, acrescentou Mattos. 

"Se eles também usaram o dinheiro para arcar com algum gasto de campanha não declarado, isso é um aprofundamento investigativo que ficará a cargo das instâncias competentes", afirmou.

Pai e filho podem responder pelos crimes de corrupção, fraude em licitações, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e outros. 

A Justiça Federal já decretou o bloqueio de até R$ 50 milhões da conta de cada um.

Embora não tenham sido cumpridos os dois mandados de prisão preventiva, a PF cumpriu todos os 16 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro.

Desistência

No despacho em que autorizou o cumprimento dos mandados da atual fase, o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, também tinha acatado o pedido do MPF para prender preventivamente Apolo Santana Vieira.


No entanto, acabou revogando a decisão em vista da informação de que o investigado estaria em tratativas para um acordo de colaboração premiada junto ao MPF. 

"Revogo a decisão do evento 4 no que se refere à prisão preventiva dele e à busca e apreensão em seu endereço. 

Recolham-se os mandados", disse.

Um documento da Operação Turbulência, anexado ao processo eletrônico da Justiça Federal do Paraná, relata que Santana era um dos donos do avião Cessna Citation, prefixo PR-AFA, que caiu em agosto de 2014 em Santos (SP), vitimando o então candidato à Presidência da República e ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos.

Delações

Os mandados protocolados pela força-tarefa tiveram como base principal os depoimentos de colaborações premiadas reforçados pela apresentação de informações documentais, além de provas levantadas por intermédio de cooperação jurídica internacional.


Em seu primeiro depoimento na condição de delator da Lava Jato, o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró afirmou ao juiz Sérgio Moro que o senador Renan Calheiros, do PMDB, recebeu propina de dinheiro desviado da Petrobras através de Jorge Luz.

“O Jorge Luz era um operador dos muitos que atuam na Petrobras. 

Eu conheci o Jorge Luz, inclusive nós trabalhamos, também faz parte de uma propina que eu recebi, que faz parte da minha colaboração na Argentina. 

E foi o operador que pagou os US$ 6 milhões, da comissão. 

Da propina da sonda Petrobras 10.000, foi o Jorge Luz encarregado de pagar ao senador Renan Calheiros...”, disse Cerveró.

Cerveró disse ainda que esteve com Jorge em um jantar na casa do senador Jader Barbalho (PMDB-PA). 

Também teriam participado do jantar o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e Sergio Machado, ex-presidente da Transpetro.

Segundo ele, Jorge afirmou que as diretorias de Abastecimento e Internacional eram bons "filões" para conseguir recursos para campanhas eleitorais de 2006, e que no jantar ficou acertado um repasse de US$ 6 milhões para o PMDB.

O delator disse ter certeza de que o dinheiro chegou aos políticos porque, depois do 2º turno, teria ocorrido uma outro jantar com Renan e Jader, que teria agradecido. 

Ao Jornal Hoje, Barbalho negou que os jantares aconteceram.

Outro delator da Lava Jato que afirmou ter negociado pagamento de propina com Jorge Luz foi Milton Schahin. 

Ele disse a Moro, em abril do ano passado, que o Grupo Schahin pagou US$ 2,5 milhões para fechar contrato de operação do navio sonda Vitória 10.000.

Segundo ele, o dinheiro serviu para quitar uma dívida de R$ 12 milhões do pecuarista José Carlos Bumlai com o próprio Banco Schahin. O empréstimo, segundo Bumlai, tinha por objetivo pagar dívidas de campanha do PT.

Milton Schahin admitiu que concordou em pagar US$ 2,5 milhões para concretizar o negócio, e que Luz lhe forneceu os dados bancários. 

O operador tinha dito ao empresário que mesmo a propina servindo para pagar o empréstimo de Bumlai, era preciso que o dinheiro fosse pago para que a negociação se concretizasse.

O que dizem as defesas

Em nota, a assessoria de Renan Calheiros disse que ele nega irregularidade. 


Veja a íntegra da nota abaixo:

"O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) reafirma que a chance de se encontrar qualquer irregularidade em suas contas pessoais ou eleitorais é igual a zero. 

O senador reitera ainda que todas as suas relações com empresas, diretores ou outros investigados não ultrapassaram os limites institucionais. 

Embora conheça a pessoa mencionada no noticiário, não o vê há 25 anos e que não possui nenhum operador".

Temer avisa a aliados que escolheu Serraglio para o Ministério da Justiça

O presidente Michel Temer avisou aos principais aliados que escolheu o nome do deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) para o Ministério da Justiça.

O Palácio do Planalto quer anunciar o nome do peemedebista no fim do dia junto com a troca da liderança do governo na Câmara.

Mais cedo, Serraglio disse ao blog que a bancada do PMDB se "uniu" e entendeu que o seu nome atende a um perfil técnico e político para o Ministério da Justiça.

Ele disse que ainda não tinha a confirmação sobre a escolha do presidente para a vaga, mas afirmou ter o apoio da bancada.

Perguntado sobre a Operação Lava Jato, ele repetiu a frase do ex-ministro do STF Carlos Velloso, que chegou a ser convidado mas recusou o posto:

"Ela é intocável. 

É uma questão judicial", disse.

Questionado ainda sobre se, caso venha a assumir a pasta, aguentaria a pressão do seu partido, mesmo com diversos peemedebistas na mira da operação, respondeu:

"Fui relator do mensalão. 

Você tem dimensão do que é pressão? 

Cada um vai precisar responder sobre seus atos", disse ele ao blog.

Moro decreta bloqueio de até R$ 50 milhões em contas de operadores


Jorge Luz e Bruno Luz foram alvos de mandados de prisão da Lava Jato.
Dupla está nos EUA e foi incluída na lista de procurados da Interpol. 

 

Adriana Justi Do G1 PR

O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância, decretou o bloqueio nas contas bancárias dos operadores ligados ao PMDB Jorge Luz e o filho dele Bruno Luz de até R$ 50 milhões. 

O valor do bloqueio é para cada um dos investigados.

Os dois são alvo da 38ª fase da Lava Jato, deflagrada nesta quinta (23), no Rio de Janeiro, e estão nos Estados Unidos. 

A dupla está na lista de procurados da Interpol, a chamada Difusão Vermelha.

A mesma medida de bloqueio também é válida para dezenas de empresas citadas na atual fase da operação. 

A decisão está no despacho em que Moro autorizou o cumprimento dos mandados judiciais.

"Considerando os indícios do envolvimento dos investigados em vários episódios de intermediação de propina e de lavagem de dinheiro,  resolvo decretar o bloqueio das contas dos investigados até o montante de cinquenta milhões de reais", disse o juiz.

O procurador da República Diogo Castor de Mattos disse em entrevista coletiva que a a PF vai entrar em contato com autoridades estrangeiras para que Jorge e Bruno voltem ao Brasil espontaneamente ou por meio de processo de extradição. 

Bruno tem cidadania portuguesa.

Saiba mais:

A operação foi batizada de Blackout e também teve 16 mandados de busca e apreensão expedidos. 

O nome da operação é uma referência ao sobrenome dos dois operadores.


A Operação Blackout apura o pagamento de US$ 40 milhões de propinas ao longo de dez anos. 

Entre os beneficiários estão senadores, outros políticos e diretores da Petrobras, segundo o Ministério Público Federal (MPF).

Investigações

De acordo com as investigações, os operadores foram identificados como facilitadores na movimentação de recursos indevidos pagos a integrantes das diretorias da Petrobras. 


A dupla também é suspeita de utilizar contas no exterior para fazer repasse de propinas a agentes públicos, segundo o Ministério Público Federal (MPF).

Pai e filho são investigados pelos crimes de corrupção, fraude em licitações, evasão de divisas, lavagem de dinheiro dentre outros, ainda de acordo com a PF.

Os mandados protocolados pela força-tarefa tiveram como base principal os depoimentos de colaborações premiadas reforçados pela apresentação de informações documentais, além de provas levantadas por intermédio de cooperação jurídica internacional.

Entre os contratos da diretoria Internacional, os alvos são suspeitos de intermediar propinas na compra dos navios-sonda Petrobras 10.000 e Vitória 10.000; na operação do navio sonda Vitoria 10.000 e na venda, pela Petrobras, da Transener para a empresa Eletroengenharia", disse o MPF.

Para realização dos pagamentos de propina de forma dissimulada, a dupla utilizava contas de empresas offshores na Suiça e nas Bahamas, ainda de acordo com o MPF.

Cerveró diz que recebeu propina através de Jorge Luz
Em seu primeiro depoimento na condição de delator da Lava Jato, o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró afirmou ao juiz Sérgio Moro que o senador Renan Calheiros, do PMDB, recebeu propina de dinheiro desviado da Petrobras através de Jorge Luz.


“O Jorge Luz era um operador dos muitos que atuam na Petrobras. 

Eu conheci o Jorge Luz, inclusive nós trabalhamos, também faz parte de uma propina que eu recebi, que faz parte da minha colaboração na Argentina. 

E foi o operador que pagou os US$ 6 milhões, da comissão. 

Da propina da sonda Petrobras 10.000, foi o Jorge Luz encarregado de pagar ao senador Renan Calheiros...”, disse Cerveró.

O que dizem as defesas
Em nota, a assessoria de Renan Calheiros disse que ele nega irregularidade.


"O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) reafirma que a chance de se encontrar qualquer irregularidade em suas contas pessoais ou eleitorais é igual a zero. 

O senador reitera ainda que todas as suas relações com empresas, diretores ou outros investigados não ultrapassaram os limites institucionais. 

Embora conheça a pessoa mencionada no noticiário, não o vê há 25 anos e que não possui nenhum operador", diz a nota.

Também por meio de nota, o PMDB informou que os operadores "não têm relação com o partido e nunca foram autorizados a falar em nome do PMDB".

Pastor Davi Passamani abriu novo local de culto em fevereiro após renunciar cargo em igreja depois de investigações de crimes sexuais Polícia Civil disse que prisão preventiva foi necessária porque pastor cometeu crimes usando cargo religioso.

Advogado alegou que prisão do pastor faz parte de ‘conspirações para destruir sua imagem’. Por Thauany Melo, g1 Goiás 07/04/2024 04h00.    P...