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quinta-feira, abril 19, 2018

CPIs 'engavetadas' na Alerj já suspeitavam de denúncias da Lava Jato há 15 anos

  Resultado de imagem para assembleia do Rio de Janeiro

Oposição diz que Assembleia blindou investigações: 'Evidentemente, PMDB na Assembleia protegia PMDB no Executivo', diz ex-deputado estadual Molon. Dentre os temas: Maracanã e Saúde.


Por Gabriel Barreira, G1 Rio
Dez CPIs que suspeitavam crimes da Lava Jato são engavetadas
Dez CPIs que suspeitavam crimes da Lava Jato são engavetadas.
 
 (Foto: Editoria de Arte/G1) 
 
(Foto: Editoria de Arte/G1).
 
Favorecimento às empresas de transporte público
 
Superfaturamento em obras do Maracanã. Acordos espúrios entre autoridades e empresários. 
 
Todas essas denúncias, vindas à tona com investigações da Lava Jato no Rio a partir de 2016, não são novas. 
 
Um levantamento exclusivo feito pelo G1 mostra que dez denúncias confirmadas pela força-tarefa já pairavam sobre o governo há 15 anos. 
 
Todas elas foram alvo de pedidos de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), onde deputados da oposição dizem que foram "engavetadas". 
 
Foram solicitadas investigações sobre a crise na Saúde, quentinhas superfaturadas, desvios nos transportes, obras do Maracanã e Pan-Americano, negócios com o empresário Eike Batista e com a empreiteira Delta, viagens do ex-governador Sérgio Cabral e sobre a Fecomércio. 
 
Todas elas, transformadas, anos depois, em investigações ou denúncias do Ministério Público Federal (MPF). 
 
Em uma das operações mais recentes da força-tarefa no Rio, o MPF aponta que os dois últimos presidentes da Casa — Jorge Picciani e Paulo Melo, ambos do MDB, antigo PMDB — formaram uma organização criminosa com Sérgio Cabral, do mesmo partido. 
 
Parlamentares, por sua vez, afirmam que, à frente da Assembleia, eles "sentaram" sobre os pedidos de CPIs a fim de preservar o ex-governador. 
 
É a opinião de Alessandro Molon (PSB), ex-deputado estadual, por exemplo. Atualmente, ele ocupa uma cadeira no Câmara dos Deputados.
"Evidentemente, o PMDB na Alerj protegia o PMDB no Executivo. Era um grupo só. 
A presidência da Alerj e os órgãos da Alerj eram usados para blindar o PMDB no Executivo, que desviava dinheiro do Estado e levou o Estado do Rio à falência" , opina.
"Crise esta provocada também por essa corrupção desenfreada e muito tempo acobertada pela Alerj", conclui Molon. 
 
O G1 entrou em contato com o escritório de advocacia de Jorge Picciani, mas não obteve resposta. 
 
A assessoria de imprensa de Paulo Melo informou que, enquanto presidente, ele cumpriu com seus deveres. 
 
"Muitas ações, tal como a da instalação de uma CPI, por exemplo, não são única e exclusivamente de responsabilidade da presidência. Cabe, também, à Mesa Diretora decidir se dará ou não continuidade".

Como uma CPI é criada?

  1. Projeto de resolução: A proposta é votada no plenário, composto por 70 deputados. A aprovação é pormaioria simples.
  2. Assinaturas: O requerimento é apresentado em um documento por escrito, onde os deputados devem colocar suas assinaturas. Basta que 1/3 deles (ou seja, 24 ) aprove.
Caso não haja 7 CPIs em andamento, a investigação deveria começar automaticamente. O problema, diz a oposição, é que as CPIs sequer saíam do papel.
"O que o [então presidente, hoje preso] Paulo Melo fazia era o seguinte: ele nem publicava a CPI no Diário Oficial, depois da aprovação", diz Clarissa Garotinho (PRB).
"Havia votos suficientes, e o regimento determina a publicação no Diário Oficial confirmando que foi aprovada. Depois, são escolhidos os membros pela Mesa Diretora e marcada a primeira reunião. Mas como a publicação não acontecia, não começava", relembra a ex-deputada estadual.

'Jogo dos sete erros'

Em nota, a Alerj diz que cabe ao presidente avaliar se todos os requisitos foram preenchidos para publicar. 
 
No caso da CPI do Maracanã, diz, já havia 7 CPIs em processo de instalação. 
 
A oposição rebate e afirma que comissões menos polêmicas foram publicadas às pressas. 
 
"Outro caso ocorrido no atual mandato foi o pedido de CPI sobre a Saúde, protocolado como projeto de resolução e por requerimento em fevereiro de 2016. 
 
Na ocasião, a presidência entendeu que o objeto não estava devidamente caracterizado, além de já estar ocorrendo ao mesmo tempo uma auditoria na saúde feita pelas comissões de Tributação e Orçamento da Casa", diz a Alerj. 
 
Uma artimanha utilizada pelos governistas, segundo deputados ouvidos pelo G1, é semelhante a um "jogo dos sete erros". 
 
Funciona assim: as assinaturas são recolhidas diante da pressão pública em meio aos escândalos políticos. 
 
No dia seguinte, as rubricas são apagadas com corretor líquido até que o número de assinaturas seja insuficiente.
 
Recentemente, a Justiça derrubou este método. Na CPI dos Transportes, iniciada em 2018, o pedido obteve assinaturas suficientes, mas seis deputados voltaram atrás e rasuraram seus nomes. 
 
O Tribunal de Justiça, no entanto, entendeu que a retirada de assinaturas era ilegal. 
 
 O G1 pediu posicionamento aos seis parlamentares em questão, mas obteve resposta apenas de um: Zaqueu Teixeira (PSD).
 
"A retirada da assinatura da CPI dos Transportes, à época, foi intempestiva, mas na sequência a Justiça a validou, o que significa que se eu não fosse um dos que assinaram a CPI, ela não estaria instalada e em pleno funcionamento. 
 
Como disse na ocasião, acredito que a CPI seja excelente instrumento para apurar irregularidades quando não há qualquer procedimento investigativo em curso, mas a Justiça já estava agindo, havia apreensões de documentos e equipamentos, já havia presos e as ações investigativas estavam em curso e havia denunciados, então a CPI não faria melhor que isso", justificou Zaqueu.
CPIs 'engavetadas' na Alerj denunciam suspeitas reiteradas pela Lava Jato há 15 anos (Foto: Editoria de Arte/G1) 
 
CPIs 'engavetadas' na Alerj denunciam suspeitas reiteradas pela Lava Jato há 15 anos (Foto: Editoria de Arte/G1)

Investigações: o que diz o MPF na Lava Jato

1. Saúde
  • Delator, Cesar Romero admite cobrança de propina no Into e na Saúde desde 2002
  • Remédios comprados tinham 10% de propina embutidos no valor
  • Grupo chefiado pelo secretário Sérgio Côrtes desviou até R$ 300 milhões
2. Quentinhas
  • Propinas pagas entre 2007 e 2016; mesadas continuaram após renúncia de Cabral
  • Marco Antônio de Luca, do ramo de alimentação, pagou R$ 16,7 milhões em propina a Cabral
  • Empresário participou da Farra dos Guardanapos
3. Transportes
  • Em troca de propina, deputados favoreciam empresas de ônibus na Alerj
  • Fetranspor pagou R$ 131 milhões a Jorge Picciani e Paulo Melo
  • Desvio chegou a R$ 500 milhões e começou na décadade 1990
4. Concentração de Terceirizações:
  • Empresário apelidado de Rei Arthur, ligado à Facility, recebeu R$ 3 bilhões na Era Cabral
  • Rei Arthur é suspeito de pagar propina para ‘comprar’ Rio-2016
  • Facility é suspeita de ganhar licitações fraudadas em várias pastas
5. Maracanã
6. Negócios com Eike Batista
  • Eike é acusado de pagar US$ 16,5 milhões de propina a Sérgio Cabral
  • Empresário pagou R$ 1 milhão em contrato de fachada à ex-primeira dama
  • Eike tinha ‘diversas questões' a serem resolvidas pelo Governo, como Porto Sudeste
7. Viagens do Cabral
8. Delta
  • Sérgio Cabral determinou que a Delta participasse das obras do Maracanã
  • Escolha do consórcio foi feita antes da licitação; com 5% de propina no valor das obras
  • Esquema se repetiu em obras do Estado, como no Alemão
9. Pan-Americano
  • Obra do Maracanã foi para pagar ‘dívida’ do governo com empreiteira
10. Fecomércio

quarta-feira, abril 18, 2018

Água fervendo e marteladas: o homem abusado pela parceira, que foi condenada a 7 anos de prisão

Preso em um relacionamento abusivo, Alex Skeel foi isolado da família, esfaqueado e espancado com um martelo.


 BBC

Por BBC
O casal se conheceu quando os dois tinham 16 anos (Foto: SBNA)
 
O casal se conheceu quando os dois tinham 16 anos (Foto: SBNA).
 
Um homem que sofria violência doméstica disse que estava "a dez dias da morte" quando foi salvo pela polícia. 
 
O britânico Alex Skeel, de 22 anos, estava com sua parceira havia seis anos – quatro deles sofrendo abuso – quando recebeu ajuda. 
 
Sua namorada, Jordan Worth, também de 22 anos, foi condenada a sete anos e meio de prisão por tê-lo submetido a diversos tipos de tortura física e psicológica. 
 
Ela se declarou culpada de lesão corporal grave e controle coercitivo. 
 
O caso é a primeira condenção por controle coercitivo no Reino Unido em que o culpado é uma mulher, segundo a polícia de Bedfordshire.
 
Alex vem recebendo apoio de outras vítimas de relacionamentos abusivos para falar sobre o assunto.

Juntos desde a adolescência

Os dois jovens se conheceram na escola, em 2012, quando tinham 16 anos. 
 
Os promotores do caso disseram à Corte que, desde o início, Jordan tinha controle sobre Alex, decidindo que roupas ele deveria usar e atacando-o fisicamente. 
 
Nos nove últimos meses do seu relacionamento, ela o machucou diversas vezes – ao ponto de ele precisar ir para o hospital. 
 
O abuso terminou no ano passado, quando um vizinho chamou a polícia após ouvir gritos na residência do casal. 
 
Os paramédicos notaram que a mão do jovem estava machucada e que ele tinha queimaduras nos braços e pernas que tinham sido "tratadas" em casa – ele as cobria com filme plástico. 
 
Alex disse que a namorada não deixou que ele procurasse tratamento médico. 
 
"Os médicos me disseram que eu estava a 10 dias da morte", disse Alex.
Jordan Worth foi condenada a sete anos e meio de prisão pelos abusos que cometeu contra o namorado (Foto: SBNA)
 
Jordan Worth foi condenada a sete anos e meio de prisão pelos abusos que cometeu contra o namorado (Foto: SBNA).
 
Jordan quebrou todos os celulares do namorado para que ele não conseguisse falar com os amigos ou com a família. 
 
Ele afirmou que, certa vez, Jordan disse que a mãe dele havia recebido uma mensagem que informava que o avô dele havia morrido. 
 
Depois de observá-lo chorar por duas horas, ela então disse que na verdade o avô dele estava vivo - e na sequência o humilhou e criticou por ele se importar com a família. 
 
Em outra ocasião, ele acordou e descobriu que Jordan tinha acertado sua cabeça com uma garrafa de cerveja. 
 
Depois ela o perseguiu e acertou suas mãos e seu rosto com um martelo.
Alex passou por diversas cirurgias para se recuperar dos abusos que sofreu (Foto: SBNA)
 
Alex passou por diversas cirurgias para se recuperar dos abusos que sofreu (Foto: SBNA).
 
O detetive responsável pela investigação do caso, Jerry Waite, disse que o controle coercitivo é algo sutil. 
 
"A vítima pode não perceber imediatamente que está sofrendo um abuso... (a situação) pode terminar em violência. 
 
Desde que o caso foi descoberto pela polícia, Alex passou por diversas operações – nas mãos, na cabeça e até no cérebro. 
 
"Você recupera sua humanidade quando consegue colocar para fora (o abuso que sofreu). 
 
Você só melhora se conseguir falar sobre o assunto", disse ele. 
 
A Justiça também determinou um ordem de restrição contra Jordan – ele não pode se aproximar ou tentar contatar Alex por um período indeterminado.

Cristian Cravinhos é preso suspeito de agredir mulher e tentar subornar policiais no interior de SP

Condenado por morte dos pais de Suzane Richthofen está em liberdade desde agosto de 2017, quando conseguiu o benefício de cumprir pena em regime aberto.



Por Carlos Dias, G1 Sorocaba e Jundiaí
Cristian Cravinhos foi preso suspeito de agredir mulher e tentar subornar policiais em Sorocaba (SP) (Foto: Carlos Dias)
Cristian Cravinhos foi preso suspeito de agredir mulher e tentar subornar policiais em Sorocaba (SP) (Foto: Carlos Dias).
 
Cristian Cravinhos, um dos autores do assassinato dos pais de Suzane von Richthofen, foi preso na madrugada desta quarta-feira (18) suspeito de agredir uma mulher e tentar subornar policiais em Sorocaba (SP). 
 
De acordo com a Polícia Militar, a equipe recebeu uma denúncia anônima sobre uma briga de casal em um bar no bairro Trujillo. 
 
Quando os policiais chegaram ao local encontraram apenas uma moto. 
 
Os PMs fizeram buscas nas imediações e encontraram o casal que estaria brigando. 
 
Segundo a polícia, ao ser abordado, Cristian se apresentou como "um dos irmãos Cravinhos”.
Cúmplice na morte do casal Von Richtonfen, Cristian Cravinhos é preso novamente
Cúmplice na morte do casal Von Richtonfen, Cristian Cravinhos é preso novamente.
 
Ele teria oferecido R$ 1 mil para não ser preso e disse que o irmão, Daniel, viria da capital com mais R$ 2 mil para dar aos policiais. 
 
Cristian foi flagrado com dinheiro e uma munição de 9mm, que é de registro das Forças Armadas. 
 
Apesar de testemunhas afirmarem que ele estava com um revólver, os policiais não localizaram a arma.
De acordo com a chefe do Departamento de Comunicação da Polícia Militar, a capitã Luiza Maria Aidar, ele foi preso em flagrante também por descumprimento da medida judicial. 
 
"A liberdade condicional enseja que ele cumpra algumas determinações, como, por exemplo, não ficar na rua de madrugada. 
 
Se não estava cumprindo, já iria ser conduzido para a delegacia. 
 
Mas teve o agravamento do suborno e de terem encontrado a munição", explica. 
 
Cristian irá responder por corrupção ativa e posse ilegal de munição. 
 
Ele passará por audiência de custódia na manhã desta quarta-feira (18). 
 
Segundo informações do boletim de ocorrência, ele tem atualmente 42 anos, se apresentou como músico e mora em um bairro na Zona Sul de São Paulo. 
 
A mulher que estava com ele durante a madrugada, que é apontada como a sua ex-esposa, não registrou queixa na delegacia da cidade.
Cristian, Daniel e Suzane von Richtofen, na época em que foram presos, em 2002 (Foto: Reprodução Globo News)
Cristian, Daniel e Suzane von Richtofen, na época em que foram presos, em 2002 (Foto: Reprodução Globo News).

Regime aberto.

Na época do assassinato do casal von Ricthtofen, em 2002, o irmão de Cristian, Daniel Cravinhos, era namorado de Suzane. 
 
O trio planejou e assassinou Manfred e Marísia Richthofen na casa da família, na zona sul de São Paulo. 
 
Os pais de Suzane eram contra o namoro da filha com Daniel Cravinhos. 
 
Suzane von Richthofen e os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos de Paula e Silva foram submetidos a júri popular em 2006. 
 
Suzane foi condenada a 39 anos de reclusão em regime fechado e seis meses de detenção no semiaberto, além de multa; Daniel, a 39 anos e seis meses, no mesmo regime da ex-namorada.
Cristian teria oferecido dinheiro para subornar policiais em Sorocaba (Foto: Polícia Militar/Divulgação )
Cristian teria oferecido dinheiro para subornar policiais em Sorocaba (Foto: Polícia Militar/Divulgação ).
 
Cristian foi condenado a 38 anos e seis meses em regime fechado, mas deixou a penitenciária Doutor José Augusto Salgado, a P2 de Tremembé (SP), em agosto de 2017, após ser autorizado pela Justiça a cumprir o restante de sua pena em regime aberto. 
 
A decisão foi da Vara de Execuções Criminais de Taubaté. 
 
Condenado a 39 anos de prisão, Daniel Cravinhos também conseguiu o mesmo benefício em janeiro deste ano, quando deixou a penitenciária em Tremembé (SP) para cumprir o restante da pena em liberdade.
Os irmãos Cristian (esq.) e Daniel Cravinhos, em foto de 23 de janeiro de 2006 (Foto: Vidal Cavalcante/Estadão Conteúdo/Arquivo)
Os irmãos Cristian (esq.) e Daniel Cravinhos, em foto de 23 de janeiro de 2006 (Foto: Vidal Cavalcante/Estadão Conteúdo/Arquivo).

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